quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Hormônios em frangos de granja. Mito ou verdade?



Recentemente ouvi uma história de uma nobre senhora que descrevia as semelhanças de sua neta com outras pessoas da família. Fato natural se não fosse um comentário muito polêmico e, por sinal, muito curioso: “somente com 11 aninhos e já de peitinhos, fruto da quantidade de hormônios presentes na carne de frangos de granja que ela tanto adora”.
Muitas são as pessoas que ainda desconhecem o processo de criação e engorda das aves de corte no Brasil. Os frangos de granja, como são conhecidas as aves de corte criadas em galpões – com inúmeros equipamentos que lhes oferecem alimento, água e conforto térmico – são o resultado de um tripé de muito trabalho e de muita pesquisa para produzir uma carne saudável e rica em nutrientes.
Então, por que os consumidores acreditam na existência de hormônios na carne de frango de granja? Por que as pessoas acabam emitindo a sua opinião negativa sobre o frango de granja, que responde pela terceira posição na lista de produtos exportados pelo Brasil?
Pois bem, vamos entender o que acontece com esse produto. Ele é fruto do cruzamento entre galinhas e galos, de alto desempenho em produção de carne. Geram pintinhos, que são encaminhados para galpões de engorda, onde, somados com uma ração balanceada, fazem com que ocorra rapidamente o acúmulo de proteínas e minerais em torno dos ossos do esqueleto desse animal.
O fato é que no passado, como não se conhecia outro produto que não fosse o primo pobre, o chamado “frango caipira”, os consumidores criaram o mito do hormônio para justificar tamanho crescimento em tão pouco tempo de vida. Porém, aves encontram o ambiente necessário dentro do galpão ou da granja para o seu desenvolvimento acelerado.
Ou seja, para tranquilizar o consumidor dessa carne de tamanha tecnologia, tão rica em nutrientes e que possui um preço altamente acessível a qualquer camada social, vamos fazer uma comparação real e esclarecedora. Imagine uma criança, logo após o nascimento. A mãe o alimentou com leite materno, papinhas de frutas, tudo isso rico em nutrientes, como a ração dos frangos de granja. A criança foi agasalhada durante o frio, assim como as granjas mantêm uma temperatura favorável ao abrigo do pintinho. Portanto, assim como a criança cresce forte e saudável, a ave, por meio de alimentação rica e balanceada e um ambiente favorável, também tem um desenvolvimento condizente com os fatores externos. Portanto, é importante o consumidor entender melhor a cadeia avícola, que produz saúde, segurança alimentar e praticidade, para não cair nos mitos criados no passado.

Marcelo de Souza Lima no DM.

Entendeu agora? Não? Bem, deixe seu recado de qualquer maneira, ok.

2 comentários:

  1. A diferença entre o da roça e o da industria, não são somente pelos hormônios que recebem, mas a forma como vivem. São condicionados a viverem presos, as luzes não são apagadas (pra simular o dia) e alimentados 24 horas em ração rica sim, em nutrientes e antibióticos.
    O frango caipira vive solto...

    Na panela, o primeiro cozinha rápido e se passar do ponto desfia, se desfaz, literalmente. Já o segundo tem que ir pra pressão.

    Os mais antigos se queixam do gosto, o sabor.

    Mas sabe o que acho? A gente já come tanta coisa, já recebe remédios e condicionantes há tanto tempo que se fosse pra matar... sei não viu?

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  2. Sinceramente....
    Ainda tenho dúvidas.........

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