Educar para preservar o meio ambiente

A humanidade se encontra em um momento de definição histórica. A disparidade entre as nações e o agravamento da pobreza, da fome, das doenças e do analfabetismo, com deterioração contínua do ecossistema, do qual, depende nosso bem-estar, leva todos nós a refletir sobre a responsabilidade com a preservação do meio ambiente. Muito se fala do Protocolo de Kyoto, instrumento internacional e da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento a ECO-92, que resultou em uma série de convenções, acordos e protocolos, mas, que até agora em nossa modesta avaliação, não levou a nenhum resultado prático para estabilizar ou reverter esse quadro.
Por essas razões o que nós Rotarianos membros da instituição centenária, Rotary Internacional, temos realizados ou estamos levando a cabo, no que se refere à preservação do meio ambiente e principalmente dos recursos hídricos, tão importantes para a humanidade? Em 1º de julho de 1990 tomou posse nessa instituição, Paulo Veriato Correia da Costa, o terceiro e último presidente brasileiro em assumir esse cargo. Em seu mandato, Paulo lançou um programa e um grande desafio a todos os rotarianos do mundo, “Preserve o Planeta Terra”. Esse tema foi e ainda é, uma de nossas principais bandeiras. Cerca de 1.500 projetos foram desenvolvidos ou estão em andamento no mundo afora. Certa vez, questionado como poderia solucionar esse problema, Paulo respondeu: “São imensas, difíceis, caras e extremamente desafiantes as soluções técnico-políticas para enfrentar esses problemas. No entanto, o Rotary pode cooperar oficialmente com meios básicos, motivando os 1.200.000 mil rotarianos, acionando-os e direcionando-os em duas ações básicas: conscientização ambiental e educação ambiental. A médio e longo prazos ambas serão sem dúvida muito oportunas e efetivas”.
Sendo o Rotary a maior organização não governamental sem fins lucrativos, dedicada à prestação de serviço no mundo, renovamos o propósito de dedicar à comunidade onde atuamos a orientar e participar ativamente em prol da racionalização do uso dos recursos naturais e preservação do meio ambiente. Por essas razões, eis alguns exemplos práticos da nossa região: a maioria dos prefeitos dos grandes centros, vem se organizando para instalar a coleta seletiva de lixo em seu município, mas se não houver uma conscientização e boa vontade da população em colaborar, essa brilhante iniciativa não se tornará realidade. Em cidades do interior do Estado de Goiás, alguns prefeitos tentam colaborar com a preservação do meio ambiente principalmente em rios que passam próximos de suas comunidades, mas, isso só será possível se houver uma parceria administrativa das prefeituras com a colaboração da população, pois as águas dos rios que passam por uma cidade continuam passando por todas as outras que o margeiam.
Outro fato relevante com relação aos rios, córregos e riachos são as matas ciliares que não são preservadas pelos proprietários das terras próximas a esses mananciais. Esse é outro crime ambiental. Os moradores que jogam o lixo no leito dos rios contribuem para a poluição e destruição do mesmo. O desperdício de água é uma calamidade pública. Temos que nos conscientizar, pois, as fontes são sempre as mesmas, no entanto, a população aumenta a cada dia. Enfim, sustentabilidade ambiental é um assunto que deve ser colocado em discussão diuturnamente, e não deveria sair do meio familiar, da roda de amigos, ambiente de trabalho e escolar, ou seja em todas as oportunidades, pois, temos que preservar o Planeta Terra.

Antonio Meneghello.

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