sexta-feira, 7 de maio de 2010

Impunidade, afronta à sociedade ordeira e trabalhadora.



A impunidade constitui tônico instigador da criminalidade, seja ela do colarinho branco, seja a violência de rua, diuturna; pois toda vez que a justiça não pune, devidamente, o desordeiro, de forma automática, premia-o e, premiando-o, pune o cidadão ordeiro: o injusto cavalga o justo. Ao proceder dessa forma, incentiva, ainda mais, o crime. Ambos preponderam em nosso país; aquele do colarinho branco,veio a público, com a liberdade de imprensa, tornou-se rotina, na vida pública. O mais antigo deles, pos abertura democrática, creio ser o escândalo Georgina, que afanou milhões de reais da previdência social; embora tenha sido enquadrada pela lei, penitenciado pelo ato ignóbil, não se tem noticias de devolução do dinheiro roubado do INSS; de igual modo, todos os outros que desfilaram, ao longo dos anos, de forma seriada: sete anões do orçamento, que era sete muitas vezes, entre eles, o próprio presidente do Congresso, de então, que, como de costume (impunidade) teve que renunciar para não ser cassado(corporativismo) pelos próprios deputados, seus colegas. Mensalão, sangue-suga, tatiagarra, etc, e, por fim, o escândalo Arruda, orgia. No governo do DF, com os recursos do orçamento público.:a principio, a filmagem do próprio presidente da assembléia distrital, escondendo dinheiro vivo, nas meias; Isto foi apenas a descoberta do fio da miada, a chave, para se chegar as obras superfaturadas, acontecimento rotineiro na administração de governos passados, pois, o próprio metrô de superfície, teve no começo, as obras embargadas, no entanto, nunca apuradas e, assim, ninguém foi, até o momento, punido; os figurões, continuaram mamando nas tetas do, governo Arruda. O que assumiu agora, também, é acusado de maracutaias, inclusive, o vice não vicejou porque participava do esquema fraudulento.Vigora, regra geral, o corporativismo presunçoso, o que vem a ser paradoxo abismoso, pois, enquanto tudo isto acontece, milhões de patrícios, a beira da penúria, inclusive no próprio DF, estão a carecer de política maiúscula,como a arte de bem governar, racionalizando a administração pública, minimizando os custos das obras; e maximizando os benefícios a eles.


O Superfaturamento denunciado, ali, pela Controladoria da União, mostra o contrario; a arte de mal governar. Aqueles patricios, anseiam por um mundo melhor, mal sabendo que, sobre tudo que produz ou consome, mesmo de forma minguada, decorrente de seu baixo poder aquisitivo, paga tributos, pois ele se encontra embutido em toda operação de compra e venda. A reincidência de crimes bárbaros esta associada, em grande parte, a atos imprudentes de soltura, entre eles, o ocorrido, recentemente em Luziânia, do psicopata que se enforcou ou foi enforcado, no presídio. Parece até que, preso por ato criminoso, foi solto, premeditadamente, para ceifar a vida dos seis jovens. A soltura precipitada de criminosos dessa natureza tem que ser repensada, esses malfeitores, uma vez aprisionados, deveriam ser criteriosamente julgados, separados, como separa o joio do trigo, colocados em observação para, enfim, serem encaminhados as casas de recuperação, presídios, onde pudessem purgar os crimes cometidos trabalhando e, ao mesmo tempo estudando, reeducados para a vida cidadã. São eles, em grande parte, vítimas da falta de responsabilidade paternal e, muito mais, dos sucessivos governantes, a começar pelos da velha república, os quais, valendo-se do voto, ainda aberto, política de cabresto, fraude eleitoral, para se manter no poder, preteriram a escola; não era ela, prioridade, rezavam eles no dicionário dos lobos; de forma diversa, é justo rememorar o esforço ingente de Rui Barbosa, em busca de um projeto educacional, capaz de livrar o Brasil do atual pesadelo. Com efeito, propugnava ele por mudança política, que viesse assegurar a modernização da pátria; entretanto, Rui e uma miríade de outros civilistas, foram ludibriados pela politicalha dominante que consistia em ganhar as eleições, fraudando-as, a bico de pena, nas apurações, como fazia, magistralmente, o senador Pinheiro Machado, cabo eleitoral mor dos ocupantes do poder daquele tempo. Há dois mil anos, as prisões ficavam incrustadas dentro das cidades, havia dificuldade de locomoção; era o velho carro de tração animal; custa crer que, ainda hoje, no alvorecer do terceiro milênio, era da transitoriedade, as coisas acontecem num piscar e fechar de olhos, elas se encontrem, até agora, no interior das metrópoles; quando poderiam estar, muito alem, em lugares ermos, montanhosos, dificultando, por meio de barreiras naturais e artificiais, a fuga de tais criminosos que acabam aterrorizando a comunidade ordeira, de onde deveria emanar, como discursava Max Weber, candidatos éticos às eleições: “A ética da convicção não se contrapõe a ética da responsabilidade, ao contrario, elas se somam para formar o homem autentico que pode aspirar a função política”. Só um projeto de segurança fundado no artigo 174 da constituição, com a participação da sociedade, pode assegurar a reintegração desses malfeitores ao convívio comunitário, de forma segura, livrando-a de traumas comuns na atual conjuntura, como o daquela mãe, catadeira de lixo que lutou arduamente para formar o próprio filho, no entanto, teve seu sonho mutilado pela atual insegurança nossa de cada dia; insegurança esta, decorrente da inação daqueles que contratados pelo voto, são diplomados pela justiça eleitoral, tomam posse e, logo a seguir, passam a ser remunerados para prestarem serviços a ela, no entanto, em vez de vestirem a camisa, trabalhando honestamente, bandeiam, passam a esganá-la, à semelhança do lobo em pele de cordeiro.


Josias Luiz Guimarães.

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