segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Banda larga e mente estreita

Toda banda larga é inútil, se a mente for estreita.


Eis a ideia veiculada numa determinada campanha publicitária nacional, que toca numa temática bastante interessante.


Nos tempos de desenvolvimento tecnológico incessante e revolucionário; nos tempos da velocidade da informação, e da conectividade em tempo real com o mundo todo, é necessário pensar.


Pensar se tudo isso, realmente, está sendo utilizado em favor do desenvolvimento humano, ou é apenas mais uma distração criada pela alma imatura do homem terreno.


Sim, pois, se pouco ou nada nos acrescenta, no que diz respeito ao nosso progresso moral, ao nosso melhor comportamento, de que nos adianta?


De que nos adianta ter a facilidade no acesso à informação, se não sabemos o que fazer com ela?


De que adianta ficar sabendo de tantas e tantas coisas, se não sabemos selecionar o que eu quero e o que eu não quero para mim?


Toda banda larga é inútil, se a mente for estreita.


A mente estreita é esta que se perde em meio a tantas possibilidades, sem saber para onde ir.


Naufragam ao invés de navegarem na Web.


Gastam seu tempo querendo saber da vida dos outros, do que aconteceu aqui ou ali, inaugurando apenas uma nova forma de voyeurismo e fofoca – apenas isso.


A mente estreita lê, mas não pensa sobre o que leu, não emite opinião, apenas aceita...


A mente estreita prefere o contato virtual, dos perfis raramente sinceros, do que a conversa olho no olho, sem barreiras, sem máscaras.


A tecnologia está à nossa disposição para nos ajudar. É o conhecimento intelectual engendrando o progresso moral, propiciando o adiantamento do ser humano, e não sua destruição.


A chamada informação nunca foi tão fácil e farta, é certo, mas será ela, por si só, suficiente?


O que mudou em nós, seres humanos, as agilidades tecnológicas da nova era? Tornamo-nos melhores? Mais caridosos? Mais dispostos a nos vermos todos na Terra como irmãos?


Talvez para alguns sim, os de mente larga e coração amplo.
Tantas comunidades do bem na rede, tantas propostas nobres ligando pessoas em todo o mundo!


Inúmeras mensagens de consolo, de esclarecimento, diariamente cruzam os ares virtuais da internet, e levam carinho e alegria a muitos lares infelizes.


São muitos os exemplos de como os avanços intelectuais podem ser bem utilizados em favor do desenvolvimento humano.

Sejamos nós estes de mente larga, que querem e trabalham pelo bem comum, das mais diferentes formas possíveis, e que se utilizam de mais este instrumento, para viver o amor.

Por Francisco Cyrillo.

Você concorda com o autor? comente aqui ou no diHitt.

5 comentários:

  1. William,
    sempre penso quando vejo alguma coisa nesse sentido naquela comparação do cara que tem uma Mercedez,mas age com se tivesse dirigindo uma carroça..
    bjo

    ResponderExcluir
  2. Ah! esqueci ..além de gauchos a gte tem o nosso imortal em comum ne? ah! e o dihitt tbm..
    da-lhe tricolooor..hehe

    ResponderExcluir
  3. O que fazemos com as ferramentas que temos à mão é que determina a diferença entre cabeça-oca ou espírito repleto..As filas dos procons crescem porque muitos tomam prejuízo na compra de produtos por não se informar sobre o que realmente estão comprando...

    Brother parabéns pelo blog..Boa semana!

    ResponderExcluir
  4. Querido William,

    O autor desse texto não poderia escrever nada melhor e mais real do que ele escreveu.
    A tecnologia nos oferece tudo, mas, infelizmente, muitos não sabem fazer bom uso dessas informações que nos chegam através da rede, instantaneamente.
    A Internet deveria ser a "Paidéia dos Novos Tempos", e esse foi o título e o tema que eu apresentei na Primeira Conferência Internacional dos Valores Universais.
    Era justamente sobre isso que tratava o tema...
    Maravilha de texto.
    Beijos no coração.

    Rosana.

    ResponderExcluir
  5. Excelente texto! E nem se restringe a internet, em outras áreas podemos observar o mesmo comportamento e às vezes até a cara de 'o que é que eu faço com isso?'

    Beijocas

    ResponderExcluir