Situações recentes,
que trazem sofrimento real ao povo - descontrole inflacionário, aumento de
impostos, corrupção institucionalizada, empobrecimento gradual do trabalhador
-, têm despertado nas pessoas a curiosidade sobre onde estariam os chamados
"intelectuais", aqueles estudiosos que gastam tempo enorme nos livros
e teoricamente possuiriam lastro para operar, ante o adverso, mudanças
positivas na sociedade.
Onde estão, afinal?
Por que não assumem a responsabilidade como formadores de opinião? Por que não
se opõem publicamente ao que está aí? Quais as razões pra tanta timidez?
A resposta parece
estar no fato de que os verdadeiros intelectuais situam-se cada vez mais longe
dos polos de educação formal (institutos de pesquisa, universidades públicas
etc) tendo em vista que estes locais se tornaram espaços onde se nota mais militância
materialista-marxista e reprodução de artigos nonsense, do que efetivamente
construção do pensamento racional norteado pela evolução prática, científica e
moral do sujeito.
Anos de
obscurantismo ideológico, debates insípidos e preocupação excessiva com
títulos, honrarias ou condecorações aparentam ter "anestesiado" o
discernimento tradicional.
Desta forma, a
resistência aos abusos de Estado começa a advir de outros protagonistas, de
novos intelectuais que assumiram neste momento a responsabilidade de pensar um
Brasil diferente.
Refiro-me ao
contingente que forjou seu alicerce intelectual de acordo com o nexo entre
consciência digna e ações cotidianas, trabalhadores que adotaram a razão
prática para superar desafios e promover a construção social.
Brasileiros homens,
mulheres, jovens, velhos, unidos por transformações que reverberem
positivamente a todos, sem distinções de classe, gênero ou raça. Uma nação que
valoriza o ser humano na integralidade e conhece o real significado da palavra
democracia.
Nasce deste
contexto um pensador novo, que não se envergonha de sair pras ruas com panelas
e trajos verde-amarelos, mostrando sua indignação de quem sabe diferenciar o
certo do errado. Surge o comprometimento produtivo, a racionalidade com
atitude, em busca de um Brasil elevado.
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