Ouço dos entendidos
que o nosso problema não é a falta de uma legislação a respeito dos mais
diversos assuntos que pautam a vida em sociedade, mas sim o cumprimento dela.
Ela é tão rica e tão complexa que permite, àqueles mais espertos e aos com mais
recursos, buscarem as "manhas" necessárias para empurrar com a
barriga uma decisão judicial, em muitos casos, até que se prescreva a sua
validade.
Há, ao menos, dois problemas que se apresentam quando olhamos para as discussões a respeito, na atualidade: governantes que são pressionados a mudar textos, deturpando de tal forma o seu sentido original, que pode levar a que, no relativismo de seus meandros, as culpas sejam "justificadas" e se tenha a sensação de impunidade. Caso mais recente, já passado mais de um ano, a morte anunciada de mais de 200 jovens na Boate Kiss, em Santa Maria, com legislação discutida desde o município, passando pelo Estado e chegando à União. Mas, no frigir dos ovos, podendo ter pontos vetados pela ação "estimulada" pela iniciativa privada, que vê seus interesses contrariados, numa ameaça velada: "Prejudica o setor produtivo, gerador de muitos empregos".
O outro, diz respeito a uma cultura de que as leis até podem ser boas, mas se aplicam aos outros, não a nós, no desleixo de jogar sujeira nas ruas, cruzar um semáforo fechado, fazer um "gato" de algum serviço, "dormir" no banco do coletivo para não dar lugar ao idoso ou à gestante. E poderíamos elencar uma série de situações. Uma história de má educação - em todos os níveis: família, igrejas, escolas, meio empresarial e de serviços - onde se permite que pequenas faltas sejam toleradas, para que a sociedade "entenda" que, então, também não tem o direito de cobrar as grandes falcatruas de seus representantes públicos.
Apenas um exemplo: o guarda de trânsito que se dá ao direito de "tolerar" pequenos deslizes faz parte da cadeia de exemplos que, sendo feito a um pai, vai deixar na cabeça da criança a ideia de que isto é certo. Cumpre à risca a velha e sábia fórmula: discursos (as palavras que o guarda diz ao pai parado ao avançar o sinal vermelho de que não deve repetir o feito) encantam, mas exemplos (a multa aplicada dentro da lei) arrastam.
Quando pensava nisto, li, no Facebook a seguinte afirmação: "Quer um país sem corrupção? Então ensine ao seu filho que dignidade é mais importante do que dinheiro". Infelizmente, hoje, não é assim. Há um longo e difícil caminho para que reconquistemos o respeito social. A lei da vantagem pode não estar explícita, mas carrega suas tintas em muitas das ações que os pais não dizem, mas fazem.
Há, ao menos, dois problemas que se apresentam quando olhamos para as discussões a respeito, na atualidade: governantes que são pressionados a mudar textos, deturpando de tal forma o seu sentido original, que pode levar a que, no relativismo de seus meandros, as culpas sejam "justificadas" e se tenha a sensação de impunidade. Caso mais recente, já passado mais de um ano, a morte anunciada de mais de 200 jovens na Boate Kiss, em Santa Maria, com legislação discutida desde o município, passando pelo Estado e chegando à União. Mas, no frigir dos ovos, podendo ter pontos vetados pela ação "estimulada" pela iniciativa privada, que vê seus interesses contrariados, numa ameaça velada: "Prejudica o setor produtivo, gerador de muitos empregos".
O outro, diz respeito a uma cultura de que as leis até podem ser boas, mas se aplicam aos outros, não a nós, no desleixo de jogar sujeira nas ruas, cruzar um semáforo fechado, fazer um "gato" de algum serviço, "dormir" no banco do coletivo para não dar lugar ao idoso ou à gestante. E poderíamos elencar uma série de situações. Uma história de má educação - em todos os níveis: família, igrejas, escolas, meio empresarial e de serviços - onde se permite que pequenas faltas sejam toleradas, para que a sociedade "entenda" que, então, também não tem o direito de cobrar as grandes falcatruas de seus representantes públicos.
Apenas um exemplo: o guarda de trânsito que se dá ao direito de "tolerar" pequenos deslizes faz parte da cadeia de exemplos que, sendo feito a um pai, vai deixar na cabeça da criança a ideia de que isto é certo. Cumpre à risca a velha e sábia fórmula: discursos (as palavras que o guarda diz ao pai parado ao avançar o sinal vermelho de que não deve repetir o feito) encantam, mas exemplos (a multa aplicada dentro da lei) arrastam.
Quando pensava nisto, li, no Facebook a seguinte afirmação: "Quer um país sem corrupção? Então ensine ao seu filho que dignidade é mais importante do que dinheiro". Infelizmente, hoje, não é assim. Há um longo e difícil caminho para que reconquistemos o respeito social. A lei da vantagem pode não estar explícita, mas carrega suas tintas em muitas das ações que os pais não dizem, mas fazem.
Praticamente todos
os nossos problemas começam aí. A solução? O compromisso com as mudanças que
muitas organizações estão pedindo: converse muito, com seus filhos, mas, mais
importante ainda, dê bons exemplos. Vai ser difícil? Sim, vai, mas é o único
jeito de fazer as mudanças e você poder, ao fim do dia, depois de dar boa noite
ao seu filho, deitar e dormir tranquilo.
Porque você não
estará "fazendo um mundo novo para seu filho. Mas preparando um filho para
fazer um novo mundo"!
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