quinta-feira, 16 de abril de 2015

Protestar, por que não?

Em meio a tantas denúncias de corrupção no País, criticar quem sai às ruas em protesto tem um pouco de "deixa como está para ver como é que fica". As pessoas saem às ruas porque estão cheias de ver tanta corrupção em toda parte. É inegável que o momento é de instabilidade e de revolta por tudo que está acontecendo, até porque são bilhões desviados e tirados da população sem que saibamos se tais valores serão recuperados ou se os verdadeiros culpados serão presos e punidos.

Defende-se partidos, defende-se políticos, mas o que se vê é um envolvimento em massa de quem deveria estar trabalhando em prol do povo brasileiro. Já está mais do que na hora de se fiscalizar mais, cobrar mais, exigindo que o nosso dinheiro seja aplicado de forma mais igualitária em saúde, educação, segurança e infraestrutura. Se não for assim, é pouco provável que veremos algo mudar para melhor. Temos que admitir que a corrupção reina graças à impunidade proporcionada por nossas leis.

É inegável que hoje o Brasil vive mergulhado numa profunda recessão econômica. A cada dia vemos novos indicadores socioeconômicos mostrando a piora do cenário em que nós vivemos: inflação fechando 2014 com a maior alta dos últimos 7 anos, vendas no comércio varejista registrando seu pior resultado em mais de 10 anos, enfraquecimento do PIB, aumento dos índices de criminalidade, aumentos surreais do preço do combustível. Porém, por trás dessa crise econômica se esconde uma profunda crise moral, em virtude da inversão de valores de boa parte da classe política e do empresariado.

Ausência de credibilidade, não só do governo reeleito, mas da classe política em si, aliados à estagnação econômica e altos índices de criminalidade estão provocando efeitos em praticamente todos os setores vitais da economia, não faltando razões para não ocorrerem protestos.


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