domingo, 20 de março de 2011
Quando a religião e a ciência se completam...
Sua santidade, o Papa Bento XVI, afirma em seu livro que a teoria da Origem e Evolução das Espécies, de Charles Robert Darwin, não pode ser provada no todo e que a forma com que a vida se desenvolveu indica uma “razão divina”.
O religioso, quando olha o céu e vê a lua cheia com aquela luz prateada em forma de disco flutuante no espaço, sente uma sensação sublime, inexplicável, superior, poderosa, fantástica, espargindo claridade sobre a face da terra. É o luar que embevece!
Do outro lado, a teoria de Darwin é uma síntese de um vasto campo de conhecimento alicerçado por hipóteses testadas e comprovadas por leis e fatos científicos, evidências e experimentos.
Sem a teoria de origem e evolução da espécie, a biologia, a medicina e a biotecnologia continuariam imersas na escuridão da Idade Média.
As superbactérias resistentes, a epidemia de obesidade mórbida e ainda as células tronco com potencial de assumir a função de qualquer tecido do organismo, com a possibilidade de regenerar tecidos e órgãos doentes, têm sua natureza esclarecida pelo darwinismo.
Os organismos estão em lento e constante processo de mutação, cada grupo descende de um ancestral comum. Animais, plantas e microorganismos têm origem em uma única vida na Terra – a ameba primitiva, segundo Darwin, sendo que as espécies se diferenciam e criam novas espécies influenciadas pelo ambiente em que vivem. As mutações genéticas podem passar a seus descendentes.
O darwinismo explica por que sentimos arrepios, dores, temos apendicite, temos dente de siso, temos cóccis (pequeno osso no final da coluna), por que roncamos, soluçamos, engasgamos. Darwin mostra que o ser humano e os macacos divergiram de um mesmo ancestral.
Separados, o homem tem o seu ancestral de 4 milhões de anos e os macacos, por sua vez, têm o seu ancestral de 4 milhões de anos. São ancestrais deferentes. O homem não descende do macaco.
Todos os seres vivos, do homem, da planta, do bacilo celular, têm sua evolução traçada desde o começo da vida sobre a terra, havendo sobrevivência das espécies mais adaptadas ao ambiente; e a cooperação entre os indivíduos é essencial para o sucesso da espécie; e a seleção natural favorece tanto os promíscuos quanto os que formam família para garantir a sobrevivência dos filhos.
Os homens, os orangotangos, os abacateiros e as formigas são os organismos vivos mais evoluídos, biologicamente. O ser humano não vive sem as vacinas, os tratamentos e as técnicas científicas.
Pois bem, de um lado está o papa. Do outro lado está Darwin. E no meio, aparece o biólogo americano Francis Collins, um dos responsáveis pelo mapeamento do DNA humano, que diz: “Se Deus escolheu o mecanismo da origem e evolução de Darwin para criar a diversidade da vida sobre o planeta, é porque assim foi feito.
Usar as ferramentas da ciência para discutir religião é uma atitude imprópria e equivocada. A Bíblia não é um livro científico. É um livro religioso”.
Não há por que confrontar religião com ciência em sala de aula. E quando a Bíblia e o Gênesis são ensinados em aula de religião, estão em local apropriado. Quando a ciência é ensinada em aulas laicas está, por sua vez, no lugar certo. A igreja incute nos fiéis valores do mundo espiritual. A ciência perscruta os mistérios do mundo físico. E não se eliminam, necessariamente.
Enquanto o religioso, o poeta e o seresteiro olham a misteriosa lua cheia e ficam extasiados; o cientista, friamente, detém-se nas fases da lua, em giro em volta da Terra, sua influência sobre as mares, o sistema solar heliocêntrico, as órbitas elípticas e a próxima viagem do homem à lua
.
Alguns religiosos ensinam que os fósseis de animais em geral e dos dinossauros em particular seriam restos que não puderam embarcar na Arca de Noé e que morreram durante o dilúvio bíblico, há 2.400 a.c., enquanto que os cientistas datam os fósseis de 65 milhões de anos.
O homem e a mulher modernos conciliam ciência e religião. Aos domingos, das 8 às 9, diante do aparelho de TV de 29 polegadas e controle remoto (produtos da eletrônica científica), participam à distância, da missa da majestosa Basílica de Nossa Senhora Aparecida, ouvindo, vendo e rezando influenciados pelos Dez Mandamentos da Lei de Deus e se deslumbrando com o exemplo de profissão de fé da imensa multidão, frutos da religião.
A ciência no cérebro e Deus no coração se completam, felizmente.
Por : Dr. José Ribeiro.
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Postado por
William Junior
às
19:08
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Cara, para mim não há outro caminho: ciência e religião vão se unir cada vez mais, uma complementando a outra.
ResponderExcluirA Ciência é a maior invenção de Deus, Muitas vezes, sozinho em casa, tentei entender como Deus fez todas as coisas com tamanha perfeição que estão todas interligadas!
ResponderExcluirDeus usou uma língua universal para definir e interligar tudo, chama-se MATEMÁTICA e está presente em tudo, até mesmo em nós, seres criados por Deus!
"Se eu fosse esperar que as pessoas fizessem minhas ferramentas e tudo o mais pra mim, eu nunca teria feito nada". [Newton]
Um dos grandes decodificadores da criação de Deus, Newton, doou sua vida neste trabalho, assim conduzindo a humanidade à um passo do progresso, se distanciando da escuridão da ignorância.