Eram duas formiguinhas muito amigas.
Tinham sido criadas juntas desde que nasceram. As duas tinham tido pais
exemplares. Estudaram sempre nas mesmas escolas e a mesma faculdade. As duas
começaram a trabalhar na mesma empresa, uma multinacional de construção de
formigueiros de alta qualidade, somente para formigas do primeiro escalão.
Para poder dar continuidade a esta
história (real no mundo da fantasia) devemos dar nome a estas formigas. A
primeira a chamaremos de D, e a outra de J. Somente as
iniciais, para não identificá-las e não correr o perigo de levar um processo.
O fato de serem tão amigas, como
ocorre na infância e na adolescência devia-se ao fato que eram de índoles
totalmente diferentes, de certa forma complementavam-se. D era quieta,
estudiosa, responsável. Já J era extrovertida,
bastante irresponsável e muito, mas muito ambiciosa.
Dois ou três anos após terem começado
a trabalhar D lutava para conseguir as coisas com seu salário. D todos os dias
ia trabalhar de ônibus, guardava o pouco dinheiro que sobrava de seu salário na
poupança.
J gastava tudo o que ganhava, tinha um carro do ano, tudo que ganhava
estava comprometido com empréstimos e circulava com os figurões da empresa.
Isto fez com que pouco a pouco fossem distanciando-se e após poucos anos
somente ficava a recordação da velha amizade.
Vinte anos se passaram e num dia, por
mera casualidade, encontraram-se num aeroporto.
Cumprimentaram-se com um
estreito abraço renovando os votos de amizade eterna. Foram tomar um café.
D contou para J que tinha se casado,
tinha três filhos. e já era avó. J ouviu e manifestou que estava no terceiro
casamento, mas não tinha nenhum herdeiro, que não tinha tido tempo para isso.
D tinha conseguido comprar um pequeno
apartamento no subúrbio e nada mais, J havia juntado uma pequena fortuna.
D continuava na mesma empresa e J era
dona de uma consultoria que entre seus clientes estava a empresa na que D
trabalhava. D perguntou a J porque não a tinha procurado em todos esses anos, e
D lhe respondeu, porque te conheço, você é honesta e não gosta de correr
riscos.
Que riscos? Perguntou D. Faço
intermediações entre os fornecedores da tua empresa e seus diretores, afirmou
J. Ah, entendi, trafego de influência, D afirmou. Sim, isso aí, e se ganha
muito dinheiro, confirmou J.
Alguns anos depois, quando D abriu o
jornal deparou-se com a foto de J na primeira página. A polícia federal do mais
importante formigueiro do país das formigas a tinha levado para a prisão,
acusada de lavagem de dinheiro e outros delitos.
D nunca sairia nos telejornais, ninguém nunca
teria conhecimento da sua existência, mas em compensação tinha seus netos e
filhos em sua volta. Fechou os olhos e pensou: Que caminhos diferentes seguiram
nossas vidas!
São as pequenas decisões que nos
levam pouco a pouco a destinos tão opostos.
Boa reflexão.
Olá William...
ResponderExcluirUma ótima noite para te.
Às vezes até uma boa semente pode nascer frutos podres, nada neste mundo é perfeito. Grata por partilhar, indique seus posts mais vezes, pois gosto muito de apreciar, votar, e em algumas ocasiões comentar. Abraços sempre.
ClaraSol
Olá, William!
ResponderExcluirSomos mais felizes desfrutando de uma vida mais simples cercados das pessoas que nos amam.
Estou passando para votar e comentar! : )
Curti o seu artigo! Ele é relevante!
Mundo de Margarete
http://www.margarete.pro.br
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Oi, William!
ResponderExcluirÓtima história de reflexão.
Realmente uma escolha ruim hoje, terá maus resultados.
E uma boa escolha hoje, terá bons resultados.
Então antes de escolher, pense com a razão e não com o sentimento.
Parabéns pela a bela postagem, meu amigo.
Tenha uma ótima semana e até a próxima!!!