Um dos setores que
mais evoluíram no Brasil nos últimos 20 anos foi o de supermercados. É fácil
ver que, em muitos casos, o setor ganhou escala e isso foi bom, por um lado,
para a sociedade. Ganhando escala, os supermercados ganharam força na
negociação com os produtores e conseguiram, em tese, preços melhores para os
consumidores.
Os supermercados
atuam, em grande parte, com pesquisas detalhadas sobre o comportamento do
consumidor. Todos os estímulos ambientais são cuidadosamente organizados para
incentivar o consumidor a comprar. Possivelmente são as empresas do nosso dia a
dia que mais sabem provocar estímulos ao nosso redor e nos fazer consumir com
vontade. Os doces ao alcance fácil das crianças, os produtos essenciais no final
do supermercado e a música ambiente muito agradável não estão ali por
coincidência, mas para incentivar você a consumir mais do que queria.
Não sendo possível
ir a fundo sobre isso neste curto espaço, vamos falar, então, sobre alguns
tipos de consumidores que os supermercados conhecem muito bem: o que vai ao
estabelecimento com fome, o que vai comprar alguma coisa e aproveita para
passear e o que vai com uma lista feita previamente em casa ou no trabalho.
Bem, não precisamos
ir muito longe para dizer que o cliente que vai ao supermercado com fome é
"presa fácil" para aquele monte de estímulos sensoriais de alimentos
gostosos e bonitos, expostos cuidadosamente nas gôndolas. Para
"facilitar", o consumidor, em muitos casos, é servido por
"promotores de vendas", que divulgam seus produtos oferecendo
degustações, as quais aumentam, de forma concreta, a conversão em vendas dos
produtos expostos nas gôndolas.
O cliente que vai
"passear no supermercado" é outro guerreiro, que se submete àquele
mar de estímulos para gastar, e acha ser capaz de ser mais forte que o
"canto das sereias". Geralmente, entra no supermercado para fazer uma
"comprinha básica" e acaba gastando duas ou três vezes mais. É um
"cliente VIP" da empresa, o sonho de todas as redes, pois não se planeja
e gosta de desafiar estímulos quase irresistíveis.
Já o cliente que vai ao supermercado com a lista previamente preparada é o cliente mais difícil. Usando a razão e tendo a lista como guia, ele procura fazer suas compras dentro do previamente refletido e deixar o estabelecimento tão logo possa, a fim de retornar a seus afazeres costumeiros. Não se comove com música alta ou alegre, nem com degustações, promoções etc.
Não há nada de
errado em se enquadrar em quaisquer dessas classificações, e, para o bem da
verdade, devem existir muitas outras mais. A grande pergunta que você deve se
fazer é se você vai ao supermercado previamente preparado para o ato de
consumir ou prefere achar que esse esforço não compensa ou não faz sentido?
Pense bem nisso. Use a razão e fique atento. O seu bolso vai agradecer!
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