quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
O Preço de uma Vida
uma pausa para reflexão se faz devida.
Quanto vale uma vida? Será que, por não ser ainda alguém que contribui para a sociedade, por não ter voz suficientemente alta para se defender, o embrião ou o feto merece a morte?
O que pretendemos com tal posicionamento?
Recordamos que na China, a partir de 1981, entrou em vigor a lei de um único filho.
Desde então, tem crescido o número de crianças, sobretudo meninas, abandonadas ao nascer.
A jornalista Xinran, hoje radicada em Londres, conta uma de suas experiências dolorosas, do ano de 1990.
Era uma manhã de inverno. Ao passar por um banheiro público, uma multidão ruidosa estava rodeando uma sacola de roupas, entregue ao vento da estrada.
A jornalista se aproximou e recolheu a trouxinha: era uma menina de apenas alguns dias.
Estava azul de tão gelada e o pequeno nariz tremia.
Ninguém ajudou Xinran. Ninguém moveu um dedo para salvar a criança.
Ela a levou ao hospital, pagou pelos primeiros socorros mas ninguém ali estava com pressa de salvar aquela recém-nascida.
Somente quando Xinran apanhou seu gravador e começou a relatar o que via, um médico parou e levou o bebê para a emergência.
Uma enfermeira disse: Perdoe-nos a frieza. Há bebês abandonados demais. Ajudamos mais de dez, mas depois ninguém queria se responsabilizar pelo futuro deles.
A vida se tornou ali tão banal, a sorte das meninas recém-nascidas é tão incerta que se prefere deixá-las morrer.
Será que é algo assim que desejamos para nosso país? Que a vida em formação se torne de importância nenhuma, de forma a que possa ser eliminada, em pleno florescer?
Pensemos nisso
Hoje decide-se pela morte de milhares de brasileiros que nunca chegarão a ver a luz do sol.
Logo mais, poderemos ter leis que dirão quem pode ou não continuar vivo.
Um idoso que somente onera a sua família merecerá continuar a viver?
Um portador de anomalia grave ou deficiência mental?
Quem está desempregado, quem não contribui eficazmente para a sociedade!?
Para onde caminharemos?
Manifestemo- nos. Digamos aos nossos representantes que somos cristãos e prezamos a vida, que nos é dada por Deus, não competindo ao homem destruí-la, por livre deliberação.
Felizmente, para a pequenina chinesa, a voz da jornalista soou forte. Ela transmitiu a história em seu programa de rádio.
As linhas telefônicas foram tomadas por chamadas de ouvintes. Alguns muito zangados pela sua atitude de salvar uma vida. Outras, solidárias.
Três meses depois, a menininha foi entregue a sua nova família: uma professora e um advogado. E ganhou um nome: Better, que, em inglês, significa A melhor.
*
Recordemos que um dia, nós mesmos, frágeis, pequenos, aconchegamo- nos em um útero, rogando a um coração de mulher por vida e por amor.
E se hoje estamos escrevendo, lendo ou ouvindo este texto é porque nos foi permitido nascer.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita. Texto com base no cap. Os estrangeiros que adotam..., do livro O que os chineses não comem, de Xinran, ed. Companhia das Letras. Em 26.08.2008.
Se desejar comentar, fique a vontade.
Postado por
William Junior
às
01:03
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Parabéns pelo seu post
ResponderExcluirTodo as os bebês tem o direito a vida, jamais podemos decidir se nasce ou não,pois a única pessoa que tem o direito sobre nossas próprias vidas é DEUS.
Abraços
Dalton Assis
É triste! Por essa e outras que devemos reservar um Minuto, apenas UM MINUTO DE NOSSO TEMPO e pedir a DEUS AJUDA PARA A HUMANIDADE, PARA TODO O PLANETA, PARA TODAS AS FAMILIA, porque só com a ajuda do CRIADOR E PEDIR DICERNIMENTO PARA NÃO SER MANIPULADO PELO MEIO QUE VIVEMOS.
ResponderExcluirMUINTA PAZ
Olá Willian...
ResponderExcluirVim buscar seu banner pra colocar lá no cidade da leitura, ok?
Abração.
estamos juntos!
Uma vez eu estava na sala de espera de um grande pediatra, já falecido. Enquanto aguardava minha vez, peguei uma revista e li uma materia sobre a China com fotos chocantes de bebezinhas largadas nos cantos das calçadas, algumas dentro de caixa de sapatos. Apenas uma foto um senhor pegava delicadamente uma. Eu tive uma crise de choro ali mesmo! Nunca imaginei ver algo tão horrível e desumano.
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