Levantamento
elaborado por organismo internacional coloca o Brasil na 38ª posição entre 44
países pesquisados, no que diz respeito à condição de alunos na faixa etária de
15 anos, para testes de raciocínio rápido e de problemas ligados ao dia a dia.
A pesquisa mostrou o que todos já sabem, que uma grande maioria de
jovens no sistema educacional brasileiro, mais decora as fórmulas do que
utiliza neurônios para buscar as soluções e, com isso, apresenta maior
dificuldade quando tem necessidade de ativiar o sistema cerebral para o
encontro de resultados.
Hoje, especialmente, com a facilidade das pequenas “maquininhas”
acionadas a todo momento, mostrando solução para quase tudo, os neurônios
terminam ficando estáticos e, quando colocados em funcionamento, não oferecem
resposta rápida aos temas abordados.
Muito disso, assim entendemos, deve-se ao sistema de ensino,
especialmente nos anos iniciais, onde comum a criança decorar, sem ter passado
pelo elementar “b” mais “a” é igual a ba, ou que “u-v-a” diz uva. O aluno mais
desenha do que aprende e, invariavelmente, sente dificuldade para ler aquilo
que escreveu.
O sistema de ensino, com a mudança de sua estrutura, não oferece base
forte para que a criança possa seguir subindo os degraus da Educação com a
necessária desenvoltura e, logo à frente, pela falta de base mais sólida,
encontra dificuldades e, naturalmente, desestímulo.
Comum colocar a culpa no magistério, dizendo que falta melhor preparação
dos professores da base o que, em tese, não deixa de ser uma lógica
considerando que estes profissionais também chegaram ao magistério através de
um ciclo que iniciou-se no primeiro ano do Ensino Fundamental, onde uma grande
parcela encontrou dificuldade para vencer todas as etapas seguintes.
No entanto, muito pouco ou nada falam que a culpa não está diretamente
no professor, mas sim no próprio sistema.
Outro fator que, entendemos, causa grave prejuízo à Educação, é a
infiltração político-partidária no sistema que, diga-se de passagem, sempre
existiu, mas nunca tão ferrenha e disputada pelos vários segmentos políticos
como agora, levando certa degeneração à essência da área, que deveria ser
totalmente isenta.
Necessário, por fim, acreditamos, um reestudo do sistema, com
aperfeiçoamento, principalmente do trabalho desenvolvido nos anos iniciais;
maior valorização do magistério, através de melhores salários e cursos de
aperfeiçoamento, ou estaremos apenas, em que pese o esforço e boa vontade dos
mestres, promovendo uma educação “pra inglês ver”.
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