Com frequência, as
correntes que nos aprisionam são mais mentais do que físicas. Isso significa
que tudo que vem acontecendo em nossas vidas não vai mudar a não ser que nós
queiramos. E o resultado de continuarmos na zona de conforto será o que diz um
dos pressupostos da Programação Neurolinguística (PNL), “se você continuar
fazendo o que sempre fez, vai continuar obtendo sempre os mesmos resultados”.
A ponte para
alcançar os objetivos, sejam eles quais forem, são os 3Ds – desejo,
determinação e disciplina – e o mais importante deles é a disciplina. Na vida,
acabamos automatizando as coisas: primeiro nós formamos os hábitos, depois nos
tornamos escravos deles. Mas, para quem aprendeu a viver, erros são
oportunidades para melhorar e não para se lamentar.
A melhor definição
que conheço para o tempo não é "time is money", mas tempo é vida. Se
morássemos no planeta Vênus, o nosso dia teria 5.832 horas, mas como habitamos
no planeta Terra, temos 24 horas por dia e 365 dias por ano.
Para conseguirmos
organizar as nossas vidas e obter maiores resultados, um bom truque é pensar
além das 24 horas diárias e ampliar a visão planejando a semana, que é de 168
horas, ou o mês, que totaliza 720.
Pensar só no curto prazo nos limita e ao
pensar no tempo semanal, mensal ou anual alteramos os nossos paradigmas com
relação ao tempo e algumas coisas que pareciam impossíveis de serem feitas se
tornam possíveis.
Não saber ou não
querer delegar subtrai o tempo de muitos empreendedores. É uma falta de
respeito muito grande dos centralizadores de tarefas para com as pessoas ao seu
redor acharem que ninguém sabe fazer as coisas melhor do que eles. Esta atitude
rouba a oportunidade das pessoas crescerem e assumirem responsabilidades.
Para quem acha que
é um super-homem ou uma mulher-maravilha, com toda certeza falta-lhe a
humildade do filósofo Sócrates, que dizia: “sei que nada sei”. Comece agora a
ganhar muito tempo. Acabe com esse hábito de querer abraçar tudo! Delegue.
Outro cuidado que
devemos ter é com os roubadores de tempo. Com quem e com quê você gasta o seu
tempo? Og Mandino em seu clássico livro O Maior Vendedor do Mundo aconselha a
se obedecer a máxima: “onde houver pessoas ociosas, ali não me demorarei”.
Os que se acham
high tech com frequência também se enrolam na gestão do tempo. Temos que ter
cautela com as tecnologias digitais e com as badaladas redes sociais. Estudos
sobre o uso do tempo revelam que uma pessoa normal, ao sair do facebook, leva
em média 8 minutos para retomar ao seu raciocínio anterior.
Organize-se. Tenha
cada coisa em seu lugar e tenha um lugar para cada coisa. Segunda Donna
Smalinn, “se você não puder
encontrar um objeto em 30 segundos é porque ele está no lugar errado”. Para a autora, “ser organizado pode ser um dom
para algumas pessoas, mas qualquer um pode se tornar um, pois é uma escolha”.
A vida é curta e
isso tem tudo a ver com organização. Tudo que temos são 24 horas diárias e as
nossas escolhas. Mais do que possamos imaginar, a falta de tempo tem muito a
ver com as nossas prioridades.
Especialistas na
administração do tempo aconselham a realização de registros diários para
sabermos como estamos gastando o nosso tempo. O mesmo que fazemos quando
queremos saber para onde está indo o nosso rico dinheirinho.
Já autores mais
práticos recomendam um caminho mais curto, porém, aparentemente menos preciso,
que é a realização de testes disponíveis na internet sobre o uso que fazemos do
nosso tempo. Ambos são válidos e proporcionam uma boa conscientização e
autoaprendizagem. Depois é só comparar com o padrão apontado pelos especialistas
como ideal para distribuição do tempo pessoal. Para as coisas importantes –
coisas que produzem resultados, recomenda-se gastar cerca de 70% do tempo.
Com
as coisas urgentes – as coisas que chegam em cima da hora e não podem ser
adiadas, em torno de 20%, e com as coisas ou eventos circunstanciais – tarefas
desnecessárias, feitas geralmente por comodidade ou por serem “socialmente”
apropriadas, os 10% de tempo restante.
Por mais longa que
seja uma viagem, inicia-se dando o primeiro passo. Comece agora mesmo a se
policiar para adquirir consciência de como você emprega o seu tempo.
Acreditando ou não, somos bem menos ocupados do que imaginamos.
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