Vender uma imagem, uma ideia,
um produto, se destacar na multidão de promessas e conquistas. Vivemos a era do
Marketing, a exploração de uma marca, de um estilo, pessoa, e todos sabem o
quanto é dramático ter um nome negativado no SPC. Uma imagem é veiculada na TV,
jornal, WhatsApp, Facebook, e-mail, de todas as formas e vertentes possíveis.
Há muitas pessoas mostrando
mais do que valem e também valendo mais de que mostra, mas quem se omitir
ficará fora do mercado. Divulgar, valorizar, fazer a propaganda boca a boa,
veicular uma imagem que será multiplicada milhares de vezes em todos os meios
de comunicação. De repente, o mundo ficou pequeno com tanta exposição e
caminhos para a fama, além do BBB e outras possibilidades imediatas.
Tudo é modo de divulgação, seja
um anúncio no jornal, uma propaganda de três segundos na TV, uma faixa com um
nome ou ideia, a vinheta na emissora de rádio, a promoção na porta da loja em
letras enormes dizendo que aquela roupa ou sapato está sendo vendido abaixo do
preço. Talvez, a Coca-Cola seja a marca mais famosa do mundo, pois outra pessoa
pode até fabricar outro refrigerante mais gostoso que ela, mas que nome terá?
Propaganda e publicidade, forma
e conteúdo, e o espetinho é vendido mais pelo cheiro de que pelo suposto gosto.
Assim caminha o mundo transparente, aparente, com a explosão da venda de uma
ideia ou produto potente. Não haveria corrida de Fórmula 1 ou times de futebol se
não houvesse os patrocinadores.
Como imaginar um mundo sem
marketing, divulgação, mídia, exploração de uma marca? O jogador Túlio
Maravilha foi um dos maiores marqueteiros do futebol mundial, pois ele promovia
sua imagem de artilheiro e também o próprio jogo. Chegou ao milésimo gol e foi
um campeão do microfone, mascote da imprensa falada, escrita, televisada.
A publicidade move o mundo, seja um político,
atleta, artista, empresária, equipe. A meta é estar bem na boca do povo e no
coração da mercadoria exposta. Como já foi dito, não haveria Fórmula 1 ou
futebol sem a indústria da bebida e dos cigarros. Cada mercadoria tem seu
preço, mobilidade, aceitação, exploração singular num mercado plural. Saber
usar a boa imagem é a tarefa de marqueteiros, divulgadores, ampliadores do
prestígio. E tem muito jogador DVD no Brasil…
É notória a analogia sobre o
caso da galinha e da avestruz, sendo que a avestruz bota um ovo enorme e fica
calada. Já a galinha bota o seu minúsculo ovo e sai espalhando para o
galinheiro e o mundo inteiro. É a hora e vez da propaganda, perpetuando a frase
do Paraíba e seu cartão. A fama e o destaque, o pavão e a visão dos mercados, a
busca de novas oportunidades, porque mais uma vez quem não é visto não é
lembrado.
Vender, trocar, mostrar,
ampliar seu espaço é corrente de qualquer homem de sucesso, seja no comércio,
indústria, no degrau de bens e serviços e até na religião, sim, pois se o padre
ou pastor não souber cativar seus fiéis e obreiros perderá campo para outras
seitas e templos. Uma vez um político disse que se sofresse um acidente na
viagem a imprensa deveria ser avisada primeiro que os médicos.
Quem fica calado ou estacionado perde fatias
importantes do mercado, já que vivemos a era da comunicação, da valorização da
mercadoria em escalas mundiais e mesmo banais. Tudo está perto, unido pelas
ondas do rádio, da fibra ótica, da internet que coloca o mundo aos seus pés em
poucos segundos. Os anúncios dos classificados se movimentam como uma forma de
recado do vendedor para o consumidor.
Nada se perde, e é perigoso que
até a vaca abra um processo porque o seu berro foi usado e gravado sem sua
autorização bovina. O mundo se move diante das câmeras, palavras, cores e
adesivos, deixando no inconsciente coletivo a frase clássica de que “tomou
Doril a dor sumiu”, mesmo sem muitos saberem qual é a composição do
remédio veiculado na telinha mágica. A turbina do marketing não pode parar, e
lá na distante e discreta cidade de Carmelândia, no Ceará, um menino briga com
o pai para que o criador compre uma camisa do Barcelona com o nome do Neymar nas
costas do produto glorificado pela mídia.
E você, sabe explorar sua boa
imagem? Quanto vale o seu talento?
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