Tem sido recorrente: sempre que consegue se
instalar no poder central (em regra após muito esforço, mortes, prisões e
sangue) a utopia que contaminou, estimulou e injetou adrenalina nos
revolucionário de qualquer local do Planeta sucumbe. A força motriz
transformadora que mobilizou uma geração rapidamente entra em processo de
definhamento.
Parece praga de madrinha: essa coisa linda que move montanhas ao acenar com a possibilidade do fazer o novo mundo, de criar o homem novo, de liquidar com as injustiças começa a morrer ou a derreter tão logo bota os pés onde sempre sonhou estar. É um fenômeno interessante, pois isso lembra como a droga funciona no organismo, ou seja, quando o efeito passa a pessoa fica sem rumo.
Em todo mundo tem sido assim. Homens dotados de inteligência privilegiada, de poder incomum de comunicação, mas também especialistas em frases feitas, doutores do simplismo conseguem criar um inimigo a ser combatido por seus povos e, pronto, encastelam a utopia no mais alto posto de comando.
Há quem defenda que a utopia deveria ser avaliada no campo da psiquiatria tal o grau de atrocidades que comete para se instalar no poder. Será? Os utópicos passam a beirar a insanidade? Nada sei sobre isso? Sabemos todos, entretanto, que onde a utopia assume o poder deixa como legado situação bem pior do que aquela que encontrou. Mais estranho ainda: a receita para sair do caos perpetrado é exatamente aquela que a utopia imaginou um dia queimar em fogueiras públicas.
Essas questões do legado e da receita nos passam a ideia que a utopia somente consegue andar em círculos, parece cachorro querendo morder o próprio rabo. Faz uma balburdia extraordinária como se avançasse e, quando nos damos conta fizemos uma trajetória de 360 graus e voltamos ao inicio de tudo. Com uma agravante: o quadro geral ficou pior.
Em todos os quadrantes a utopia tem levado ao poder homens e mulheres que, no exercício do mando matam sem piedade e/ou se lambuzam na corrupção. E muitos galgam os postos de mando sob o orgasmo das massas e dos intelectuais que parecem estar sob o efeito de alguma droga alucinógena.
A Cuba dos irmãos Castro está pior do que aquela governada por Baptista. Essa Venezuela de Chaves e Maduro que navega na riqueza do petróleo perde de longe para a de antes e que motivou a ascensão dos tiranetes. Na Rússia o senhor Putin, homem da KGB comunista/socialista faz das tripas coração para criar e chamar capitalistas ávidos por novos investimentos. A China de Mao, do Grande Salto, se torna o país capitalista mais poderoso do Planeta.
E no Brasil, o que ocorre no Brasil? Quem olha para 1964 fica atônito. Quem para um pouco, olhar para o passado recente e coloca os olhos em Brasília indaga: o que ocorreu com nossa utopia? Foi isso que imaginamos quando lutamos contra a ditadura? Caramba, quais foram os acidentes de percurso que nos colocaram nessa enrascada? Como e onde brotou tanto corrupto? De onde saíram todos esses enganadores?
Onde estaria a falha?
Quer dizer, seria a utopia bruxa malvada que se apresenta como fada para nos encantar – principalmente quando ainda estamos naquela fase de imberbe arrogante que tudo sabe – e depois que nos cativar nos domina como droga alucinógena?
Ou não é nada disso e, sim, o que precisamos fazer é construir uma nova utopia? Mas quem garante que outra bruxa malvada fará gato e sapato da gente?
Parece praga de madrinha: essa coisa linda que move montanhas ao acenar com a possibilidade do fazer o novo mundo, de criar o homem novo, de liquidar com as injustiças começa a morrer ou a derreter tão logo bota os pés onde sempre sonhou estar. É um fenômeno interessante, pois isso lembra como a droga funciona no organismo, ou seja, quando o efeito passa a pessoa fica sem rumo.
Em todo mundo tem sido assim. Homens dotados de inteligência privilegiada, de poder incomum de comunicação, mas também especialistas em frases feitas, doutores do simplismo conseguem criar um inimigo a ser combatido por seus povos e, pronto, encastelam a utopia no mais alto posto de comando.
Há quem defenda que a utopia deveria ser avaliada no campo da psiquiatria tal o grau de atrocidades que comete para se instalar no poder. Será? Os utópicos passam a beirar a insanidade? Nada sei sobre isso? Sabemos todos, entretanto, que onde a utopia assume o poder deixa como legado situação bem pior do que aquela que encontrou. Mais estranho ainda: a receita para sair do caos perpetrado é exatamente aquela que a utopia imaginou um dia queimar em fogueiras públicas.
Essas questões do legado e da receita nos passam a ideia que a utopia somente consegue andar em círculos, parece cachorro querendo morder o próprio rabo. Faz uma balburdia extraordinária como se avançasse e, quando nos damos conta fizemos uma trajetória de 360 graus e voltamos ao inicio de tudo. Com uma agravante: o quadro geral ficou pior.
Em todos os quadrantes a utopia tem levado ao poder homens e mulheres que, no exercício do mando matam sem piedade e/ou se lambuzam na corrupção. E muitos galgam os postos de mando sob o orgasmo das massas e dos intelectuais que parecem estar sob o efeito de alguma droga alucinógena.
A Cuba dos irmãos Castro está pior do que aquela governada por Baptista. Essa Venezuela de Chaves e Maduro que navega na riqueza do petróleo perde de longe para a de antes e que motivou a ascensão dos tiranetes. Na Rússia o senhor Putin, homem da KGB comunista/socialista faz das tripas coração para criar e chamar capitalistas ávidos por novos investimentos. A China de Mao, do Grande Salto, se torna o país capitalista mais poderoso do Planeta.
E no Brasil, o que ocorre no Brasil? Quem olha para 1964 fica atônito. Quem para um pouco, olhar para o passado recente e coloca os olhos em Brasília indaga: o que ocorreu com nossa utopia? Foi isso que imaginamos quando lutamos contra a ditadura? Caramba, quais foram os acidentes de percurso que nos colocaram nessa enrascada? Como e onde brotou tanto corrupto? De onde saíram todos esses enganadores?
Onde estaria a falha?
Quer dizer, seria a utopia bruxa malvada que se apresenta como fada para nos encantar – principalmente quando ainda estamos naquela fase de imberbe arrogante que tudo sabe – e depois que nos cativar nos domina como droga alucinógena?
Ou não é nada disso e, sim, o que precisamos fazer é construir uma nova utopia? Mas quem garante que outra bruxa malvada fará gato e sapato da gente?
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