sexta-feira, 4 de março de 2011

A PRESIDENTA FOI ESTUDANTA?




Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?
Tenho notado, assim como aqueles mais atentos também devem tê-lo feito, que a candidata Dilma Roussef e seus apoiadores, pretendem que ela venha a ser a primeira presidenta do Brasil, tal como atesta toda a propaganda política veiculada na mídia.
Presidenta???

Mas, afinal, que palavra é essa totalmente inexistente em nossa língua?
Bem, vejamos:

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.

Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:

"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

PorMiriam Rita Moro Mine.
UFPR

9 comentários:

  1. Olá, William!

    Equívocos são equívocos...
    O vocábulo PRESIDENTA entra aqui como o equivalente feminino de PRESIDENTE, como o é ELEFANTA para ELEFANTE!
    A argumentação dela procede no sentido de que é, de fato, um termo que foge à regra, mas como diria o grande gramático (senão, o maior!) Evanildo Bechara, exceções não devem ser marginalizadas e são totalmente previstas em quaisquer âmbito linguístico! ( Essa cronista esqueceu-se que idiomas se ligam às ciências humanas...)
    Escrevemos MUITO e falamos MUINTO; como se explica isso?
    Como diria um desses políticos que não quero citar o nome: ELA QUE VÁ RECLAMAR NOS AUTOS!
    PRESIDENTA é palavra dicionarizada e diferencial de gênero, e cumpre perfeitamente com sua função...

    Um bom post, William!

    Abraços,
    Mary:)

    ResponderExcluir
  2. E isso aí é só o cume do iceberg de estupidez dessa senhora terrorista. Dê uma olhada nisso aqui:

    http://www.youtube.com/watch?v=rwAZduthGGY

    Peço permissão para repostar esse artigo. Com créditos, claro!

    ResponderExcluir
  3. Machado de Assis já usava a palavra Presidenta, logo, não é invenção da Presidenta Dilma. Meu pai tem um dicionário do início do século passado, com pharmácia, acto etc, onde consta o verbete Presidenta. Nos prinicipais dicionários consta presidenta como fem. de presidente, este comum aos dois gêneros.
    Nos soa estranho porque jamais tivemos uma mulher neste cargo, agora temos e será normal a chamarmos de A NOSSA PRESIDENTA.

    ResponderExcluir
  4. Pois é, e a Ana Maria Braga se esforçando tanto em mantera ezxpressão presidenta, no final das contas tava certa!

    ResponderExcluir
  5. Acredito que a questão toque num ponto crucial da cultura brasileira, que todos sabemos ser impregnada de machismos e patriarcalismos.
    Vejo o vocábulo "presidenta" não como um ataque ao "bom português" (se é que podemos definir assim, uma vez que isso é uma convenção e portanto, questionável e mutável), mas uma tentativa de apontar para a predominância masculina em nossa língua.
    Por exemplo, se temos um grupo predominantemente de elementos femininos, a inclusão de um único elemento masculino já transforma o plural desse coletivo para o masculino. Por que isso acontece?
    Sabemos que a língua não está desconectada das relações sociais que se estabelecem e da cultura em que se insere. Mudanças acontecem e por vezes, são mais do que necessárias.
    Pode parecer mínima a utilização do vocábulo "presidenta", mas acredito que seja bastante simbólico e como tal, não deve ser desconsiderado ou tratado como um "ataque" à língua.

    ResponderExcluir
  6. Antes de ficar criticando essas pessoas deveriam pesquisar primeiro... eu recebi esse artigo por email e achei uma burrice de quem o escreveu.

    ResponderExcluir
  7. A língua é parte da cultura de um povo e é dinâmica, construída e reconstruída ao longo do tempo ... pensar na língua de maneira estática é pensar que o que ela representa também o é ... a cultura de um povo é estática? penso que não!

    A presidentA Dilma assim se intitula e assim o é, não pela etimologia da palavra, mas porque numa sociedade construída em bases machistas, se faz necessário firmar e reafirmar o papel e o valor das mulheres, não como coadjuvantes, mas como atrizes principais ... se para isso é necessário transformar a língua, que seja...

    Ora, esqueça o artigo 'a' ou 'o' antes de falar 'presidente' e veja ao que nos remete a palavra ... a um homem, é claro! ... historicamente, eles são presidentes.

    Não coloquemos um ponto final, bons assuntos merecem vírgulas e dois pontos, não pontos finais. Houaiss, Aurélio, Aulete, três maiores dicionários da língua portuguesa, acolheram o neologismo 'presidenta', provavelmente pelo que ele representa. Ao ultrapassar a letra morta, presidentA não o faz por mero afronto à norma culta ou por não conhecê-la, o faz para que fique registrado na história que ela é a primeira mulher que comanda o nosso país ... isso é bem mais importante para nós mulheres, enfermeiras, professoras, médicas, arquitetas, domésticas, cozinheiras, oficialas, ministras, que qualquer regra gramatical.

    Um abraço a todos e 'a todas'
    Janine Pinatto

    ResponderExcluir
  8. A profª Miriam Moro Mine desmentiu que o texto seja dela (ela é engenheira! http://glo.bo/t5fJY0).

    É mais uma das mentiras que os opositores inventam e pessoas como você adoram repetir.

    E mais: a equipe do dicionário Aurélio fez uma pesquisa e descobriu que o vocábulo "presidenta" existe desde 1872 e consta como verbete do dicionário Aulete desde 1925 (http://bit.ly/qvkfkW).

    ResponderExcluir