O governo, como
sempre acontece, quando premido pela imprensa, diante da grita popular, por
problemas não sanados, invariavelmente responde com chavões surrados,
considerando a falta de uma resposta que mostre que tais problemas não foram
solucionados porque houve um “empurra com a barriga”, enquanto ninguém ou
poucos reclamavam.
A primeira coisa
que as autoridades responsáveis alegam é que “já estamos providenciando a
solução” ou “estamos esperando somente condições favoráveis para a execução”.
No entanto, só falam depois que o problema alcança proporções que fogem do
âmbito interno, como aconteceu com a tragédia de Santa Maria e em tantas outras
que acontecem por este Brasil afora.
Esta semana, como
exemplo, veio a público a situação de uma escola, na qual os alunos estão
utilizando, inclusive, os banheiros para a realização de aulas e, diga-se de
passagem, que a falta de condições do prédio já foi detectada a mais de um ano.
Todo esse tempo passou e ninguém fez nada para sanar a situação.
Na terça-feira, um
incêndio de grandes proporções, destruiu um prédio em Porto Alegre, que servia
de depósito para a guarda de móveis e decorações. O fogo atingiu outros prédios
ligados, assim como aconteceu, lembram, no Mercado Público da Capital.
Diante da tragédia,
veio à tona a difícil situação por que atravessam os bombeiros gaúchos, que são
obrigados a enfrentar grandes tragédias sem equipamentos e viaturas em
quantidade suficiente ou simplesmente ultrapassados pelo tempo de uso.
Diante do problema,
e sabendo-se que é difícil um comandante de Pelotão de Bombeiros ou mesmo de
outra força pública fazer críticas quanto ao que é colocado a sua disposição
para combate às chamas e outras atividades inerentes, o assunto fica “abafado”
e somente explode quando a ação dos soldados do fogo vale mais pela dedicação e
força de vontade no cumprimento da missão, do que mesmo pelo equipamento
disponível.
O governo então, ao
ser questionado, deixa escapar o velho chavão do estamos atentos à situação e
buscando a solução, como compra de nova viaturas e equipamentos ou preparação
de efetivo humano para o suprimento das necessidades do Estado, como também, no
caso de escolas que necessitam de obras ou de novos prédios, mas invariavelmente,
o assunto termina caindo no esquecimento do povo e, então, tudo retorna ao
ponto de partida e nada ou muito pouco é, efetivamente, realizado.
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