Se os empresários
colocassem no papel o número de horas não trabalhadas todos os meses por
funcionários que precisam se afastar por problemas de saúde, veriam que é muito
mais vantajoso investir em programas de qualidade de vida no ambiente de
serviço do que simplesmente aceitar as jornadas que deixam de ser cumpridas por
força de circunstâncias de difícil controle.
Mudar o olhar para
questões individuais, conhecer e interpretar as causas, e agir no sentido de
tentar reduzir os motivos dos afastamentos são exercícios que, se implantados,
passam a se tornar aliados. Ganham os funcionários - passam a adoecer menos - e
a própria empresa.
Esse foi o tema
abordado pelo médico Alberto Ogata, membro do Comitê de Responsabilidade Social
(Cores) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a unidade
federativa mais produtiva do Brasil.
De acordo com
Ogata, que palestrou durante o Encontros Fiesp Sustentabilidade - Conectando
Pessoas, Compartilhando Valores, e usou dados de uma pesquisa feita pelo Ibope,
mais de um quarto da população adulta brasileira tem doenças musculoesqueléticas
e a maioria não procura ajuda médica. Em razão disso, perde, pelo menos, oito
horas de trabalho por semana por estar com o problema.
Segundo ele, dores
lombares, na coluna cervical ou fibromialgia (dores em todo o corpo por longos
períodos) são exemplos de males que podem afastar o trabalhador de suas
atividades. "É preciso fazer alguma coisa para reduzir esse indicador,
para ter menos gente afastada ou com problemas por esses distúrbios."
As empresas de
pequeno em médio porte são aquelas que mais sofrem com afastamentos de
trabalhadores doentes. A sugestão do médico para superar essa dificuldade é a
criação de redes entre empresas menores para compartilhar serviços de qualidade
de vida, conhecer os recursos oferecidos no entorno da sede e buscar parcerias
que permitam pouco ou nenhum investimento.
Informações da
agência Indusnet Fiesp.
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