Atualmente
uma das doenças sociais mais devastadoras é o alcoolismo. Ninguém pode negar
que a cada dia a juventude começa a beber cada vez mais precoce. Iniciando nas
pequenas reuniões sociais e se alastrando para quase todas as reuniões para em
seguida frequentar restaurantes, bares e botequins.
Muitas
pesquisas já foram efetuadas em torno do que poderíamos chamar de parte
genética ou orgânica de onde denominaríamos de hereditariedade que possa
justificar o processo da doença do alcoolismo, mas nada fora detectado antes
que o individuo já esteja comprometido com a doença, ou seja, inicialmente não
existe nenhum fator que possa ser identificado em exames de laboratórios.
Durante
o desenvolvimento deste artigo, buscarei levar ao leitor o que realmente
acontece na tríade: alcoolismo-obsessão-depressão.
O
alcoolismo é grave problema de natureza médica, psicológica e psiquiátrica que
merece assistência urgente, como também se apresenta como terrível dano social,
em face dos prejuízos orgânicos, emocionais e mentais que opera no indivíduo e
no grupo social ao qual pertence.
Existem
vários tipos de bebedores, uns se embriagam somente em ocasiões especiais, outros
bebem todos os dias sem se embriagarem e existem aqueles que bebem diariamente
para ficarem embriagados, dentre outros tipos menos específicos.
Os
danos que decorrem desse hábito infeliz são incalculáveis para o indivíduo e
para a sociedade, assim como os prejuízos de vária ordem, inclusive econômicos,
para as organizações governamentais de saúde. A embriaguez é de duração breve
no seu aspecto clínico. No entanto, pode evoluir, passando por três fases:
excitação, depressão e coma. Na primeira, surge a euforia, como mecanismo de
libertação de conflitos emocionais reprimidos durante a abstinência. É de
duração breve, relativamente entre uma hora e meia e duas horas. A depressão
ocorre a seguir ou pode surgir de maneira inesperada, de chofre. O dependente entrega-se
ao desmazelo, ao abandono, movimenta-se trôpego, trêmulo, numa espécie de
ataxia física e mental. Oscila entre a tristeza e a alegria, apresenta sudorese
abundante, náuseas, vômitos, mal estar físico e mental. Os sentidos
físicos ficam afetados, os estados oníricos tornam-se tormentosos, as
alucinações fazem-se frequentes.
Lentamente
o paciente começa a sofrer perturbações intelectuais e de memória, embotamento
dos sentidos e distúrbios de conduta. Além desses desequilíbrios, a face
apresenta-se pálida e de expressão cansada, língua saburrosa, hepatomegalia,
febre, facilidade para permitir-se infecções, como gripe, erisipela, pneumonia.
Sabemos
que o alcoolismo è uma doença progressiva. Muitas que se inicia no álcool o
fazem para sair da timidez, para ficar mais desinibidos e fazer parte de sua
“tribo”. Não podemos negar que, quando ingerimos algum tipo de bebida alcoólica
nos sentimos “leves”, descontraídos e “falantes”, mas somente o tempo vai nos
provar que tudo não passava de ilusão, pois logo podemos estar sob o domínio
daquele que ontem parecia “remédio”.
O
álcool é uma substância que também impede a produção de serotonina – hormônio
que controla o humor – no cérebro. Primeiro vem a sensação de euforia para logo
em seguida vir os processos de depressão.
Não se
pode negar que existe uma herança ancestral para o alcoólico. Descendente de um
viciado, ele apresenta tendência a seguir o hábito doentio. Igualmente há
outros fatores orgânicos, como lesões nervosas, encefalopatias, traumatismos
cranianos. Do ponto de vista psicológico, podemos ser assinalados como causas,
os conflitos de qualquer natureza, especialmente sexuais, empurrando para o
vício destruidor. A timidez, a instabilidade de sentimentos, o ciúme, o
complexo de inferioridade, os transtornos masoquistas propelem para a
ingestão de substancias alcoólicas como fugas das situações embaraçosas.
Algumas vezes, para apagar lembranças ou situações desagradáveis ou serve de
encorajamento no enfrentamento de desafios que julgam não estar apto a resolver.
O
dependente alcoólico é portador de compromissos espirituais de vidas transatas,
à semelhança de outras enfermidades. No caso específico, há um histórico
anterior, em experiência passada, quando se entregou às dissipações,
especialmente de natureza etílica, assumindo graves compromissos perturbadores
com outros Espíritos (desencarnados), que lhe padeceram as injunções penosas e
que não se perdoaram. Reencontrando-o, estimulam-no à antiga debilidade moral,
a fim de o consumirem na alucinação, ao tempo em que também participam das suas
libações, dando prosseguimento aos desaires que a ausência do corpo já não lhes
permite.
À
semelhança de outros vícios, estabelece-se um conúbio vampirizador por parte do
desencarnado, que se torna hospede dos equipamentos nervosos, via perispírito,
terminando por conduzir o paciente ao delirium tremens, como resultado de
insuficiência suprarrenálica, quando o organismo exaurido tomba sob situações
de hipoglicemia e hiponatremia.
Noutras
vezes, prosseguem na desforra, em razão do sentimento ambíguo de amor e ódio,
no qual satisfazem-se com a inspiração dos vapores etílicos que o organismo do
enfermo lhes proporciona e do ressentimento que conservam embutidos no desejo
da vingança.
Finalmente,
entorpecem-se, embriagam-se, pela absorção da substancia danosa que o
perispírito assimila, enlouquecendo, além do estado infeliz e depressivo em que
se encontram. Nessa situação, tomam da escassa lucidez do hospedeiro psíquico e
emocional, ampliando-lhe o quadro alucinatório e levando-o a pratica de atos
abjetos e mesmo de crimes hediondos.
A
questão é tão grave e delicada, que nem sequer a desencarnação do obsediado faz
cessar o processo que, não raro, prossegue sob outros aspectos no Mundo
Espiritual.
Assim,
não é inverdade que, dificilmente, encontraremos um alcoolista que não esteja
acompanhado de um Irmão desencarnado – obsessão, sofrendo os processos
depressivos em detrimento da infelicidade causada pela culpa e deficiências
hormonais – causadas pela agressão do álcool nos neurônios que provocam
interrupções ou acelerações das sinapses que regulam e estimulam todos os
sistemas do corpo humano que busca harmonia e não encontram – necessária ao
equilíbrio do ser para enfrentamento dos desafios necessários à sua evolução
enquanto aprisionados na matéria. O corpo humano é um universo que busca a
harmonia de todos os órgãos e sistemas, portanto, ao danificarmos um órgão ou
agredirmos um sistema, colocamos todo universo interno e externo em desarmonia.
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