quinta-feira, 30 de abril de 2015

A economia é a base da porcaria

Quem só pensa em economizar sempre paga mais caro e gasta mais tempo.
Poupar é uma atitude sábia e austera: economizar é criar e alimentar o desespero obsessivo de perder.
O ato de poupar ou guardar refletem uma saúde mental e uma inteligência emocional apuradas.
Isso é um hábito criado com a repetição impulsionada na crença de que é necessário acumular para ter fôlego financeiro.
A diferença entre o hábito saudável de poupar e a obsessão paranoica de economizar é imensa: quem poupa pesquisa para não pagar valores exorbitantemente mais elevados, mas o bom poupador sabe que qualquer coisa muito abaixo do preço médio de mercado é algo questionável, de baixa qualidade, ilegal ou com péssima durabilidade e até descartável.
Enquanto isso o obsessivo por economizar considera o dinheiro o bem final da negociação e desconsidera os valores mais importantes do processo de obtenção de bens e serviços, dentre eles, a qualidade. Para quem pensa no dinheiro como fim e não como meio a qualidade não é nem levada em conta na aquisição do item desejado.
Dessa forma quem quer economizar se vê na ilusão de que está “gastando menos” ao comprar algo que esteja num valor bem abaixo do preço médio de mercado estipulado para aquela mercadoria pelas simples leis de oferta e procura que regem o preço médio daquele item específico.
Esse é o princípio básico que norteia a Lei 8.666, de 21 de junho de 1993 (Lei Geral das Licitações), que determina a contratação ou obtenção por parte de órgãos da administração pública de bens e serviços fornecidos por empresas ou profissionais.
Esse princípio é bem simples: no leilão existe o preço médio de mercado já aproximadamente conhecido para aquela negociação específica. As empresas que trouxerem orçamentos muito acima da média do preço de mercado perdem o contrato por motivos óbvios de trazer um orçamento muito caro, portanto, fora da realidade.
As empresas que trouxerem orçamentos muito abaixo do preço médio praticado no mercado para aquele item ou serviço que o poder público quer adquirir também perdem o contrato por motivos óbvios de trazer um orçamento que também está fora da realidade do mercado, com preços muito baixos, o que evidencia materiais de baixíssima qualidade, mão de obra não qualificada, economias, cortes e gastos em itens ou etapas essenciais à execução do serviço com o mínimo de qualidade exigida para atender à população.
Em linhas gerais o princípio é bem simples: se estiver muito barato pode ter certeza de que não presta!
Quem procura preço não está nem um pouco preocupado com a qualidade. É uma pessoa que não se importa com a perfeição, se importa em “gastar pouco”, acreditando que com isso esteja economizando.
Na verdade quem tem o péssimo costume de “economizar” está sempre adquirindo serviços de péssima qualidade, produtos sem os mínimos padrões de durabilidade, segurança e design.
São pessoas que se sentem satisfeitas com “gambiarras”. A sabedoria é provada válida por seus frutos: uma obra construída com materiais de baixa qualidade vai começar a dar defeitos dentro de 1 ou 2 anos depois de entregue, porque os responsáveis pela obra pensavam que estavam economizando ao se preocupar com o preço baixo. Comprar barato, abaixo do preço médio, nunca é economia!
Pequenas variações no preço médio não comprometem a apresentação do mesmo padrão de qualidade, mas algo que esteja bem abaixo do preço médio certamente não é economia, é gasto em dobro, pois é algo de baixa qualidade.
Essa verdade é muito mais evidente na contratação de mão de obra. Um prestador de serviços que tenta se nortear pelo código de ética do seu conselho de classe ou de seu sindicato vai ter condições de apresentar diferenciais importantes na prestação do seu serviço, enquanto que aquele “profissional curioso”, ou seja, o famoso “boquêta”, “resolve-tudo” sempre vai cobrar bem mais barato para fazer “o mesmo serviço” e o cliente que não se importa com a qualidade sempre procura o profissional mais barato acreditando que está economizando.
O que esse cliente não percebe é que essa “economia” que ele está fazendo agora vai trazer graves consequências no futuro, pois o curioso que se diz “profissional” e cobra baratinho vai fazer um serviço de péssima qualidade que vai precisar da intervenção de um profissional de verdade, que vai cobrar o mesmo preço normalmente para corrigir os erros do curioso que cobrou barato. Então, somando-se o prejuízo do cliente espertinho que pensou em pagar mais barato: ele vai ter que pagar pela prestação de serviços do curioso, que é em média 50% a 75% do valor médio de um profissional sério e depois esse cliente vai ter que pagar cerca de 25% ao profissional sério para corrigir os erros do curioso e mais 100% para que o profissional faça o serviço da forma padronizada, que deve ser feita para que fique correto, que é a forma perfeita. Ou seja, aquele que achou que estava economizando, evitando pagar os 100% do profissional sério acabou pagando 200%, porque quis “economizar”.
Nada mais verdadeiro do que a expressão: “o barato sempre sai caro”.
Basta comprar um badulaque eletrônico importado da China, proveniente de uma fábrica desconhecida que não segue os padrões internacionais de regulamentação de pesos e medidas, estocagem, qualidade dos materiais, origem, metodologia de produção, design e acabamento e em menos de um mês a pessoa entende porque aquela mercadoria é tão barata.
Um aparelho de telefone celular fabricado dentro das normas internacionais de padronização de produção tem uma ótima durabilidade média, além de uma performance bem mais robusta do que um aparelho de telefone celular quase descartável, que funcione por 3 a 6 meses, produzido em fábricas que não seguem o mínimo controle de qualidade e produtividade.
Durante um período de 3 anos alguém que comprou um celular de alto padrão e pagou mais “caro” vai estar realmente economizando a longo prazo: economizando o transtorno de perder tempo e dinheiro procurando e comprando 2 celulares de baixo padrão por ano, ou seja, 6 celulares em 3 anos, que totalizarão os mesmos 200% do montante de ter adquirido um único celular no valor de 100% que funcione bem por 3 anos.
Por mais contraditório que pareça, quem realmente quer economizar tem que pagar mais caro. Quem procura o mais barato está procurando qualquer coisa, com qualquer qualidade. Quem procura o mais caro está procurando o melhor, com a máxima perfeição de qualidade possível que seu orçamento permite.
Dessa forma se distingue quem quer preço e quem quer qualidade.
Quem se preocupa com preço não está preocupado com a qualidade, porque são grandezas diametralmente opostas. Nunca algo barato será bom e nunca algo caro será ruim.
Se um profissional é barato é porque ele sabe que não pode oferecer o mínimo de perfeição em sua prestação de serviço.
Se um profissional é caro é porque ele detém conhecimentos ocultos que fazem toda a diferença no resultado final visando à perfeição do serviço.
Definitivamente a economia é a base da porcaria. Até a gasolina mais cara (aditivada) é mais cara porque preserva a durabilidade das peças do motor e apresenta um rendimento de potência bem acima da gasolina comum, o que, no final das contas, considerando-se o cenário à longo prazo apresenta economias reais de quilômetros por litro rodado, além do benefício da preservação das peças do motor, em comparação com o baixo rendimento e o desgaste do motor promovido pelo uso da gasolina comum (mais barata): portanto, quem pagou mais caro à longo prazo foi quem realmente economizou!


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quarta-feira, 29 de abril de 2015

O crepúsculo do lulismo

Os brasileiros que fizeram de 15 de março de 2015 uma data histórica no calendário político nacional mandaram um recado curto e grosso ao Palácio do Planalto. Indignados, eles apontaram que o Brasil real é superior ao Brasil oficial. São brasileiros que certificam que se gastarem mais do que ganham vão à bancarrota. Concordam com a ideia de que o mérito e o esforço individuais serão terminantes para o sucesso ou o insucesso de uma jornada, seja ela acadêmica ou profissional. Têm consciência de que incidem em graves punições caso cometam atos de corrupção. Mais: que é impossível mentir a todos durante todo o tempo. Aprenderam pela experiência que não há despesa sem receita. É um paradoxo em si julgar que um governo possa gerar vantagens extraordinárias para todos sem custo absolutamente para ninguém. O Brasil real, meus amigos, pauta-se por essas noções basilares; o Brasil oficial, quase sempre, vive a traficar utopias.
O poder, aprendi nos estudos de Ciência Política, não pode ser estocado. Ou é usado, ou não é poder. E quando o Palácio do Planalto vacila, torpedeado diuturnamente por graves acusações de corrupção que envolvem o partido político da presidente, o centro gravitacional da República atravessa a Praça dos Três Poderes e migra para o Congresso Nacional. Renan Calheiros, Eduardo Cunha e mais recentemente Michel Temer, disputam entre si a faixa presidencial. Ora, se de uma banda isso revela um salutar retorno do equilíbrio entre os poderes constituídos, com o aumento do protagonismo do Poder Legislativo, de outra banda fica expresso que esse samba do crioulo doido não pode ignorar por muito tempo o chamamento cívico das ruas, o crepúsculo do lulismo e de seu partido, o PT.
Na prática, a presidente Dilma é dona do ônus de governar, mas o bônus jaz nas mãos do Congresso Nacional. Calheiros, Cunha e Temer decidem os destinos do Brasil. Os três mosqueteiros do PMDB, partido da base aliada que deveria auxiliar a presidente, do PT, a governar, em verdade governa em seu nome. E como se chegou a situação tão esdrúxula? O parlamentarismo branco, hoje vivenciado pelo Brasil, deve sua existência a três fenômenos de desaparecimento: o do PT, gangrenado pelo vírus da corrupção; o da presidente Rousseff, recolhida a um exílio forçado por despertar a ira dos brasileiros, que lhe devotam a mais baixa taxa de aprovação por ter-lhes mentido na campanha eleitoral do ano que passou; e, por fim, o desaparecimento de Lula, hoje lembrado como responsável pelo caos econômico e patrono da corrupção institucionalizada na Terra da Santa Cruz.
Lula sempre menoscabou o choque negativo das denúncias de corrupção em sua imagem e no projeto de poder do PT. Sobre o mensalão, dizia que o escândalo não impediu a sua reeleição e a vitória de Dilma Rousseff. E manteve a popularidade em alta até a descoberta do petrolão. Mas o maior esquema de corrupção da história do Brasil atingiu em cheio a imagem do PT e de sua cabeça coroada. Lula sabe que o PT perderia a sucessão presidencial, caso a eleição fosse realizada hoje, mesmo que o candidato do partido fosse ele próprio.
A folia partidária e o descompasso parlamentar dos governos do PT não foram acidentais. O partido sempre devotou um desdém vegetariano à partilha do campo ideológico com seus aliados. A razão é que, com seu apetite voraz pela hegemonia, a ideologia do governo seria sempre a que o PT quisesse. 
Assim, somando-se a imoralidade congênita do presidencialismo com a composição desideologizada e desparlamentarizada dos governos do PT, armou-se o tsunami perfeito. E para amansar a moçada aliada, sempre se acotovelando em busca de mamatas, o PT apelou para o fisiologismo e à corrupção desenfreada. Deu-se, então, o desastre que nenhum cacique petista previu: o partido foi pego com a mão na cumbuca. Primeiro, o mensalão estremeceu os pilares do sistema; agora, o petrolão provocou o abalo sísmico definitivo.
 E o PT, meus amigos, simplesmente implodiu!
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terça-feira, 28 de abril de 2015

Mentira tem perna curta...

 “Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te”. Friedrich Nietzsche
Ao falar de mentira é comum que as pessoas recordem do ditado: “mentira tem perna curta”, o que tá posto é que a verdade mais cedo ou mais tarde se fará presente, revelando fatos que não são verdadeiros. A mentira também é rapidamente associada ao personagem Pinóquio, que ao contar uma mentira seu nariz começa a crescer revelando que não estava sendo verdadeiro e ao falar a verdade o mesmo diminui retomando o tamanho normal.
Nessas situações a mentira não se sustenta por muito tempo, pois não há dados que possam confirmar uma mentira, algum sinal aparecerá e as informações serão divergentes, ficando até contraditório. Ao saber da verdade a relação entre os envolvidos é posta a prova, uma vez que alguém que contou algo que não era real. 

No dicionário encontramos a seguinte definição para mentira: “é o nome dado as afirmações ou negações falsas por alguém que sabe de tal falsidade, e na maioria das vezes espera que seus ouvintes acreditem nos dizeres”. Então ao contar uma mentira está se manipulando uma situação, induzindo o outro a acreditar em algo que não é real. A mentira é conhecida como um comportamento imoral e errado, que não deve ocorrer, as crianças já aprendem que mentir é feio, que deixa os pais tristes. Algumas vezes pode gerar culpa, sendo absolvida moralmente quando é usada com a intenção de evitar um conflito maior.
Existe a mentira aceitável socialmente, quando não há a intenção de fazer mal ao outro e que se trata mais de uma omissão de uma verdade, que o outro ainda não está preparado para lidar. Portanto, em algumas situações pode até indicada, quando se trata de não falar tudo o que se pensa ao outro de qualquer maneira, principalmente quando isso pode ser desagradável.

Quando um sujeito descobre uma mentira, isso irá modificar a relação de confiança que existe com aquela pessoa, certamente numa próxima vez haverá uma dificuldade para confiar e acreditar nela novamente, sua credibilidade será reduzida, sendo questionada a qualquer instante. A citação acima de Nietzsche refere que as pessoas se magoam não pela mentira em si, mas por perderem a confiança que existia naquela relação, pensam como será possível levar adiante esse relacionamento, já que lhe passaram a perna uma vez.
 É assim com os pais quando os filhos “mentem” sobre uma situação, na empresa quando um colega conta muitas inverdades será questionado ao contar um fato, pois o mais difícil será saber quando o sujeito está realmente falando a verdade.

por Gisele Dala Lana.

 

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Mais qualidade de vida, mais produtividade

Se os empresários colocassem no papel o número de horas não trabalhadas todos os meses por funcionários que precisam se afastar por problemas de saúde, veriam que é muito mais vantajoso investir em programas de qualidade de vida no ambiente de serviço do que simplesmente aceitar as jornadas que deixam de ser cumpridas por força de circunstâncias de difícil controle.
Mudar o olhar para questões individuais, conhecer e interpretar as causas, e agir no sentido de tentar reduzir os motivos dos afastamentos são exercícios que, se implantados, passam a se tornar aliados. Ganham os funcionários - passam a adoecer menos - e a própria empresa.
Esse foi o tema abordado pelo médico Alberto Ogata, membro do Comitê de Responsabilidade Social (Cores) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a unidade federativa mais produtiva do Brasil.
De acordo com Ogata, que palestrou durante o Encontros Fiesp Sustentabilidade - Conectando Pessoas, Compartilhando Valores, e usou dados de uma pesquisa feita pelo Ibope, mais de um quarto da população adulta brasileira tem doenças musculoesqueléticas e a maioria não procura ajuda médica. Em razão disso, perde, pelo menos, oito horas de trabalho por semana por estar com o problema.
Segundo ele, dores lombares, na coluna cervical ou fibromialgia (dores em todo o corpo por longos períodos) são exemplos de males que podem afastar o trabalhador de suas atividades. "É preciso fazer alguma coisa para reduzir esse indicador, para ter menos gente afastada ou com problemas por esses distúrbios."
As empresas de pequeno em médio porte são aquelas que mais sofrem com afastamentos de trabalhadores doentes. A sugestão do médico para superar essa dificuldade é a criação de redes entre empresas menores para compartilhar serviços de qualidade de vida, conhecer os recursos oferecidos no entorno da sede e buscar parcerias que permitam pouco ou nenhum investimento.
Informações da agência Indusnet Fiesp.

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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Uma entidade chamada “Sistema”

Quantos de nós não passamos por uma situação onde as coisas param de funcionar e o responsável nos diz que a culpa é do ‘Sistema’? É normal, após muito tempo nas filas de um banco, o funcionário nos informar que o ‘Sistema’ caiu e as operações ficam suspensas até a sua volta.

Da mesma forma, em muitas empresas, as notas fiscais não podem ser emitidas, nem os pagamentos efetuados quando o famoso ‘Sistema’ está fora. Isso acontece em todas as operações em que a tecnologia nos obriga a depender de um bendito ‘Sistema’, criado originalmente para facilitar a nossa vida.

Já lhe aconteceu de estar fazendo uma compra em uma loja e o ‘Sistema cair’? Dá para imaginar algo semelhante nos Sistemas de Defesa e controle de armas nucleares de qualquer país? Pode ser que o ‘Sistema’ dê início a uma nova guerra mundial.

Por outro lado, já ficou convencionado que, quando ocorre uma pane deste tipo, não existe uma pessoa responsável. É tudo culpa do ‘Sistema’, que passou a ser uma entidade superior, como uma divindade. Numa empresa, ele manda mais que diretores ou o próprio presidente, pois não adianta eles ordenarem que o ‘Sistema’ volte a trabalhar. Ele retorna quando quer, falta ou sai de férias quando quer e ninguém tem autoridade para contestá-lo.

Muitas vezes penso nos benefícios, malefícios e na própria criação desse intocável ser maligno. Ele é uma entidade criada artificialmente, através de um processo mágico, para nos servir. Ele lembra a fábula do Golem que, no folclore e na cabala judaica, é um ser artificial e sem vontade própria, criado para satisfazer as vontades de quem o criou. Embora sem inteligência, ele podia fazer tarefas simples.

O problema era que, repentinamente, ele ficava sem controle, se tornava muito perigoso e fazê-lo parar era uma árdua tarefa, mesmo para os melhores rabinos e cabalistas. Na tradição esotérica, ele tinha a palavra Emeth, que significa Verdade, em hebraico, na sua fronte ou debaixo de sua língua e, para desativá-lo, seu criador precisava apagar a primeira letra e transformar a palavra em Meth, que significa Morte.

Isso lembra uma senha para acessar um programa de computador ou um ‘Sistema’, e ativá-lo ou desativá-lo. O problema é que nós nos acostumamos tanto com as suas tarefas que, hoje, é difícil viver sem nosso ‘Golem Sistema’. Quando ele falha, a nossa vida fica complicada e vemos o quanto dependemos dele. Se um dia ele ficar fora de controle, quem conseguirá acessá-lo para apagar a primeira letra?

Nas histórias do Golem, quando isso aconteceu, o preço para desativá-lo foi o de muitas vidas, inclusive, as de seus criadores. Hoje, pode ser que custe a vida de toda a humanidade.


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domingo, 26 de abril de 2015

Amizade no sucesso e nas desgraças

Muito se tem escrito sobre a amizade, por considerá-la imprescindível para uma vida saudável e feliz. Amigo envolve amor, compreensão, carinho, entre outros atributos. É aquele que estende a mão e deixa marcas em nossos corações, porque comunga as nossas vicissitudes. Amizade implica certeza e segurança, dizem os sábios, e estes aspectos a fazem diferir do amor, que é bem mais sensível.
Conheço grande número de pessoas que afirmam que a amizade se prova em momentos difíceis. Tal afirmativa é quase unanimidade, e todo ser humano - que certamente já viveu experiências difíceis -, quando se vê rodeado por amigos, tem certeza de que tal sentimento é verdadeiro. Hoje, no entanto, o enfoque pode ser diferente.
Não só pela observação, como por meio da literatura, observo haver outras realidades que merecem uma reflexão, sobretudo em nossa cultura e especialmente em nosso país. Os amigos são provados também nos momentos de sucesso, de destaque e prosperidade do outro.
Confúcio, filósofo chinês, afirmou: "Para conhecermos os verdadeiros amigos, é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça". Há aqueles nos quais fazemos uma aposta total, depositamos confiança e, quando menos esperamos, causam decepções e ressentimentos, com feridas por vezes difíceis de cicatrizar, senão impossíveis, devido à grande extensão.
O verdadeiro amigo mais facilmente conhece e reconhece as qualidades e competências do outro, sentindo prazer em compartilhar suas vitórias. Seu coração suspira e sua alma se enche de alegria ao acompanhar o sucesso do outro.
Os que evitam acompanhar os bons momentos dos amigos, por vezes até inconscientemente, o fazem por inveja, ciúmes ou outros sentimentos menos nobres que torturam quem os nutre.
Sêneca afirmou: "Você nunca será feliz enquanto se torturar por alguém ser mais feliz".
Pessoas que vibram com o sucesso de seus amigos encontram nesse fato motivos para também lutar para alcançar o que desejam e realizar seus projetos. Elas entenderam que celebrar a vida e cultivar encontros com verdadeiros amigos são presentes de Deus que devem e podem ser comemorados.
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sábado, 25 de abril de 2015

Petisco ou prato principal, pastel é opção para todas as horas

A iguaria acompanha bem uma cervejinha ou uma dose mais quente. É um eclético mata-fome.

O pastel é aquele amigo de todas as horas. Entre um ônibus e outro, salva o estômago na Rodoviária, acompanhado ou não de um caldo de cana; no fim do expediente, ajuda a esperar a janta; e acompanha bem uma cervejinha ou uma dose mais quente. É um eclético mata-fome.

Anda meio desprestigiado nesses tempos de corpos definidos e veias entupidas, acompanhando a desdita que se abateu sobre as frituras. Penso que os bares deveriam ter biombos para a gente poder saborear nosso pastelzinho em paz, sem ter que enfrentar os olhares recriminadores das patrulhas antiprazer.

Mas não se tem notícia de quem não goste da iguaria. Ao contrário daqueles quitutes de vitrine de boteco — que ficam ali estacionados por horas, às vezes dias —, o pastel deve ser frito na hora, quente, pingando óleo. Reside aí seu irresistível charme.

Mas a ilibada reputação dos pastéis sofreu duro golpe nos últimos dias, quando foi encontrado um chinês escravizado num estabelecimento de Parada de Lucas, Rio de Janeiro. E mais: entre os preparados para recheios, foi encontrada carne de cachorro.

Meu amigo espírito de porco diz que não é motivo de escândalo: quem come bode pode comer cachorro. E se lesma é prato fino, o totó também pode ser degustado. Mas não é fácil imaginar que entre as lâminas crocantes da massa há um bull-terrier moído, um pastor-alemão desfiado; ou que nas festas dos bacanas estão servindo pasteizinhos de shih-tzu.

É grave a situação quando o homem não perdoa nem mesmo os melhores amigos. Isso numa época em que as cachorras maltratam os machos-alfa nos bailes funk.

Não sei nada de pastéis, além de comê-los (cartas para Liana Sabo nos falar das origens e especiarias). A maior parte dos pastéis que a gente encontra é feita por um só fabricante, mas há pastéis de qualidade neste Distrito Federal, que agora as autoridades querem resumir como Brasília.
 
Com recheios tradicionais — queijo, carne, palmito – prefiro a pastelaria do SIA (R$ 4 a unidade). São exemplares largos, com boa quantidade de recheio, queijo de qualidade e borda para saborear apenas a massa. Na feira de Ceilândia, a partir das quartas-feiras, paga-se menos (R$ 3) por um pastel de qualidade e recheio similares, frito na hora na barraca da Raimunda.

Tenho saudade do pastel de feijoada da Toca do Chopp, que Claude tirou do cardápio no mesmo dia em que deixou de fazer o pastel de angu — que agora pode ser consumido no Beco do Chopp, da Quituart, do Lago Norte. Na mesma feira gastronômica, o Cantinho da Tia Rô serve um excepcional pastel de carne com pequi; há também outro, extra-condimentado, de nome Putzgrila ou Cacildis.

O mais inusitado deles, no entanto, nem tem forma de pastel: chama-se, apropriadamente, Mentirinha e é servido no Butiquim do Tuim, também na Quituart. A massa do pastel é cortada em tiras finas, fritas sem recheio e servidas com uma mistura de ervas com predominância de orégano. É a reciclagem do famoso pastel de vento.


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O poder & a utopia

Tem sido recorrente: sempre que consegue se instalar no poder central (em regra após muito esforço, mortes, prisões e sangue) a utopia que contaminou, estimulou e injetou adrenalina nos revolucionário de qualquer local do Planeta sucumbe. A força motriz transformadora que mobilizou uma geração rapidamente entra em processo de definhamento.

Parece praga de madrinha: essa coisa linda que move montanhas ao acenar com a possibilidade do fazer o novo mundo, de criar o homem novo, de liquidar com as injustiças começa a morrer ou a derreter tão logo bota os pés onde sempre sonhou estar. É um fenômeno interessante, pois isso lembra como a droga funciona no organismo, ou seja, quando o efeito passa a pessoa fica sem rumo.

Em todo mundo tem sido assim. Homens dotados de inteligência privilegiada, de poder incomum de comunicação, mas também especialistas em frases feitas, doutores do simplismo conseguem criar um inimigo a ser combatido por seus povos e, pronto, encastelam a utopia no mais alto posto de comando.

Há quem defenda que a utopia deveria ser avaliada no campo da psiquiatria tal o grau de atrocidades que comete para se instalar no poder. Será? Os utópicos passam a beirar a insanidade? Nada sei sobre isso? Sabemos todos, entretanto, que onde a utopia assume o poder deixa como legado situação bem pior do que aquela que encontrou. Mais estranho ainda: a receita para sair do caos perpetrado é exatamente aquela que a utopia imaginou um dia queimar em fogueiras públicas.

Essas questões do legado e da receita nos passam a ideia que a utopia somente consegue andar em círculos, parece cachorro querendo morder o próprio rabo. Faz uma balburdia extraordinária como se avançasse e, quando nos damos conta fizemos uma trajetória de 360 graus e voltamos ao inicio de tudo. Com uma agravante: o quadro geral ficou pior.

Em todos os quadrantes a utopia tem levado ao poder homens e mulheres que, no exercício do mando matam sem piedade e/ou se lambuzam na corrupção. E muitos galgam os postos de mando sob o orgasmo das massas e dos intelectuais que parecem estar sob o efeito de alguma droga alucinógena.

A Cuba dos irmãos Castro está pior do que aquela governada por Baptista. Essa Venezuela de Chaves e Maduro que navega na riqueza do petróleo perde de longe para a de antes e que motivou a ascensão dos tiranetes. Na Rússia o senhor Putin, homem da KGB comunista/socialista faz das tripas coração para criar e chamar capitalistas ávidos por novos investimentos. A China de Mao, do Grande Salto, se torna o país capitalista mais poderoso do Planeta.

E no Brasil, o que ocorre no Brasil? Quem olha para 1964 fica atônito. Quem para um pouco, olhar para o passado recente e coloca os olhos em Brasília indaga: o que ocorreu com nossa utopia? Foi isso que imaginamos quando lutamos contra a ditadura? Caramba, quais foram os acidentes de percurso que nos colocaram nessa enrascada? Como e onde brotou tanto corrupto? De onde saíram todos esses enganadores?

Onde estaria a falha?
Quer dizer, seria a utopia bruxa malvada que se apresenta como fada para nos encantar – principalmente quando ainda estamos naquela fase de imberbe arrogante que tudo sabe – e depois que nos cativar nos domina como droga alucinógena?

Ou não é nada disso e, sim, o que precisamos fazer é construir uma nova utopia? Mas quem garante que outra bruxa malvada fará gato e sapato da gente?


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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Desenvolvendo as potencialidades da alma

Enfatiza-se aqui a importância do crescimento como necessidade do espírito, lembrando o que, por outras palavras está escrito n’O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec: “As qualidades superiores da alma se desenvolvem gradativamente, rumo à perfeição. Como a sementinha que já possui em si mesma as qualidades da árvore adulta, o Espírito possui em si mesmo as qualidades da perfeição”.
O homem é um ser perfectível e carrega em si o gérmen de seu aperfeiçoamento. No entanto, esse crescimento há de ser para dentro de si, já que o reino de Deus está dentro de nós e alcançá-lo depende do esforço de cada espírito e ‘segundo as suas obras’.
Amor e sabedoria
Inteligência e bondade, amor e sabedoria, devem marchar juntas para garantirem o crescimento intelectual e moral, de que dependerá, afinal, a redenção da humanidade.
Segundo Henri Wallon, no ser humano primeiro manifesta-se a afetividade, seguida da racionalidade, mas que desde o início estão sincreticamente misturadas. Piaget já ensinava que a vida afetiva e a vida cognitiva são inseparáveis, eis que qualquer interação com o meio pressupõe estruturação e valorização.
Desenvolvimento da mente
Nosso cérebro é um computador que arquiva informações do presente, do passado e do futuro, já virtualizado. Do presente consciente – as conquistas atuais. Do passado subconsciente – os impulsos automáticos. Do futuro superconsciente – a meta a ser alcançada.
Figurativamente, nosso cérebro é como um edifício de três andares: no primeiro andar guardamos nossas experiências vividas, no segundo, trabalhamos executando nossos projetos atuais e no terceiro andar, hospedamos nossos sonhos e ideais sempre acalentados.
Construção de si mesmo
Recortemos do texto sob leitura: “As necessidades da vida presente levam o Espírito a agir, desenvolvendo gradativamente sua potencialidade futura, valendo-se das aquisições do passado”. Mas adverte Walter de Oliveira: “Não podemos estacionar no passado, correndo o risco de mergulharmos nos impulsos e tendências anteriores. Também não podemos viver o presente de forma mecânica, sem consultar nosso passado e sem traçar metas para o futuro, pois viveríamos mecanicamente sem evoluir. É indispensável valermo-nos das conquistas passadas para, através do esforço e do trabalho no presente, amparados no ideal superior elevado e nobre, construirmos gradativamente nosso futuro”.
De concluir-se que a importância do processo educativo consiste em investir no gradual desenvolvimento das potencialidades da alma, oferecendo à criança, no caso, os estímulos necessários para direcionar sua vida na construção de si mesma.
Desenvolvimento moral
Considerando que o homem é um ser moral, pelo discernimento do certo e do errado, do bem e do mal, e dotado da consciência do seu eu interior, tem necessidade de estímulos positivos para rebater os impulsos negativos, e nisso consiste o princípio da boa formação do caráter. As crianças são seres em evolução, precisam de orientação segura para que saibam fazer suas escolhas, assimilando a escala de valores que levam a alcançar a finalidade do espírito educado para o bem.
Autonomia moral
As leis internas estão insculpidas na consciência e indicam a escala de valores que levam os indivíduos à realização do bem. A autonomia moral e intelectual leva o ser humano a desenvolver o sentimento e a razão como formas de desenvolvimento do amor e da sabedoria.
No evangelho de Cristo e na doutrina espírita, que o atualizou, têm-se as bases da educação do espírito, que se desenvolve pela capacidade de pensar, agir e sentir, em sintonia com as leis divinas. Educar o espírito é educar o sentimento, não somente como energia que mobiliza e mantém nossas ações – pondera o autor – mas como campo vibratório, eis que a educação leva a compreender que “o homem evolui do instinto às sensações e das sensações para os sentimentos, sendo que o ponto delicado do sentimento é o amor”.
Evangelho e educação
Jesus nos mostrou que o desenvolvimento das qualidades do espírito – assim enfatiza Walter de Oliveira – nos propicia a oportunidade de ingresso em esferas superiores, em mundos mais avançados e que, como herdeiros de Deus, somos herdeiros do infinito, do universo. E assevera que “os seus ensinamentos levam ao exercício e ao desenvolvimento das virtudes da alma, sintetizadas no amor ao próximo, ao mesmo tempo em que conduz o indivíduo ao desapego, ao desprendimento do egoísmo e do orgulho”.
O evangelho de Jesus é a maior fonte de educação, renovação e regeneração da humanidade. Mais do que normas de conduta, é o estímulo ao desenvolvimento do espírito. Estão implícitos no evangelho os princípios do aprimoramento moral, que levam o homem a Deus. E o homem está vinculado a Cristo como mestre e coordenador da evolução global. Educar o homem é educar o espírito. A criança é um ser em construção, que precisa ser iluminada pela centelha divina. O evangelho de Jesus é a fonte.
Capacidade vibratória
A capacidade cognitiva do homem aumenta com a capacidade vibratória do espírito. A capacidade vibratória do espírito aumenta com a ação constante do bem, rumo à perfectibilidade humana.
Cada indivíduo entra em sintonia com vibrações superiores quando aumenta sua capacidade perceptiva. A mente elevada a Deus é como o espelho de luz que refrata a irradiação espiritual.
O poder do amor
Citando a revelação de um espírito, Walter de Oliveira destaca que, quando o sentimento de amor é profundo, a energia superior exerce poderosa atração, acordando sentimentos nobres que já conquistamos no passado e estimulando nosso futuro brilhante onde se localiza a herança divina. Enfatiza o autor, que “a educação baseada no despertar dos poderes latentes do espírito é a única que realmente conduz o espírito à autonomia integral, capaz de utilizar a própria vontade para seguir nos caminhos do bem, do belo, do melhor, enfim, no caminho da perfeição”.
A educação, vale frisar, não vem de cima para baixo, mas vem de dentro para fora, despertando no indivíduo a vontade construtiva que o leva a agir, pensar e sentir no bem. Então cada indivíduo se autoeduca ao tomar consciência da própria necessidade evolutiva.
O poder da vontade
Apoiado no pensamento de Calderaro, frisa o autor que “o momento presente é ação. Em toda ação estão presentes o sentimento e a inteligência interagindo com o meio”. Mas o que move o sentimento e a inteligência? – A vontade. O processo educativo deve consistir no estímulo da vontade, para impulsionar a ação do educando no sentido construtivo. E a vontade, que nasce da necessidade, deve ser movida pela energia do amor, que alimenta o espírito.
Segundo Emmanuel, em Pensamento e vida, também citado no texto em referência, temos que a mente humana é como um escritório dividido em departamentos diversos: do desejo, da Inteligência, da imaginação, da memória, da vontade, que governa os demais setores da ação mental.
O livre-arbítrio
Acompanhemos Walter de Oliveira: “O estímulo à vontade não violenta o livre arbítrio do indivíduo, muito pelo contrário, o respeita”. Partindo dessa premissa, o autor propõe a educação da vontade, que leva o indivíduo a querer avançar, intelectual e afetivamente (leia-se também moralmente).
Assim deduz que “a ação pedagógica deve, pois, estar centrada na vontade, estimulando o querer, para que o indivíduo possa agir no presente, com base nas conquistas passadas, construindo o próprio futuro”. Suas escolhas dependem do livre arbítrio.
Maturidade e interesse
Adverte Walter de Oliveira: “O modo de estimular a vontade varia em função tanto da maturidade quanto dos interesses imediatos do espírito, conforme a bagagem que ele traz e suas possibilidades de manifestação”. O educador deve então utilizar as tendências e aptidões do educando, motivando seu interesse de agir em rumos elevados.
O autor esclarece: “Não é possível estimular uma ação que a criança não tenha condições de realizar. Por exemplo, uma criança de sete ou oito anos não conseguirá realizar operações abstratas”. Ao pretender alimentar o interesse da criança, o educador deve partir da realidade concreta para conduzi-la ao campo da abstração, até que possa desenvolver o pensamento lógico. As necessidades e os interesses da criança se manifestam de forma gradual, daí a importância de se conhecerem as etapas do seu desenvolvimento físico e mental. O amadurecimento cresce junto com o interesse. A alma da criança educada multiplica suas potencialidades.

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Doenças degenerativas

Doenças degenerativas são aquelas que alteram o funcionamento de uma célula, um tecido ou órgão, porem neste caso não tem nenhuma relação com inflamações, infecções e ou tumores. As mesmas são chamadas assim devido o fato de provocarem a degeneração no organismo, envolvendo vasos sanguíneos, tecidos, visão, órgãos internos e cérebro.
Normalmente esses tipos de doenças são adquiridas devido hábitos alimentares errados (uso excessivo de gordura), vida sedentária, predisposição genética e alcoolismo são doenças crônicas, não transmissíveis e algumas não têm causa conhecida A Medicina moderna já dispõe de tratamentos, porém, a cura para tais enfermidades ainda não existe.
Os exemplos mais conhecidos para doenças degenerativas são o diabetes, a arteriosclerose, a hipertensão, as doenças cardíacas e da coluna vertebral, além de câncer, mal de Alzheimer, reumatismo, esclerose múltipla, artrite deformante, artrose, glaucoma, cabeça, e membros. Trata-se de um comportamento induzido por hábitos decorrentes dos confortos existentes no nosso cotidiano que acabam por tornar nossa vida mais simples, como o simples fato de nos alimentarmos de fast-food ou evitarmos andar de escada para subir no elevador, coisas que tornam nossa vida mais pratica.
As doenças crônico-degenerativas são as principais causas de mortes em países desenvolvidos, por isso devemos analisar e pensarmos, será que a forma que estamos vivendo nosso cotidiano irá influenciar em nosso futuro, lembrando o fato de que este  tipo de doença esta sendo ocasionada por nos mesmos, e não estão relacionadas com medidas de saneamento básico, o que faz chegarmos ao fato de que quem pode cuidar de nossa saúde somos nos mesmo, será que estamos fazendo isso certo?
Se toda a população fizesse uma caminhada, de 30 minutos por dia, poderíamos evitar doenças degenerativas, como diabetes, a arteriosclerose, a hipertensão, também claro doenças cardíacas e da coluna vertebral, além de câncer, mal de Alzheimer, reumatismo, esclerose múltipla, artrite deformante, artrose, glaucoma etc. ate uma simples dor de cabeça poderia ser evitada com a pratica de exercício físico. Normalmente essas doenças são adquiridas, por erros alimentar e o excesso de gordura no corpo, e a vida sedentária. Ou seja, nos estamos tornado essas doenças mais comuns devido a erros diários nosso.

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Uma análise sistemática e psicológica de pessoas que precisam de ajuda psicológica, mas não procuram e as que procuram, mas não querem a cura!

Não temos a pretensão e nem o direito de dizer que todas as pessoas estão doentes e precisam de ajuda; entretanto, não podemos negar que no mundo atual diante de tanta violência, há um número que se eleva dia a dia de pessoas que precisam buscar ajuda profissional (uma boa psicoterapia) para melhorar a si mesma e com isso melhorar ou ajudar na melhora daquelas que estão a sua volta.
Como temos coloca em nossos textos sobre as fugas psíquicas, observamos cada vez mais pessoas fugindo de si mesmas. Como nos coloca Chico Buarque quando diz que “solidão é quando perdemos a nós mesmos e em vão procuramos nossa alma”. Hoje os maiores refúgios dessas pessoas estão no álcool e nas outras drogas tidas como ilícitas, mas que é usada em qualquer lugar, como, por exemplo, a maconha e, porque não, também a cocaína.
Tenho dito aos meus pacientes no início do tratamento que comigo eles têm duas opções durante o tratamento: ‘ou eles se curam, ou eles se curam’, não costumo dar a eles uma terceira opção; mas muitos deles na verdade não procuram terapia para se curar ou se melhorar; mas apenas para dizerem que estão se tratando, motivo esse do porque muitos abandonam o tratamento ou ficam pulando de galho em galho – a cada mês está com um profissional diferente ou buscando tratamentos alternativos que apenas mascaram a dor e o sofrimento; mas não chegam à raiz do ‘problema’. Trabalham os sintomas; mas não buscam a causa real do transtorno.
Também não podemos negar que um tratamento psicoterápico requer um tempo maior, ou seja, não inferior a seis meses. Assim com os custos que a priori está fora do orçamento; porém, os custos serão ainda maioria quando chegar ao corpo físico e necessitar também de terapia medicamentosa. Embora cada caso seja um caso.
Nem todas as pessoas têm recursos internos iguais para lidar com situações adversas e superá-las; aspectos biológicos e socioculturais influem nessa preciosa habilidade de sobreviver aos desafios do mundo atual. As dores psíquicas sempre acompanharam os seres humanos. Porém foi praticamente a partir de Freud que essas dores foram melhores estudas e hoje grandes profissionais da área têm buscado maiores recursos para melhorar ajudá-los.
A psicoterapia breve holística faz uso de uma dinâmica maior no tratamento e o profissional não é mais aquele do século passado que fica apenas olhando para o paciente a espera de informações e dados. Existe uma interação real entre psicoterapeuta e paciente.
Algumas pessoas possui uma estrutura de personalidade que poderíamos chamar de “personalidade resistente” às mudanças. São pessoas que vivem em função do ego e se caracterizam dentro de padrões por ele mesmo criado. São, na maioria, egoístas, arrogantes, intransigentes, orgulhosos, etc.; mas ao mesmo tempo está nos pontos opostos do que chamamos de “QI” ou possui um ‘QI’ muito elevado ou fica a desejar quanto ao nível de intelectualidade. São também pessoas com desvio de caráter. Pessoas ansiosas, calculistas, materialista ao extremo – apegadas.
Essas pessoas não procuram ajuda quase nunca; pois se veem como melhores do que as outras e jamais admite ter que dividir suas ‘intimidades’ com um desconhecido. Esquecem que são desconhecidas delas mesmas. São as mesmas pessoas que projetam no outro tudo aquilo que não quer enxergar em si mesmas. Nada é para ela ou dela; mas do outro. Estão sempre devolvendo ao outro qualquer tipo de sugestão para um tratamento psicoterápico: “Eu não preciso de ajuda!”. “Você é que precisa desse tipo de ‘médico’”. “Eu não estou doido, apenas tenho personalidade forte e ninguém vai me mudar”. Etc.
Não raro, os psicoterapeutas, psicólogos, psicanalistas recebem em seus consultórios os doentes de desesperança, “pessoas capturadas pela reação terapêutica negativa, que procuram ajuda, mas ao mesmo tempo resistem como se empreendessem uma ‘greve psíquica’” – Fátima Flórido Cesar.
No texto Análise terminável e interminável, de 1937, Freud questiona seu método veementemente, reconhecendo a importância da psicanálise como teoria, mas desconfiando de seu valor terapêutico. Nesse mesmo texto, Freud se refere a resistência poderosa de algumas pessoas à mudança: a reação terapêutica negativa. Estudos de 1923 nomeados de ego e id. Vê-se nessas pessoas uma ordem invertida: é buscado o desprazer. Também podemos ver essas pessoas na relação de pulsão de vida e pulsão de morte. A lógica que se supõe em tais casos é que a pessoa se agarra ao sofrimento, que repetem dia-a-dia suas mágoas, que se recusam a melhorar – é denominada de “lógica do desespero, da desesperança”. Os nomeio também como: “síndrome do vitimismo”.
Tais comportamentos ou tipo de pensamentos estão muito presentes nos viciados em álcool e outras drogas. Pessoas resistentes à mudança.
São doentes de desesperança que atacam a nossa própria esperança: Pierre Fédida denomina-os de “casos difíceis”. J. B. Pontalis, de “casos intratáveis”. Eu de “casos desafiadores”. São pacientes que desafia o próprio profissional quanto a sua posição (do profissional). Para eles nós teríamos que ser “deuses” para poder tratá-los, pois qualquer erro nosso é motivo para questionamento deles em relação a nossa tentativa de ajudá-los. Entretanto, somos chamados, atraídos pelo sofrimento alheio, enquanto questionamos, tal como fez Pontalis: “Que loucura é esta que nos acomete de quer mudar os outros?”. Fato que não é visto por mim, pois não nos cabem “Cientistas da alma” pensar que para ajudar o outro é preciso que nos tornemos “deus”, mesmo porque não cabe ao profissional in loco mudar o outro, pois como é sabido, ninguém muda ninguém; mas podemos sim ajudar o outro a encontrar a si mesmo e melhor se adaptar à vida e fazer melhores escolhas para estar em paz consigo mesmo.
Em detrimento do número de informação que as pessoas têm atualmente, cada dia requer do psicólogo e/ou psicoterapeuta larga experiência profissional e pessoal, isso não quer dizer que o profissional não pode errar e ter “problemas”, enquanto formos espíritos em evolução erraremos e teremos problemas.
No texto de Joan Riviere temos: “Há falta de esperança extrema, a proposta de cura analítica, ou seja, ficar bem e feliz, é sentida pelo paciente como equivalente ao abandono de seus objetos internos”. Uns amam a dor; outros o amor!
Nesse caso o profissional deve trabalhar com astúcia para fazer com que o paciente (inconscientemente) abandone esses objetos internos amados pelo amor a si mesmo. Colocando a si próprio em primeiro lugar, os “destrói”, em vez de ajudá-los.  Essa resistência tão poderosa é marcada pelo amor aos objetos internos, que provoca culpa e dor intoleráveis – e pede o sacrifício de sua vida. Motivo pelo qual a pessoa vai suicidando lentamente, na maioria, através dos vícios. Funciona como uma autopunição. O profissional ‘já desperto’ trabalha então os objetos internos primários, pois o paciente não se cura em autossacrifício.
“O que constitui a mola da reação terapêutica negativa é uma paixão, de curar a mãe enlouquecida no interior de si mesmo”. Pontalis.
O re-agir corresponde a uma ação circunscrita ao território das origens, a recusa é uma tentativa de libertação de mandatos parentais; é como se o paciente dissesse: “Reajo, logo existo”. Tenho que assumir a responsabilidade sobre meus atos e ações, não posso mais culpar ninguém pelos meus fracassos e sofrimentos; mais cômodo é me manter doente.
Como nos coloca Eurípedes Barsanulfo: “É fácil curar a doença; mas difícil é curar o doente”.
Para esses pacientes eles não são quem são; mas o que fizeram dele e como os outros (começando pelos pais) o “construíram”: uma pessoa fraca e doente. Não há cura para mim; mas eles têm que pagar pelo que fizeram e conservando minha doença os deixo culpados e me vingo.
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