quinta-feira, 27 de maio de 2010
Análise psiquiátrica da mente criminosa dos políticos
Estes dias, conversando com um amigo bem simplório, mas muito sociável, que sempre quis ser político, ele me disse: “Estou achando que vou desistir... Estes dias, no ônibus, vi dois caras conversando, metendo o pau demais nos políticos. Eles falavam assim: ‘Político é tudo ladrão demais, se eu ver um na minha frente, além de eu xingar, sou capaz até de partir para a porrada, de tanta raiva que eu tenho dessa raça’”. Meu amigo ficou com medo e vergonha de fazer parte de uma turma dessas. O jornalista político Cláudio Humberto, em seu livro Mil dias de Solidão – Collor bateu e levou, diz a certo ponto: “Há atributos de paciência e tolerância exigíveis apenas de políticos”. A conversa que tive com meu amigo me fez pensar: “Ora, se eles são sem-vergonha, não estão nem aí para os ataques, então são meio psicopatas...” Mas ao ler a frase do jornalista me fiz outra pergunta : “Se eles são psicopatas, deveriam ser explosivos, impulsivos, como todo psicopata é, só que, segundo Cláudio Humberto, eles são é pacientes demais, toleram coisas demais, sem reagir, pelo menos na hora”. Como então compatibilizar essas duas imagens discrepantes ? Poderíamos então pressupor que eles têm uma “frieza esquisita”, uma frieza que não é a do psicopata, pois é uma “frieza calma”. Pessoas com esse último tipo de frieza podem ser enquadrados psiquiatricamente como “esquizóides” – são pessoas como as mostradas por Cláudio Humberto no caso de Collor. Conseguem colocar objetivos e táticas de interesse acima do amor, companheirismo e compromissos pessoais. Isso os torna mais perigosos pois são o tipo do “inteligente pérfido”. Cláudio Humberto mesmo relata que começou a desencantar de Collor quando este não mostrou nenhum interesse humano pelos sérios e agudos problemas de saúde apresentados pelo porta-voz. O jornalista descobriu que estava lidando com um tipo de “monstro da frieza e do cálculo de interesses”, tipo esse que ele descreve como extremamente comum nas lides políticas. O psicopata esquizóide é muito mais perigoso do que o tipo impulsivo de psicopatia. O impulsivo todo mundo conhece, sabe da “fama” e, além do mais, geralmente não são inteligentes ( a impulsividade não os deixa terem controle intelectual das coisas ). O problema é que, os esquizóides, além de “espertos”, são extremamente perigosos, pois não têm compromisso pessoal e afetivo com ninguém – são os típicos ditadores totalitários, que colocam seus objetivos, interesses egoístas, acima até da vida de milhões de almas. São os representantes da “verdadeira maldade”, aquela calculada, planejada, mantida “fria” - assim como a boa vingança é aquela que se come num prato frio. Brasilia, atualmente, é um palco político farto com este tipo de jogatina pérfida entre psicopatas descompromissados. Tudo que falam a respeito do “povo”, do “Estado”, é mentira, pois se não têm afeto nem compromisso nem para com os mais próximos, imagine pelos que os cercam.
Marcelo Caixeta.
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Postado por
William Junior
às
14:26
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William,
ResponderExcluirUm excelente texto.
Houve época que eu adorava política, e sempre escrevia e comentava a respeito, mas confesso que, atualmente, tenho asco da política, pois tudo que se diz é mentira.
Todos os políticos são hipócritas, safados e salafrários..., e outros adjetivos a mais... rsss
Adorei!
Bjs.
Rosana.
Triste razão. Mas existem bons políticos.
ResponderExcluirO problema é esses bons conseguirem se canditarem, veja que nem falo em se elegerem.
Ótimo texto!!!
Um forte abraço!