quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Filhos: mais que mil palavras: bons exemplos
Quem não conhece o velho ditado "um exemplo vale mais que mil palavras"? Essa máxima versa sobre o poder que temos de influenciar pessoas com nossas atitudes, ações e comportamentos. A verdade é que enquanto ensinamos pela via da palavra, os seres humanos em formação aprendem conosco, mas por um outro caminho, aquele que é formado pelo conjunto de nossas formas de agir.
O poder e a influência dos exemplos sobre a formação humana foi tema de recente pesquisa realizada pelo Projeto Atenção Brasil, que pela primeirta vez analisou o comportamento e a saúde mental da população infanto-juvenil brasileira. Segundo essa pesquisa, filhos de pais que não terminaram o Ensino Fundamental têm chance de até 480% maior de ter baixo desempenho escolar quando comparados a filhos de pais com maior tempo de escolaridade. Para os pesquisadores, a explicação para a essa influência está no estímulo que as crianças recebem dentro de casa. Marco Antonio Arruda, neurologista da infância e adolescência e coordenador do Projeto Atenção Brasil afirma que “nossos filhos se espelham em nós. Como querer que um filho leia, se os pais não lerem? O cérebro da criança é uma cidade com ruas e avenidas abertas, se não são utilizadas, estimuladas, essas vias se fecham, e se fecham para sempre”, explica.
Em um país como o Brasil, em que 23,5% da população adulta tem, em média, apenas quatro anos de escolaridade completos, o papel da escola necessita ser mais enfático e global. Isso quer dizer que quando não há a possibilidade de se contar com a influência da família, no sentido de introduzir a criança no universo da cultura letrada, cabe à escola apresentar-lhe as ricas e diversas possibilidades de toda a gama das linguagens humanas, tais como a música, as artes visuais, a dança, o teatro, a literatura, as ciências naturais e tantas outras.
No espaço educativo formal, o poder do exemplo continua falando muito alto às mentes e corações dos seres em processo de formação, sendo altamente eficaz para influenciar o desenvolvimento de hábitos de estudo, do gosto pela leitura, do prazer pela investigação, enfim de uma relação de afetividade e responsabilidade com o objeto de conhecimento. Mas de que forma um educador pode ser exemplo para dezenas de educandos? Luiz Maruni Curto afirma que a motivação, o entusiasmo, a diversão e o prazer são altamente contagiosos tanto quanto o tédio. Um professor que sente prazer e se emociona com os processos de ensinar e aprender comunica facilmente motivação a seus alunos. O contrário também. Felizmente, todos os professores, em alguma ocasião, se emocionaram, tiveram prazer com o ato de conhecer. Às vezes, pode ser necessário relembrá-los, fazê-los reviver a emoção para que possam compartilhar esta experiência com os próprios alunos.
Ao chegar às instituições educativas, milhares de educandos estão à procura de sentidos daquilo que os toca de modo visceral e é capaz de dialogar com suas inquietações cotidianas, ampliando sua forma de perceber o mundo. Dessa forma, o espaço da sala de aula precisa ser o palco de atores educacionais verdadeiramente comprometidos com sua tarefa. Tarefa que consite, em primeiro lugar, em convidar os educandos para a grande aventura de conhecer o universo, todos os dias e de tudo um pouco.
Cada um de nós, um dia teve um professor ou professora, que deixou uma marca indelével em nossas vidas. Mais que conteúdos e o compromisso com o currículo escolar, esse professor inesquecível vivia de forma vibrante tudo o que ensinava e nos desafiava durante todo o tempo a experimentar as incríveis possibilidades de sentir a vida e o conhecimento. Não é possivel prever o poder de nossas influências na vida dos educandos que passaram por nosso caminho profissional, mas é possível renovar, diariamente, nosso compromisso com a tarefa de educar e, no efetivo exercício da docência, demonstrar paixão pelo cultura e pelo conhecimento e, principalmente, pelo educando. Desafios a serem enfrentados não no plano das palavras, mas com bons exemplos que, seguramente, valem mais que mil palavras e representam excelentes influências.
Márcia Carvalho.
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Postado por
William Junior
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21:24
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Sem dúvida meu amigo. As atitudes mostram o verdadeiro caráter das pessoas. Acredito que o ser humano tem facilidade para a prática da linguagem mas nem sempre cumpre o que fala, daí fica o exemplo a ver navios. Um abç.
ResponderExcluirBoa noite! Parabéns!! Belo texto.
ResponderExcluirCarla Fernanda
oi William,interessante sua materia,parabens,bom eu por enquanto nw tenho esse problema com minhas filhas ,pois elas adoram ler e escrever,aqui no Japao e normal voce ver a livraria cheia de pessoas,lendo e comprando livros... bjos
ResponderExcluirMuito bom o teu texto e muito pertinente. Faz tempo que quero escrever algo parecido, mas em relação ao exemplo que os pais dão aos seus filhos. Refletindo sobre minha propria infancia, cheguei a esta mesma conclusão: aprendemos muito mais pelo exemplo do que pelo que ouvimos. A propósito, antes mesmo de meus filhos serem alfabetizados eles ja tinham o cartão da biblioteca municipal. E como podíamos pegar 2 livros a cada 15 dias, eu deixava que cada um escolhesse um livro e eu escolhia o outro. E todos os dias eu lia um capítulo de um terceiro livro, sempre interpretando os personagens. Até hoje eles são leitores vorazes.
ResponderExcluirParabéns pelo post, bjs.