Dois diretores jurídicos do Google
Brasil foram denunciados pelo Ministério Público Federal por desobediência.
Ambos foram acusados de descumprir determinações judiciais para ajudar em
investigações sobre a divulgação de pornografia infantil no Orkut. Como o MPF
entende que a conduta da empresa foi omissa, houve denúncia com base na Lei
8.069 de 1990, no artigo relativo à distribuição de pornografia infantil.
De acordo com informações do MPF,
desde 2010 houve demora deliberada por parte dos diretores jurídicos na
resposta de ofícios para envio de dados. Por isso, muitas vezes, expirava o
prazo de 180 dias com o qual a empresa tinha se comprometido em manter as
informações de interesse para as investigações.
Os dados acabavam sendo apagados dos
servidores do Google, inviabilizando a apuração dos crimes.
A denúncia aponta ainda que informações teriam sido apagadas antes do prazo estipulado em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2008.
A denúncia aponta ainda que informações teriam sido apagadas antes do prazo estipulado em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2008.
“A denunciada adotou conduta de,
deliberadamente, excluir os dados imprescindíveis à investigação criminal, tão
logo feita a comunicação da existência de divulgação de pornografia infantil
pelo serviço Orkut, tornando assim inócua qualquer decisão judicial”, diz o
texto da denúncia sobre a diretoria do Google.
O Ministério Público Federal diz
entender que as ações acobertaram a conduta dos investigados, que deram continuidade
à veiculação de conteúdo pornográfico.
Em um dos casos de desrespeito a ordens
judiciais, o Ministério Público diz que o repasse de informações não havia sido
feito depois de um ano da expedição do primeiro ofício.
O Google Brasil diz que não vai se
pronunciar sobre a denúncia porque não foi ainda formalmente intimado.
“Todavia, o Google Brasil afirma que sempre
colabora com as autoridades brasileiras em investigações contra a pornografia
infantil e cumpre à risca todas as ordens judiciais que estão ao seu alcance,
inclusive dentro do Termo de Ajustamento de Conduta assinado com o Ministério
Público em 2008", destaca o comunicado em nota.
É terrível a conduta apontada pelo
MPF. Empresas com a capacidade de influência e de acúmulo de dados como a citada
precisam dar a maior celeridade possível na resolução dos pedidos das
autoridades.
Pornografia infantil é crime. Acobertá-la é
crime.
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Olha, se o MPF diz que isso está acontecendo...
ResponderExcluirMas eu acho muito estranho pois o Google não tem interesse algum em fazer isso.
O Google tem demonstrado interesse em até mesmo acabar com a consulta a imagens pornográficas.
Está previsto para breve a exclusão no algorítimo de busca as palavras "pornografia infantil" etc...
Nem está mais no menu de aplicativos do Google o "Google Vídeos" para desestimular a busca por vídeos pornográficos; para acessar o Google Vídeos você precisa acessar o próprio Google e digitar Google Vídeos.
É de causar estranheza essa discussão...
Vamos aguardar o desenrolar da história...
Bom dia, William
ResponderExcluirInteressante, contraditória (ou não?) essa postura do google, pois, nos Estados Unidos a pornografia infantil é crime grave com penas severas.
Gosto muito de um seriado americano : Law &Order SVU que mostra a seriedade quanto a isso... bem diferente do Brasil mas é aquela coisa, será que eles pensam que os brasileiros gostam de ver suas crianças sendo usadas,violentadas? Nem sabem onde fica o Brasil nem a lingua que, falamos. Não me espanta, tal atitude, não.
Bjs
Lúcia