sábado, 30 de abril de 2011
Tire um tempo para viver...
Geralmente todos acham que a vida passa depressa e, de repente percebe-se, também, que muita coisa que se poderia fazer de útil, vai ficando para a retaguarda. É óbvio que se faz muita coisa, mas muita coisa ainda fica.
Geralmente todos acham que a vida passa depressa e, de repente percebe-se, também, que muita coisa que se poderia fazer de útil, vai ficando para a retaguarda. É óbvio que se faz muita coisa, mas muita coisa ainda fica. E, "neste ficar ficando", a vida passa com seus sonhos e desafios. Por que não reconhecer, também, que nessa sequência toda de tempo, quase sempre, quase tudo se converte, em saudade? E, quem não sente saudade? A saudade é da essência da vida. É o caminho que de maneira personificada, vamos percorrendo e escrevendo nossa história pessoal. Para os espiritualistas de todos os matizes, essa caminhada prossegue. Prossegue e prossegue...
E, mais. A saudade, além de ser um "continuado instante", que permanece com todos os seres humanos, tem interessante perspectiva gramatical. É definida como "recordação suave e melancólica de pessoa ausente ou coisa distante, que se deseja voltar a ver ou possuir". E
tem a nostalgia, que é o "pesar pela ausência de alguém que nos é querido". São definições com essência de poesia e saudade.
E a rotina? A rotina, enquanto substantivo é definido como caminho utilizado normalmente. É um itinerário habitual ou, ainda, uma sequência de atos ou procedimentos que se observa pela forma de hábito. É a rotina, bem presente, muitas vezes até de forma imperceptível. Automática. A rotina, nem sempre, é boa companhia. É preciso romper o cotidiano,
motivando-o. Nesse rompimento está a graça da vida, pelo qual devemos sempre agradecer. E essa motivação, não está necessariamente, em fatos ruidosos, mas, pode estar, por exemplo, em cumprimentar. E, o gesto de cumprimentar, por simples que seja, demonstra respeito e, sobretudo, cordialidade. A sociedade, contudo, de um modo geral tem carências,
nesse sentido. Muitas vezes, não se dá o devido valor a essa palavra que, tem o sentido formal de educação.
Bem a propósito desse raciocínio, recordo a convivência com um saudoso companheiro de ideais rotários, que sempre transmitia entusiasmo. Costumeiramente estava de bom humor. Sempre alegre e, quando alguém o indagava se estava bem, a resposta inicialmente
impactava. Dizia, seriamente, "não estou bem". Essa colocação, sempre, surpreendia a pessoa com a qual ele falava. E, logo em seguida abrindo um sorriso franco, acolhedor e sincero, dizia: "eu não estou bem. Eu estou ótimo". Esse saudoso companheiro personificava alegria e entusiasmo. Transmitia esse "estado-de-espírito" com sincera espontaneidade. Deixou exemplos e saudades pelos muitos lugares que passou.
Ficou a lembrança de um inesquecível Companheiro. Um Ser Humano de
muito valor. Autêntico semeador de ideais.
Ao lado dessas perspectivas, todos nós temos, continuadamente, motivos para agradecer. Agradecer, inicialmente, pelo dom da Vida. Esse dom, pleno dos desafios, que nos são apresentados. Essa rotina vivencial leva-nos a exercitar a paciência, através da qual,
aumentamos, o "capital" da experiência pessoal. Experiência de vida.
Essa "rotina" tem como produto final, um ganho efetivo em sabedoria.
Nesse sentido, crescemos. Crescemos porque os desafios do cotidiano são recebidos direta e, indiretamente. Enseja esse crescimento automático. Na dúvida pessoal que cada leitor possa ter, resta o caminho da observação. Essa é a perspectiva educadora, pela qual
devemos dar graças à Vida. Devemos realmente agradecer por essa valiosa oportunidade. Oportunidade que se nos é dada para que exercitemos a paciência e, com isso, adquiramos experiência e sabedoria. É um espaço de crescimento pessoal e que fica no íntimo, de
cada Ser humano.
Demos graças à vida pelos desafios que nos ajudam a amadurecer e, também, pelos Irmãos, pelos Amigos e Companheiros de caminhada. É interessante pensar-se nisto. Insistimos na reflexão de que, sempre, tem-se que agradecer enternecidamente. E nem sempre, pensa-se nisto.
Um ato que enternece, é o sorriso sincero de uma criança. Ao lado dessa criança estão os pais, os avôs e o elenco de tios e de tias. Sobretudo, está a coragem do homem e da mulher, que lutam no dia a dia pela mantença da Família. Este encaminhamento tem uma longa e complexa via a percorrer.
Essa complexidade começa, para muitos, da Pré-Escola até onde for possível chegar em termos de escolaridade. Em meio às perspectivas do fator escolar, depois, vem à luta pelo primeiro emprego. E, a inserção social, que enseja a importante questão das boas e infelizmente, chamada "más companhias", que rondam sempre. Uma grande e permanente
preocupação para as famílias, sem dúvida alguma. É a desafiante fase da adolescência.
Nesse contexto é preciso que a pessoa tire um tempo para viver. Viver
na harmonia da Família e dando graças pela própria Vida. E mais,
muito mais. Dar graças pelo amor que se recebe e, sobretudo, que se deve repassar semeando, o Bem.
Por João Dias de Souza Filho.
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Postado por
William Junior
às
16:45
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Olá querido William!
ResponderExcluirO tempo somos nós que fazemos, dando prioridade àquilo que nos é importante.
Que possamos dar prioridade a família e agradecer por essa dádiva sempre!
Bjokas
Gisele