O corpo de Jesus,
depois da Ressurreição, sempre foi motivo de polêmicas. Seria o mesmo corpo
físico, destruído por seus carrascos? A lei natural faz com que todo cadáver se
deteriore rapidamente e o Cristo afirmou: “Não vim destruir a lei, mas
confirmá-la” (Mateus: 5,17).
No seu quinto livro
básico, A Gênese, Allan Kardec conceitua que Deus prova sua sabedoria, grandeza
e poder pela imutabilidade de suas leis e não pela sua suspensão. Assim, os
chamados milagres são fatos normais, que não violam as leis da Natureza.
Todos os dias a
ciência faz milagres aos olhos dos ignorantes. Que um homem realmente morto
seja chamado à vida por intervenção divina, aí está o milagre, porque esse é um
fato contrário às leis da natureza. Mas se esse homem não apresenta senão
aparências da morte, e se há nele ainda um resto de vitalidade latente e a
medicina o reanima, para as pessoas esclarecidas se trata de um fenômeno
normal, que aos olhos do ignorante passará por miraculoso.
As aparições de
Jesus, depois de sua morte, são narradas pelos quatro evangelistas com detalhes
circunstanciais que não permitem duvidar da sua autenticidade. Elas se
enquadram nas leis fluídicas e nas propriedades do perispírito.
O homem encarnado é
constituído de três partes, intimamente ligadas: o espírito, que não tem forma,
com maior ou menor luz, dependendo do seu grau de evolução; o perispírito, ou
corpo fluídico, de constituição sutil, que envolve o corpo físico como uma luva
e apresenta exatamente sua forma, e o corpo físico, perecível.
Ao ressurgir do
túmulo, Jesus não possuía mais corpo físico. Observando-se as circunstâncias
que acompanharam as diversas aparições do Mestre, reconhece-se nele, nesses
momentos, todos os caracteres de um ser fluídico.
Ele surge de repente
e do mesmo modo desaparece, é visto por uns e não pelos outros, sob aparências
que não permitem nem mesmo a seus discípulos reconhecê-lo. Penetra, através de
paredes e portas, em lugares fechados. Sua linguagem não é igual à de um ser
corpóreo, tem o tom breve e sentencioso particular aos espíritos que se
manifestam. Todas suas atitudes denotam alguma coisa que não é do mundo
terrestre.
O que é
amor,segundo Diana
Na sala de aulas,
uma criança indagou da professora o que era amor. A mestra sentiu que a pequena
merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera. Então, pediu
que, no recreio, os alunos procurassem no pátio o que mais lhes despertasse o
mais nobre dos sentimentos.
Reiniciada a aula,
apresentou-se o primeiro e disse:
– Eu trouxe esta
flor, não é linda?
Falou o segundo:
– Eu trouxe uma
borboleta. Vejam o colorido de suas asas. Vou colocá-la na minha coleção.
Acrescentou o
terceiro:
– Eu trouxe um
passarinho, que havia caído do ninho. Não é uma gracinha?
Outros se
apresentaram, com respostas semelhantes, menos uma criança, que se mantinha
tímida e que assim se expressou – Desculpe, professora. Vi a flor, senti seu
perfume, pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume
exalasse por mais tempo. Vi a borboleta, linda nas suas cores e feliz no seu
vôo e não tive coragem de aprisioná-la, pois parecia tão feliz. Vi o filhotinho
caído entre as folhas mas, ao subir na árvore, vi também sua mãe, com o olhar
triste, preocupada em perdê-lo e o devolvi ao ninho. Só trago comigo um pouco
do perfume da flor, da sensação de liberdade da borboleta e da gratidão do
olhar da mãe do passarinho.
A educadora lhe
conferiu a nota máxima, por haver demonstrado amor no coração, pensando mais
nos outros do que em si mesmo.
Colaboração de Diana
Ferreira Godinho, 10 anos, 6º ano do Colégio Integrado Jaó.
Mistério humano
no Evangelho
No seu clássico A
História de Cristo, Giovanni Papini considera Judas Iscariotes o maior mistério
humano do Evangelho. Como os demais 11 apóstolos, ele foi escolhido e instruído
pelo Mestre que, no entanto, não o impediu da terrível e ruinosa decisão final.
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Errada E a quando os discípulos tocam nele e nas feridas? E quando ele come e bebe junto com os discípulos?
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