quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Da informação à educação



O processo de formação educacional passa por mudanças estruturais em face da utilização de novos meios de aprendizagem.
Sem dúvida, a internet e a informática assumiram papel de relevância nesse novo modelo de conhecimento em que tecnologia e informação somam-se à retórica pedagógica produzida no dia a dia.
O advento da informática neste novo conceito de acesso à informação mudou, sobretudo, a forma de ler e escrever, o que interferiu na forma de pensar e agir dos nossos jovens.
É assim que pesquisas têm revelado a acentuação do uso da internet pelos jovens brasileiros. Um estudo realizado pela Revista Veja apresentou que os jovens gastam, todos os dias, 3 horas e 40 minutos do seu tempo com a internet. E há averiguações de que esse percentual cresce a cada ano, justificável por ser a mídia mais dinâmica, barata e democrática.
Tais características revelam que não podemos desconsiderar esse modelo de aprendizagem, o qual já tornou realidade indissoluta na construção do ensino.
Fazer dessa realidade incontinenti uma meta de igualdade de acesso aos jovens dentro da escola, e fora dela, é um desafio que os governos devem se compromissar ao planejar a diretrizes da educação.
A escola não deve perder o seu papel na formação intelectual das crianças. Ao contrário, a sala de aula passa a exercer a função salutar de garantir as condições adequadas para a ampliação do processo de conhecimento.
A informação aos jovens, na sala de aula, quanto ao bom conteúdo da internet e o seu melhor aproveitamento, firmando esta ferramenta como instrumento de crescimento profissional e intelectual, deve ser o compromisso de qualquer governo que se identifica com a modernização no atual processo de conhecimento. Preparar o jovem para o mundo tecnológico e realizar a aproximação desse mundo com o real será o novo papel do Estado no processo educacional.
Devemos, é claro, aceitar o ambiente democrático que a internet nos apresenta. Porém, temos de estar prontos para o desafio de agremiar aos jovens a capacidade de melhor escolher os conteúdos, interpretá-los, formar o senso crítico, reproduzir o conhecimento para, por fim, adequá-los de forma rápida e eficiente na sua vida cultural e profissional.
O melhor aproveitamento do tempo de uso da rede, partindo ao meio a dedicação exclusiva aos blogs e sites de relacionamento, fortalece o repertório do uso mais elaborado da internet e constitui numa proposta que, se levada às salas de aula, contribuirá para o melhor aperfeiçoamento intelectual dos nossos jovens.
Enfim, o uso de novas estratégias de ensino, aplicando a formação profissional nas salas de aula, aproveitará, desde cedo, a vocação dos nossos jovens e a inserção antecipada ao mercado profissional que requer mão de obra especializada para corresponder à necessidade de geração de empregos e crescimento econômico.
É certo que a educação requer muito mais. O aluno tem mostrado que quer mais na educação. As necessidades vão desde a justa valorização dos professores e profissionais à melhoria da infraestrutura nas escolas. Por isso, valorizar a educação em todos os aspectos e, não só como medida paliativa, faz parte desse novo momento que a política moderna exige de nossos governantes.
Pensar a educação como forma mais eficaz de solução das adversidades sociais é o desafio que o Brasil deve estar pronto a cumprir.

José Éliton no DM.

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2 comentários:

  1. William, infelizmente nem todos os professores estão capacitados para tal situação, é fato, que existem até professores lecionando matérias que desconhecem ou que tem pouca informação e a internet neste caso, pode ser um tiro no pé, que ao invés de colaborar com o crescimento do aluno, pode criar um falso aprendizado. Seria necessário qualificar e remunerar melhor os professores antes de "encher" escolas com micros, que muito das vezes ficam sem "utilidade" dentro desta política ineficaz de educação. Defendo a valorização do professor que é o único profissional que pode mudar este país, embora não seja este o interesse dos políticos que aí estão.
    Excelente post,
    abraços,
    Vitor.

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  2. Olá William.
    O que realmente se vê são professores e alunos desmotivados.
    Os professores desmotivados com a indisciplina e, porque não dizer, falta de educação de berço( aquela vinda de casa e que os pais não tem mais tempo de dar).
    Os alunos entraram no advento da internet e informatização e não se interessam mais pelos conteúdos basilares para uma boa educação.
    Se faz necessária a conscientização de alunos, professores, pais de alunos e coordenadores de ensino.
    Gostei muito dessa postagem pois coaduna com o que penso e sinaliza a necessidade de mudanças.
    Abraços,
    Gy

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