Em meio a tantas
denúncias de corrupção no País, criticar quem sai às ruas em protesto tem um
pouco de "deixa como está para ver como é que fica". As pessoas saem
às ruas porque estão cheias de ver tanta corrupção em toda parte. É inegável
que o momento é de instabilidade e de revolta por tudo que está acontecendo,
até porque são bilhões desviados e tirados da população sem que saibamos se
tais valores serão recuperados ou se os verdadeiros culpados serão presos e
punidos.
Defende-se
partidos, defende-se políticos, mas o que se vê é um envolvimento em massa de
quem deveria estar trabalhando em prol do povo brasileiro. Já está mais do que
na hora de se fiscalizar mais, cobrar mais, exigindo que o nosso dinheiro seja
aplicado de forma mais igualitária em saúde, educação, segurança e
infraestrutura. Se não for assim, é pouco provável que veremos algo mudar para
melhor. Temos que admitir que a corrupção reina graças à impunidade
proporcionada por nossas leis.
É inegável que hoje
o Brasil vive mergulhado numa profunda recessão econômica. A cada dia vemos
novos indicadores socioeconômicos mostrando a piora do cenário em que nós
vivemos: inflação fechando 2014 com a maior alta dos últimos 7 anos, vendas no
comércio varejista registrando seu pior resultado em mais de 10 anos,
enfraquecimento do PIB, aumento dos índices de criminalidade, aumentos surreais
do preço do combustível. Porém, por trás dessa crise econômica se esconde uma
profunda crise moral, em virtude da inversão de valores de boa parte da classe
política e do empresariado.
Ausência de
credibilidade, não só do governo reeleito, mas da classe política em si,
aliados à estagnação econômica e altos índices de criminalidade estão
provocando efeitos em praticamente todos os setores vitais da economia, não
faltando razões para não ocorrerem protestos.
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