sábado, 23 de outubro de 2010
Até que a morte os una
A afirmação: “Ninguém pode ser realmente feliz sem fazer a felicidade alheia no caminho que avança” é de Emmanuel, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier. Ignorar esta realidade pode nos levar a trancos e barrancos sem fim, na jornada de autoajuste.
Se existe um lugar que pode ser considerado um laboratório de experiências contínuas, para este fim, é o lar. Mas nem toda moradia familiar é um lar. Como nem toda cama de casal é um ninho. Quase não há preocupação em cultivar o respeito mútuo. Se não se valoriza a necessidade de harmonizar as diferenças, cada um fica no seu canto e deixa de fazer a sua parte. E que parte é essa? É a que faz o lar ser ajustado. As separações serem evitadas. A convivência ser agradável. É a prática e a vivência da bondade como parâmetro de vida. A conquista do amor em movimento, numa constante renovação. O carinho exteriorizado no olhar, no sorriso, na fala mansa. É a frase solta que vem do coração, quando sem mais nem porquê um diz para o outro: “ – gosto muito de você.” Isto põe por terra a frieza, fortalece os vínculos. Faz jus ao império da paz.
O contrário disto nem é preciso falar. Todos sabem sobejamente. É a imposição dos pontos de vista. A indiferença, as críticas ferinas, o mutismo humilhante. Quantos recursos para desfazer a família em vias de naufragar.
Embora a facilidade de atar, desatar e reatar laços em nossos dias, a liberdade de ir e vir sempre foi regida pelo bom senso e uma boa dose de responsabilidade afetiva com o outro. Vínculos não se desfazem com o trâmite de papéis, partilhas e o martelo do juiz. Há marcas que devem ser consideradas.
O casamento, instituição social reguladora dos laços familiares é importante. Tão importante que deve ser feito várias vezes, com o mesmo parceiro. Uma festa com tanta pompa e circunstância tem sua mensagem subliminar: a alegria do encontro deve ser revivida e comemorada para que não perca o encanto e não deixe à deriva as promessas de cuidados mútuos.
Quando estamos de amor novo, nos transformamos. Damos um chute na rotina. Mudamos o comportamento. Nos tornamos mais bem humorados. Renovamos o visual. Aprendemos coisas novas. Ousamos investir em amenidades como jogar conversa fora, viajar. Descobrir novos e apaixonantes lugares para uma degustação a dois, redimensionamento de pontos de vista. Olhamos o outro sem preconceito, como se o víssemos com o encanto da primeira vez. Perdemos peso. Ganhamos alegria de viver. Tudo isto bem baratinho, pois a companhia é a mesma, só muda o nosso modo de vê-la, acrescido de novas perspectivas. O resultado é assustador de tão bom.
Se não dermos esta volta por cima, na mesmice de sempre, continuaremos a arrastar correntes. Estaremos pagando pena. Sentiremos grande vazio quando ao fim de nossa breve existência, concluirmos: o casamento separou o que um dia foi só alegria. Na corda bamba dos sonhos desfeitos, os acordes das dúvidas sobre o que poderia ter sido feito e não foi. Acordes dissonantes martelados no eco do refrão: “ Até que a morte os una.”
Elzi Nascimento e Elzita Melo Quinta (iopta@iopta.com.br)
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Postado por
William Junior
às
09:10
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Puxa!!!
ResponderExcluirQue postagem profunda e reflexiva.
Tudo muito bem verdade...
Sempre bons textos por aqui.
Tudo escolhido a dedo.