terça-feira, 15 de março de 2011

Capitalismo e Cidadania



A natureza nos mostra sua força depois de tanto sofrer nas mãos do homem capital. Gestos de generosidade e solidariedade estampam os jornais junto de fatos e fotos dos efeitos provocados por fenômenos climáticos que pouco a pouco aumentam sua intensidade.

Mas por que ser solidário e generoso apenas em momentos de comoção geral? Por que não ser sempre um cidadão?

Penso que a velocidade e a voracidade do Sistema Capitalista inibem o que há de mais bonito em nossa raça humana. O sentimento de amor ao planeta e amor ao próximo.

Uma pequena parcela da população é “rica”, têm acesso ao conhecimento, arte, cultura, educação, saúde, segurança, bem estar e comida na mesa todo dia. Possibilidade que só quem tem dinheiro tem.

A maioria absurda da população é “pobre”, tem pouco acesso à arte, cultura, tem educação precária, SUS, insegurança, vive de incertezas e ainda acredita na “verdade” da mídia.

Como nosso sistema político é corrompido, os direitos dos cidadãos não são atendidos, quem acaba sofrendo com esse “abandono” do Estado é a população menos favorecida, a grande parcela pobre que não tem como pagar por serviços básicos como a educação, saúde e segurança. A mídia por sua vez, faz um “Big Brother” com suas câmeras espalhadas por todo o território nacional, mostrando as barbaridades e disparidades que existem em nosso país como se tudo fosse normal.

Um sentimento de revolta acaba por dominar a grande massa que desiste ou simplesmente deixa de preservar a natureza e o seu lado cidadão. O pensamento é de que: “Se o governo não faz sua parte, por que eu tenho que fazer a minha?”

Juntando essa grande parcela da população com um grande percentual da pequena parcela “rica”, que está mais preocupada em comprar, adquirir e vive dentro de um mundo de cristal, iluminado por holofotes, percebemos as pessoas cada vez mais individualistas, consumistas e sem consciência ecológica e social.

O cidadão está virando uma espécie em extinção em nosso meio.

Infelizmente, só acreditamos que ainda existe alguma chance de mudar esse quadro, quando a natureza nos dá um toque.

Por Daniel Moreira.

Texto originalmente publicado no blog Revista-SEJA.

Muito bom esse texto. Se desejar comente aqui ou no dihitt. Partilhe boas idéias, os cidadãos do planeta agradecem.

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