Mulheres ativas e independentes, do alto de seus 30, 40 anos,
reclamam que está difícil achar um “homem bonzinho” para casar
Quando o editor-geral do jornal Diário da Manhã me
pediu para escrever a matéria, procurei pesquisar dentro da lógica realista e
atual. O que tenho a dizer às leitoras é: “Se você é mulher, já viveu mais de
35 anos, está há algum tempo solteira, não pretendo te desanimar, mas as
chances de que você não encontre o parceiro ideal são bem grandes”. Passados
trinta e poucos anos, a regra é conhecida e de longa data: quem namorou,
namorou, quem casou e divorciou, acabou, e quem está namorando, que segure a
companhia e conte com o milagre divino.
Segundo a agrônoma Andréia Barros: “Faltam homens,
tanto porque muitos mudaram a opção sexual, (o que aliás, respeito muito),
quanto pela falta de homens de verdade no quesito respeito, tratamento,
carinho, companheirismo em relação a nós, mulheres.” Mas ela admite que as
mulheres também têm sua parcela de culpa, por banalizar os relacionamentos. “Na
verdade, acho que faltam tanto homens, quanto mulheres, independente da opção
sexual, que respeitem acima de tudo o ser humano.”
Por que faltam homens no pedaço? Existem mulheres
lindas, maravilhosas, independentes, e solteiras. Quando muito, encontram os
“ficantes”. Geralmente não há probabilidade, nada além do horizonte dos
sentimentos, somente “paquerinhas frugais” do imediatismo da hora, sem nenhuma
troca de contatos, que force à ligação telefônica ou pessoal no dia seguinte.
Segundo a enfermeira Tânia Lemos, casada, a
reclamação de suas amigas solteiras é que ainda existem “uns bons” na praça
para pagar as contas, outros para carregar sacolas, aqueles que te fazem
sorrir, ou ainda te apresentam aos amigos. “Mas para namoro, noivado e
casamento, ainda há que se procurar... e muito.”
O que rola
Dia destes estive em uma festa badaladíssima, havia
muitas mulheres que dançavam na pista, em grupos de “patricinhas” e também das
“piriguetes”, quando começou a tocar forró e elas deram início à dança em
comum, aos pares, umas com as outras! Na festa havia apenas alguns homens se é
correto afirmar, supostamente incluídos na categoria ‘solteiro-hétero’.
Cantora e empresária, Cléo Barreto decreta: “Pior é
para mim, que não tenho hábito de sair. Fico orando para Deus colocar alguém
que tropece na minha pessoa por aí e torcendo para que um homem bem lindo pare
ao lado de meu carro quando o farol fechar”. Meu avô já dizia: “Hoje você
escolhe minha filha, amanhã, será escolhida.”
Voltando ao assunto da festa, o restante deles, ou
era casado, ou não era heterossexual. Alguns homens, flertando com a pista de
dança, lotada de mulheres, preferiram continuar em grupinhos, provavelmente
discutindo futebol. Outros foram para casa, exaustos com tantos olhares de
paquera e com tanta diversidade de escolha.
Médico e casado, Fabrício Prado Monteiro discorda
da polêmica: “Acho isso muito conceitual, ou seja, para uns sobram, já para
outros faltam parceiros. Então isso não caracteriza, portanto, uma verdade
absoluta.”
Hoje em dia todas se queixam do mesmo: “Não há
homem, eles sumiram, todos. Os bons, ou estão casados, ou com certeza são
gays.”
Segundo Simone Ferreira, os Homens interessantes
estão ocupados. Já Simone Santos afirma: “Os poucos héteros que restam não
querem saber de compromisso. Quem está solteira após os 40 anos não consegue se
relacionar, porque compete com muitas mulheres, mais jovens, lidam com homens
que só desejam ou querem momentos”. Será que é isso? Ou as mulheres estão
suplantando, em muito, e em costumes, os homens, conforme relata o médico
Fernando Pacéli?
Ruim para todos
A engenheira Maria Aparecida Andrade Tannus é mãe
de três filhos homens. “As mulheres dizem que faltam homens, mas meus filhos
dizem que uma boa mulher também anda em falta.”
A corretora de imóveis Sandra Rotoli acredita
que homens não buscam mulheres para construir família. “Ele quer mulher para
desfilar, mostrar que ela é gostosa, e claro, interesseira, ou, enfim.”
Segundo Ana Paula Blesa, advogada: “Não penso que
faltem homens em quantidade, mas sim, em qualidade. Foi-se o tempo que Goiânia
tinha poucos homens e várias mulheres. O pouco, hoje em dia, está relacionado à
qualidade, esta sim é matéria escassa.”
O empresário Márcio Palermo entende, que os homens
sérios que restaram, os honestos e fiéis, aqueles que respeitam a mulher,
desaparecerão com o decorrer do tempo. Sobram mulheres traumatizadas por
relacionamentos com cerca de 95% dos homens que as enxergam e as veem como um
“naco de carne” a ser exibido, consumido. As interesseiras que nada mais
querem, além do imediatismo e alguém para bancar seus mimos estão por aí e aos
montes.
Um
relacionamento sério demanda entrega, a troca mútua, o investimento e retorno
emocional, sem medos. Isso, hoje em dia, é difícil de encontrar.
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artigo
Oi. Tem um selinho pra você em meu blog.
ResponderExcluirconfira.
abraços!!!
http://mmelofazminhacabeca.blogspot.com.br/2013/08/selo-amigos-de-inverno.html
rsrs Muito legal a matéria!
ResponderExcluirExistem homens sim, o problema é que com o passar dos anos as mulheres vão se tornando cada vez mais exigentes, elas têm deixado de lado as ambições familiares para se realizarem profissionalmente, daí quando já estão bem estabelecidas querem encontrar um homem à sua altura,ou seja, com um bom emprego, inteligente, independente...e de preferência que seja lindo! Porém, pode ser assim tarde demais.
Descordo da agrônoma Andréia Barros quando ela diz que um dos motivos de faltar homens é “porque muitos mudaram a opção sexual”. Opção sexual não existe. Ninguém opta por sua sexualidade. Sexualidade é uma condição imposta ao ser humano pela natureza.
ResponderExcluirE... pegando a carona dela, os relacionamentos homoafetivos sérios estão em ascensão porque quem é (não virou o aderiu porque isso é lenda) gay ou lésbica, que decide se casar e formar uma família, vive (na maioria das vezes) em um casamento igualitário – um navio onde não há um capitão, mas duas cabeças inteligentes que pensam e chagam juntas a conclusões definitivas.
Já a mulher de hoje está bem mais informada e independente. Hoje a mulher sabe que é igual ao homem em todos os seus direitos, deveres, qualidades e capacidades. Mas ainda estamos no planeta terra, lembra? Onde o King Kong machista ainda bate no peito com tanta arrogância que chega dar nojo! A verdade é que os homens héteros (não todos) em geral, têm medo de mulher que pensa, que é independente e que não aceita coleira, que reivindica o direito de ter uma carreira. Se essa mulher moderna está ficando solteira, a culpa não é dela.