Uma reportagem de televisão mostrou aspectos da
falta de cultura do povo brasileiro, motivo pelo qual o patrimônio público é
constantemente alvo da ação de vândalos e criminosos. Além do prejuízo causado
ao erário público, posto que a recuperação de obras e prédios terminam sendo
custeada pelo povo, fica o péssimo aspecto àqueles que nos visitam e que buscam
conhecer nossas raízes, através do legado em obras de arte e prédios.
Não bastasse o entendimento de que patrimônio
público é para ser destruído sempre que há a oportunidade, como aconteceu nas
recentes manifestações que se espalharam por todo o país, quando os principais
alvos dos criminosos foram agências bancárias, sedes de prefeituras, de
governos de estados e veículos públicos, além de lixeiras, coletivos e placas
de indicação, existe um exército de jovens especializado em depredar
monumentos, em furtar peças de bronze e outros materiais, que possam resultar
em troca por dinheiro, na maioria dos casos para a aquisição de drogas, ou no
simples prazer de causar poluição visual com pichação que, por vezes,
ultrapassa os limites, inclusive da própria segurança dos marginais, capazes de
escalar grandes prédios e torres para deixar, no alto, a marca registrada da
imundície.
Os governos, em todos os níveis, criam programas de
incentivo ao turismo interno, gastam milhões de cruzeiros em propaganda,
incentivam o trabalho de hotelaria, de restaurantes e outros ligados ao
turismo, mas ainda não encontraram meios de, pelo menos, reduzir os índices de
poluição visual, já considerado como coisa natural para quem, como exemplo,
deixa sua cidade e sai para visitar outros centros e, lá, encontra os mesmos
problemas de pichação de obras de arte e de prédios.
Está na hora de trabalhar o jovem, no sentido de garantir-lhe conscientização, quanto à
necessidade de saber cuidar do patrimônio público, que é de todos e que diz de
perto a qualidade dos nossos artistas, assim como retrata momentos da nossa
história, que deveria ser vista e guardada com orgulho, mas que, infelizmente,
recebe um tratamento estúpido.
Acreditamos que um "santo remédio" seria
a criação de oficinas para grafiteiros e, especialmente, abertura de espaços
públicos para os trabalhos que, diferentemente das pichações, mostram qualidade
de traço, bom gosto e enfeitam muitas ruas e outros lugares públicos. Talvez,
com a abertura desses espaços, seja possível encaminhar pichadores para o
aprendizado, mudando atitudes e garantindo menos poluição e depredação do
patrimônio.
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Na verdade, o que falta é uma cultura que agrade a nós adultos. Não existe povo nem faixa etária sem cultura. O simples fato não não haver diversidades é por si só, uma cultura.
ResponderExcluirO texto é um pouco antigo já que trata de moeda ultrapassada: "Os governos, em todos os níveis, criam programas de incentivo ao turismo interno, gastam milhões de cruzeiros em propaganda..."
Olha,
ResponderExcluireu acho que o jovem precisa mesmo de todos esses investimentos. Mas falta espaço. Existem vários modos de ver e interpretar. Não vejo os jovens como vilões não.
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