sexta-feira, 1 de abril de 2011
Poligamia: mais comum do que se pensa
O casamento plural está se tornando cada vez mais popular, especialmente nos enclaves muçulmanos de Paris, Londres e Nova York.
A poligamia é um assunto que já virou piada na série de TV norte-americana “Big Love”, no documentário “Sister Wives” e no musical da Broadway “O Livro de Mórmon”, escrito pelos criadores do programa humorístico “South Park”.
No entanto, o casamento plural continua sendo uma questão séria, que parece estar ganhando novos adeptos em países do Ocidente.
Warren Jeffs, líder da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias — uma seita mórmon –, está preso no Arizona aguardando julgamento por acusações de agressão sexual e bigamia.
Ao norte da fronteira norte-americana, as autoridades canadenses estão tentando prender seus correligionários. Em 2009, promotores acusaram Winston Blackmore e James Oler, dois líderes de uma mesma comunidade fundamentalista em Bountiful, British Columbia, de praticarem a poligamia.
Agora o estatuto antipoligamia do Canadá, que remonta a 1890, está sendo posto à prova. O governo canadense encomendou um parecer à Suprema Corte sobre a validade do estatuto. Oponentes da lei dizem que ela viola o compromisso do país com a liberdade religiosa: “Adultos responsáveis têm o direito, protegido pela Constituição, de formar a família que quiserem formar”, defende Monique Pongracic-Speier, da Associação de Liberdades Civis.
Os defensores do estatuto afirmam que não se trata de perseguir os seguidores de uma determinada religião ou forçar a manutenção de uma definição tradicional de família. Pelo contrário, trata-se de proteger os direitos humanos. O caso começou a exaltar ânimos longe de comunidades rurais de pequenos grupos mórmons.
A poligamia, ou mais especificamente, o casamento de um homem com mais de uma mulher, é comum na história humana. E está se tornando cada vez mais comum, especialmente em enclaves muçulmanos em Paris, Londres e Nova York.
Um relatório de 2006 da Comissão Nacional dos Direitos Humanos informou que aproximadamente 180 mil pessoas viviam em agregados polígamos na França. Durante décadas, a França permitiu a entrada de imigrantes polígamos de cerca de 50 países onde a prática era legal.
Quando o governo francês proibiu a poligamia em 1993, tentou facilitar a separação destes casais sempre que uma mulher queria o divórcio.
Na Grã-Bretanha, onde as leis de imigração proíbem a prática por mais tempo, parece haver cerca de mil casamentos polígamos válidos, principalmente entre os imigrantes que se casaram em outros lugares, como no Paquistão.
Essas famílias estão autorizadas a recolher os benefícios da previdência social para cada mulher, embora o governo não saiba quantos casais estão aproveitando o benefício atualmente.
Nos Estados Unidos, onde os números não são divulgados, relatos indicam que existem comunidades de polígamos em Nova Iorque, particularmente entre imigrantes da África Ocidental.
Nos países onde a prática ainda é comum na África, ela cruza as linhas religiosas, enquanto no Ocidente, a poligamia é mais comum entre muçulmanos e seitas mórmons dissidentes. Sob a lei islâmica sharia, um homem pode casar com até quatro mulheres, desde que ele prove sua capacidade de sustentá-las.
Violação dos direitos humanos
Há problemas mais sérios que vêm com a prática da poligamia. Minha pesquisa na última década, abrangendo mais de 170 países, tem demonstrado os efeitos prejudiciais das práticas poligâmicas sobre direitos humanos, tanto para homens e mulheres.
Mulheres em comunidades polígamas costumam se casar muito jovens, ter mais filhos, maiores taxas de infecção pelo HIV, tolerar mais a violência doméstica, sucumbir à mutilação genital e ao tráfico sexual, além de serem mais propensas à morte durante o parto. Sua expectativa de vida também é mais curta que a de mulheres em casamentos monogâmicos. Além disso, seus filhos têm menor probabilidade de terminar tanto o ensino primário como o secundário.
As culturas polígamas precisam de criar uma subclasse de homens solteiros e de baixa escolaridade, uma vez que, a fim de sustentar um sistema onde alguns homens possuem todas as mulheres, cerca de metade dos rapazes deve deixar suas comunidades antes de atingirem a idade adulta. Essas sociedades também gastam mais dinheiro em armas e têm menos liberdades políticas e sociais do que as monógamas.
Quando um pequeno número de homens controla um grande número de mulheres, os homens ainda tendem a estar dispostos a assumir maiores riscos e se envolver em mais violência, possivelmente incluindo o terrorismo, a fim de aumentar sua própria riqueza e status na esperança de ter acesso às mulheres.
Independentemente da sua preocupação em proteger a liberdade religiosa, ou demonstrar sensibilidade cultural, as nações ocidentais deveriam pensar duas vezes antes de permitir os tipos de estruturas familiares que levam a tais abusos.
Por Rose McDermott para o 'Wall Street Journal'
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Postado por
William Junior
às
20:02
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Acho isso UM ABSURDO , em qualquer raça, em qualquer tempo. Quando se pensa que algo ruim está em extinção, verifica-se que a coisa está é aumentando! Além da tremenda promiscuidade, os horrores aos quais a mulher é obrigada a se submeter nessa situação, já tem sido amplamente divulgado em boas obras literárias, cinematográficas, etc ABAIXO A POLIGAMIA!
ResponderExcluiresse post é mentira, né? 1ºde abril!
ResponderExcluirHoje em dia, as mulheres e homens são tão vagabundos, tão promiscuos e tão sem caráter que noticia nenhuma me choca mais!
ResponderExcluirAcho que o mundo virou uma zona mesmo! É putaria em todo o lugar, se me disserem que o padre ou pastor comeu uma mulher no meio da missa, já to achando até normal! Que venha 2012 e acabe com essa palhaçada que a humanidade se tornou!