domingo, 13 de março de 2011

Cinto de castidade ainda hoje?



Tenho uma amiga que é bastante hilária e desenvolta. Tanto é que em uma de suas viagens ao exterior (ela viaja pelo menos duas vezes ao ano), para Buenos Aires, após ficar lá alguns dias, ao retornar teve que passar pela Alfândega da capital portenha e foi acusada pelo tilintar do sininho de que estava portando algum objeto metálico e que precisava retirá-lo.

Voltou ao início de sua caminhada e o agente alfandegário de olho atento naquela ninfa, que era todo sorriso, achando tal volta um motivo de gozação, porque sabia que não estava trazendo nada que importasse ou mesmo fosse algum contrabando ou mesmo um objeto proibido de transportar em avião.

Fez a segunda volta e...... Eis que o apitinho nojento voltou a tocar.
Retirou todos os objetos de seu corpo, tais como colar, brincos, braceletes, relógio e ainda sua bota para demonstrar que não trazia nada de mais consigo.
E na terceira volta,
novamente o apitinho voltou a funcionar.

Aí ela, com uma elegância à toda prova, para demonstrar que não estava contrariada e que o tal “apitinho” tinha errado de pessoa, gritou para todo mundo ouvir: “Olha, seu comissário, se o senhor quer que eu retire o meu “cinto de castidade”, o senhor está enganado. Este eu não retiro por que senão vou ter que explicar ao meu marido e esse pode não acreditar.”

Foi uma gargalhada daquelas de todos os presentes e o comissário da alfândega, meio contrafeito, deixou a nossa ninfa passar e ela voltou a usar todos os objetos que trazia consigo.
Isto aconteceu na capital portenha, justamente no Aeroporto Internacional, na passagem da Alfândega.
O tal “sininho” sempre toca e tem pessoas que são obrigadas a ficar despidas para uma busca de algum objeto proibido de transportar em avião.

Já vi em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, um homem ficar completamente nu, à vista de todo mundo ali presente, por protesto porque nada trazia de ilegal ou irregular com sua pessoa.

Mas o caso da amiga que vou revelar apela à letra do seu primeiro nome, M..... , voltou com aquela gozação consigo, eis que dos vários passageiros, muitos eram brasileiros e gostaram da presença de espírito da mesma e seu élan humorístico num momento que muita gente fica nervosa e agitada, pelo embaraço causado pelo “apitinho’’ indiscreto.

Aqueles que não sabem o que é cinto de castidade, vou dar-lhes uma explicação rápida. Os soldados que partiam na Idade Média para as batalhas, ao deixarem suas esposas, com receio de que houvesse traição das mesmas na sua ausência, procuravam proteger a integridade sexual das queridas mulheres, confeccionando um cinto de ferro e levava consigo a chave de uma fechadura que trancava o “ninho de amor” das suas ninfas e somente eles possuíam a chave, que seria aberto no seu retorno. Alguns passavam meses e até anos nos campos de batalha e outros nem voltavam, pois eram mortos na guerra que participavam. Agora vede senhores a agonia daquelas mulheres que eram enclausuradas pelos maridos. Os que voltavam eram um alívio e os que não... Bem, naquela época era assim.

Daí quando a amiga M... disse aquelas palavras, foi, na verdade, motivo de muita gozação e delírio dos que eram inspecionados rigorosamente na ocasião. Fica, portanto, caras pálidas, o registro de uma situação embaraçosa mais que teve um epílogo alegre e descontraído.


Por Orimar de Bastos.

E agora, será que ainda existe isso? Comente, participe!

3 comentários:

  1. William
    teu texto me fez lembrar de uma amiga, rsrs... uma vez fomos ao Banco (não vou citar o nome) e o danado do apito segurou ela na porta, ela so trazia nas mãos um cheque e a fatura, mas a porta insistia em tocar; até que ela num gesto começou a levantar a saia e disse ao segurança: "espere, vou tirar o meu DIU"... rsrsrs a porta abriu na hora.

    bjus

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  2. Hahahaha hiláro... o post e o comentário :D

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  3. Essa do cinto de castidade foi ótima e a do DIU também. (Crise de risos)

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