quinta-feira, 24 de março de 2011
Acolhendo a ousadia dos jovens
A nossa população, de um modo geral, tem uma série de demandas que perpassam áreas como educação, saúde, transporte público, segurança e assim por diante. São anseios por melhorias que possam qualificar a vida que levamos. Nada mais do que justo.
Ao considerarmos, em especial, uma parcela da nossa população, que é a dos jovens, percebemos que esses anseios são sempre mais urgentes, porque os jovens querem as mudanças aqui, agora. Eles sabem que estão apenas no início da trajetória, mas gostariam de poder abraçar o mundo de uma só vez.
A realidade, por outro lado, muitas vezes, não acolhe suas aspirações, não encontra lugar onde repousar sua ousadia.
Conforme o Unicef, dos 191 milhões de brasileiros do País, 21 milhões têm menos de 18 anos, sendo que 38% deles vivem em situação de pobreza.
Estatísticas do Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, mostram que 40% dos adolescentes e 16% dos adultos que procuram tratamento para se livrar do vício experimentaram bebida alcoólica antes dos 11 anos.
Infelizmente, em sua ânsia de viver, os jovens, muitas vezes, escolhem caminhos distorcidos. Na falta de escolhas ou oportunidades, eles acabam caindo nas garras da criminalidade, do ócio, das drogas.
Precisamos estender a eles novas possibilidades, que deem às suas vidas um novo significado.
No tema educação, por exemplo, o Brasil passa por uma crise. Segundo o IBGE, no ano de 2009, cerca de 15% dos jovens entre 15 e 17 anos estavam fora da escola e, para agravar a situação, apenas pouco mais da metade dos que frequentavam a escola estavam no nível adequado à sua idade.
Nesse sentido, as escolas profissionalizantes podem ser uma via de acesso para a construção de um futuro mais promissor. Foi acreditando nisso que apresentei o projeto do Fundo Nacional do Ensino Profissionalizante que destinará 9 bilhões para o ensino técnico, segundo uma prioridade de valorização, desenvolvimento e aperfeiçoamento desse ensino.
O governo federal, por sua vez, está aceitando inscrições para o Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec). O Pronatec, segundo a presidenta Dilma Rousseff, será composto por um conjunto de ações voltadas para quem deseja fazer um curso técnico, mas não tem como pagar. Será um programa de bolsas e também de financiamento estudantil.
Da mesma forma, vejo com alegria o ProJovem Urbano, um programa que repensa a juventude e suas políticas. Trabalhando de forma transversal as temáticas da educação com o objetivo de elevar a escolaridade e oferecer um curso de qualificação profissional, a proposta do PJU associa ações afirmativas por parte do poder público e oferece a participação cidadã como disciplina que estimula o protagonismo do jovem em ações diretas na sua realidade de comunidade. E não menos importante é a bolsa recebida no valor de R$ 100,00, que está diretamente vinculada à frequência mínima de 75%. Ela incentiva a presença dos alunos em sala de aula, além de ser uma forma de distribuição de renda.
Cora Coralina acreditava nos jovens à procura de caminhos novos abrindo espaços largos na vida. Também acredito nisso e espero que cada jovem invista sua ousadia na construção de uma sociedade melhor para ele e a partir dele.
Senador Paulo Paim.
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Postado por
William Junior
às
18:12
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Olá, parabéns pela postagem, está excelente; infelizmente a juventudo não tem tido o retorno que merece da sociedade, mais ações devem ser tomadas para que não os percamos de vista; o ídice de violência e outros males nesta fase é fora do comum... as estatísticas acima nos dão um panorama do que estou falando... um grande abraço e até mais.
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