Foram analisadas
quase cinco mil mutações, relacionadas a mais de sete mil casos da doença, dos
mais variados tipos
Pesquisadores da Grã-Bretanha publicaram nesta quinta-feira (15), um dos
estudos mais amplos já feitos sobre genômica do câncer, que permitiu
identificar mais de 20 “assinaturas genéticas” relacionadas a vários tipos de
tumores - informações básicas que segundo eles, poderão nortear a busca por
novos métodos de prevenção e tratamento da doença.
Foram analisadas quase cinco mil mutações, relacionadas a mais de sete
mil casos de câncer, dos mais variados tipos. Com base nisso, os pesquisadores
identificaram 21 “assinaturas”, ou padrões de alteração genética, que eles
acreditam estar diretamente vinculadas a processos específicos que
desencadearam a doença.
Algumas assinaturas são específicas de determinados tipos de câncer;
outras aparecem em uma variedade de tumores. Algumas estão relacionadas à idade
dos pacientes; outras a fatores de risco já bem estabelecidos, como exposição
ao fumo ou à radiação solar ultravioleta. Várias, porém, não têm causa
estabelecida - por enquanto.
“Os resultados revelam a diversidade de processos mutacionais envolvidos
no desenvolvimento do câncer, com potenciais implicações para a compreensão da
etiologia, prevenção e tratamento da doença”, afirmam os autores, no trabalho
publicado pela revista Nature. A pesquisa foi liderada pelo Wellcome Trust
Sanger Institute (WTSI), na Inglaterra, em colaboração com cientistas de 51
instituições de vários países.
Causa das mutações precisa ser
explicada
Como explica Sir Mike Stratton, diretor do WTSI e autor principal do estudo, já é sabido há muito tempo que todo câncer é causado por um acúmulo de mutações genéticas, que podem ser herdadas ou adquiridas ao longo da vida. O que os cientistas querem entender melhor é o que causa essas mutações, como a interação de todos esses fatores afeta o desenvolvimento da doença e, consequentemente, o prognóstico dos pacientes. Ele compara o que os biólogos moleculares querem fazer com as “assinaturas genéticas” ao que fazem os arqueólogos quando estudam as características de uma ruína para entender como era e como vivia um determinado povo.
Como explica Sir Mike Stratton, diretor do WTSI e autor principal do estudo, já é sabido há muito tempo que todo câncer é causado por um acúmulo de mutações genéticas, que podem ser herdadas ou adquiridas ao longo da vida. O que os cientistas querem entender melhor é o que causa essas mutações, como a interação de todos esses fatores afeta o desenvolvimento da doença e, consequentemente, o prognóstico dos pacientes. Ele compara o que os biólogos moleculares querem fazer com as “assinaturas genéticas” ao que fazem os arqueólogos quando estudam as características de uma ruína para entender como era e como vivia um determinado povo.
“Descobrimos no genoma os vestígios arqueológicos dos diversos processos
mutacionais que levam ao desenvolvimento do câncer”, afirma Stratton, em texto
divulgado pelo WTSI. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário