Recomeçam as
atividades (que não deveriam ter sido interrompidas!) no Congresso Nacional e
em reunião com os líderes de partido, a presidente Dilma Rousseff voltou a
defender a reforma política via plebiscito.
Pura retórica, pois que já no terceiro ano de seu
mandato pouco foi feito (Executivo e Legislativo) para que realmente a reforma
política ocorresse, de forma efetivamente participativa.
O fato é que os
protestos iniciados em junho, por todo o país, mostraram que um dos motivos da
insatisfação da população brasileira com os políticos é justamente a chamada
crise da representatividade, isto é, a população não se sente representada
pelos que lá estão e isso é um sintoma de que falta a nossa democracia o
aprimoramento e o amadurecimento necessários.
Sem representatividade, resta a retórica da
democracia participativa, pois esta completa aquela, isto quer dizer que não há
democracia participativa quando inexiste a representativa. Uma complementa a
outra. Por isso, a reforma política deveria acontecer para fortalecer as
instituições democráticas e não facilitar o anarquismo.
Se a reforma
política não ocorrer ainda neste semestre, será quase impossível realizá-la no
que vem, tendo em vista ser ano de Copa do Mundo, no Brasil, e de eleições
presidenciais.
Levando-se em conta
de que a reforma do código penal parece que estacionou, pois não se houve mais
falar a respeito, poucos são os que acreditam que a reforma política deva
acontecer, ainda mais via plebiscito.
Tudo isso reforça a falta de credibilidade dos
poderes constituídos, também do Judiciário, que vem praticando cada vez mais
ativismo judicial.
Os desgastes
sofridos pelos governos, especialmente nas esferas executivas (De quase todos
os estados e Brasília, principalmente), agravam mais a situação, pois o descontentamento
é geral.
Audiências públicas
com os setores da sociedade são instrumentos democráticos legítimos de debate,
para que os nossos parlamentares pudessem ouvir mais a população e mesmo os
projetos de iniciativa popular poderiam ser mais estimulados etc.
O que percebemos com tudo isso é que a tendência é por uma
renovação geral no ano que vem.
O povo quer
políticos com uma postura mais transparente, ética e simples, a exemplo do que
vem mostrando o papa Francisco e que deu um show de cidadania como chefe de
Estado (e líder religioso), mostrando o que é representatividade, proximidade
com o povo, fala direta e compromisso com os que mais sofrem na sociedade
tantas formas de descaso.
Essa é a referência
que os políticos brasileiros poderiam tomar, principalmente os que esperam ano
que vem se elegerem (ou se reelegerem), pois certamente o povo dará seu recado
nas urnas, mais uma vez, por uma renovação e anseio por uma efetiva reforma
política.
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Num passado recente, perdemos a grande chance de ser uma Republica Parlamentarista,encontramos um grande entrave a educação política do nosso povo,espero que esta educação esteja se enraizando no seio de nosso povo,precisamos ser muito mais ativos em nossas cobranças,reforma política,,reforma do sistema financeiro ,reforma do setor tributário,ainda são temas desconhecidos para a grande maioria,temos que mostrar que mostrar como se mata cobra a pau e a onde a onça bebe agua,só a educação desta gerações irão trazer frutos bons a nossa sociedade.
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