O aumento da depressão entre os adolescentes

Muitos conflitos aparecem na vida da maioria dos adolescentes, exatamente na fase de transição, onde o indivíduo deixa de ser criança e começa a preparação para a idade adulta. Tristeza, cansaço, insônia e isolamento social são os principais sintomas de depressão, comum entre os 14 e os 16 anos de idade.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o número de jovens depressivos aumentou 20% nos últimos 20 anos. Em pesquisa feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os antidepressivos foram apontados como um dos medicamentos mais vendidos no Brasil nas últimas décadas. Somente no ano de 2012, foram vendidas 42,3 milhões de caixas deste tipo de produto.

Geralmente, os casos de depressão aparecem na adolescência devido a carências afetivas, período em que a pessoa quer mostrar sua própria identidade, mas não encontra o acolhimento necessário. Carinho e afeto são muito mais benéficos do que remédios, podendo ser usados para evitar o consumo dos mesmos, que podem gerar dependência. Os pais ou cuidadores e a família em geral são os principais meios de ajuda para o adolescente que se encontra em depressão.

Uma família bem estruturada, onde se nota o respeito e a atenção com todas as pessoas é fator fundamental para que seus componentes não sofram distúrbios emocionais. Se os problemas existirem, serão sanados mais facilmente.

No consultório psicológico, se busca o entendimento do que leva o adolescente a estar em uma profunda falta de aceitação consigo mesmo. Muitos fatores podem ser citados, entre eles, o descontentamento com o próprio corpo, o bullying sofrido na escola ou o fator de não serem vistos com o carinho e a compreensão que desejam dos pais.

O jovem pode apresentar uma personalidade diferente da dos pais, o que não é nada além do normal, uma vez que cada ser humano é único e deve ser amado e respeitado como tal.

Sendo um estilo de vida saudável para todas as áreas da vida da pessoa, não existem motivos para conflitos, que podem ser identificados como um conflito de gerações. Basta amar e buscar entender como cada um vê o mundo e as coisas a sua volta.

Assim, todos viveremos relações mais harmoniosas e longe de doenças que podem prejudicar seriamente a saúde física e mental.

Por. Ivan Pinto.

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