O governo federal está anunciando
aumentos escalonados, nas contas de luz, para cobertura do déficit do setor,
pelas fornecedoras, tendo em vista a necessidade de utilização de usinas
térmicas, cujo custo operacional é bem mais elevado.
A falta de investimentos na
produção energética, aliada ao consumo cada vez maior e, ainda, problemas
gerados pela escassez de chuvas em alguns estados, fez com que o governo
tivesse que lançar mão da produção através de equipamentos movidos a diesel,
fazendo disparar os custos que, agora, serão repassados ao consumidor comum.
Em entrevista coletiva, o
ministro Mantega salientou que todos terão de arcar com o ônus do prejuízo. No
entanto, destacou que esse custo, “por necessidade de cálculos mais profundos”,
somente será repassado em 2015, com divisão entre consumidores comuns e
empresariado.
Ora, a quem o ministro quer
enganar? Todos sabemos que a falácia ministerial e de outras autoridades
ligadas ao setor energético nada mais representa senão uma transferência
estratégica de datas, tendo em vista tratar-se de importante ano eleitoral e,
certamente, o aumento neste momento será extremamente prejudicial
politicamente, pois o Planalto já vem trabalhando na campanha de reeleição há
muito tempo.
Por outro lado, a palavra de
Mantega, na tentativa de amenizar o problema estabelecido, de que a conta será
dividida é pura balela. Quem não sabe que tudo termina no bolso daquele que
sempre paga a conta, considerando que, como coisa natural, indústria e comércio
repassam qualquer aumento de custos ao consumidor final?
Em 2015, a Copa do Mundo estará
apenas na lembrança dos brasileiros, e o processo eleitoral já terá indicado os
detentores das cadeiras presidencial e dos Palácios nos Estados.
Quer dizer, qualquer um que chiar
não verá efeito maior na crítica ou no elogio e, então, a conta com a energia e
com os custos da Copa estarão disponíveis para serem resgatadas, sem contar os
investimentos que serão feitos para a preparação da Olimpíada, que será
realizada em 2016.
Quem viver, pagará - com a
manutenção do atual governo ou presença de outro - pois os custos já foram
gerados e a sentença de cobrança decretada.
Comente este artigo.
sempre sobra para o povo
ResponderExcluir