Nos últimos anos vem crescendo a
preocupação com um estilo de vida e uma alimentação saudável - a aquisição de
produtos in natura, em detrimento dos velhos conhecidos produtos
industrializados, processados, o abandono de refrigerantes, dentre outras
atitudes. Todavia, um inimigo silencioso e pouco conhecido do consumidor pode
estragar os ditames de uma vida menos dependente das artificialidades
alimentícias.
As lavouras brasileiras e
mundiais têm sido maciçamente bombardeadas por agrotóxicos e defensivos
agrícolas que visam, naturalmente, aumentar a produtividade e a lucratividade
do agribusiness, que vêm dominando o cenário produtivo nos campos mundo afora.
Embora exista uma política no Brasil de proibição de algumas variedades de
tóxicos ou mesmo de modos e quantidades de aplicação, é notório que, em
especial nas zonas de fronteira, circulam livremente defensivos banidos no
território nacional, tendo em vista que por seguidas vezes nos deparamos com
apreensões da Receita e Polícia federais.
O fato é que a ganância e o
desprezo pela vida humana têm movido uma parcela da humanidade em muitos
países, e no Brasil não seria diferente. Qual o resultado? Pesquisas
demonstrando os alimentos campeões de resíduos tóxicos (agrotóxicos se
preferirem), como morango, pimentão, tomate, alface, cenoura, dentre outros.
Uma série de notícias, artigos e outros textos foi publicada no Instituto
Humanitas Unisinos, o IHU (www.ihu.unisinos.br), inclusive com uma afirmação preocupante na imagem da EcoDebate (www.ecodebate.com.br)
"Cada brasileiro consome em média 5,2 litros de agrotóxicos por
ano. Até quando vamos engolir isso?".
A principal motivação nestas
linhas não é afirmar que A ou B utiliza X ou Y defensivo agrícola, mas, sim,
iniciar a discussão para reflexão acerca do que estão fazendo com a alimentação
do nosso dia a dia. As coincidências estão a todo momento batendo em nossas
portas, afinal os números de câncer no Brasil aumentam de forma alarmante,
seguidos de outras tantas doenças, que não podem ser dispensados de uma análise
mais adequada e profunda, além, é claro, de maior atenção por parte dos órgãos
públicos reguladores do setor.
Políticas Públicas para o setor
agrícola devem tomar por base a redução progressiva, mas substancial, até sua
total eliminação, seu banimento do território nacional, bem como da produção e
da utilização de quaisquer agrotóxicos químicos, tendo em vista que não há como
permitir que substâncias que colocam em risco a vida humana e animal sejam
comercializadas em nome do lucro.
Uma alternativa, embora tímida, são os
biológicos, pois ainda não recebem incentivo potencial para que substituam em
larga escala os químicos.
Até então, mencionei a interação
com pessoas e animais, porém esses químicos interatuam com implicações nocivas
ao ambiente, poluindo o solo e as águas, o que permite um efeito rebote de
contaminação em novos plantios. Muito poderia ser debatido, careceria-se
de muitas informações técnicas para apontar com sagacidade os efeitos
nefastos nas vidas que estes produtos podem causar.
Todavia, o mais importante
já foi feito, o debate está aberto, não por mim, mas por um número cada vez
maior de pessoas, em especial, pesquisadores da área, que se debruçam com maior
propriedade que eu. Por fim, fica a pergunta...
Vamos continuar comendo veneno?
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