De acordo com
informações publicadas em diferentes veículos de comunicação, assim como na
redes sociais, Lula realizou em intempestivo discurso, na passeata que
pretendia defender a Petrobras, cujo teor assustou até petistas acostumados com
os arroubos do ex-presidente. Entre algumas abobrinhas, como afirmar que o povo
do Iraque está com saudades de Sadam Hussein, o capo de tutti i capi do PT
arrotou a seguinte pérola: “está na hora de João Pedro Stedile (chefão do MST)
colocar seu exército nas ruas.”
inevitável pergunta na bucha é
a seguinte: contra quem? Contra os assalariados que se atrevem a ir às avenidas
chiar reclamando dos desmandos na economia? Em oposição à base aliada que,
enxergando o atoleiro de corrupção na Petrobras, avalizou a instalação da CPI?
Ou será que batalhões do SMT, orientados pelos discípulos de Hugo Chávez, vão
invadir os domínios da Polícia Federal libertando empreiteiros corruptos?
Quem sabe, utilizando métodos adotados por
Maduro na Venezuela, a facção vai intimidar juízes?
Nas incertezas, o discurso de Lula deu uma pista às possíveis ações desse bizarro exército que, de existência teórica, passou a ter consistência na prática. A imprensa livre é um inimigo eterno e um alvo fácil. Na visão de Lula, todo o desgosto nacional se deve a essa chaga que deve ser contida com remédio amargo.
Sem os jornalistas xeretas, neutralizando revistas, jornais, emissoras de rádio e TV que ficam bisbilhotando redes de corrupção, o Brasil seria um eterno carnaval de felicidade. Essa é a tese primária de todos os ditadores, sejam da esquerda raivosa ou da direita truculenta. Foi sempre assim. Basta uma leitura trivial nos livros de história.
O que Lula sabe, mas hipocritamente se recusa a admitir, é que não existem atalhos para ações corretas capazes de manter o País nos trilhos. Administrar não pode ser um consórcio de compadres. Tocar as diretrizes de uma nação requer competência, suor e ações honestas.
O populismo irresponsável é um atascadeiro improdutivo. Enrosco que leva décadas para ser corrigido. Mesmo que as tropas de Stédile sejam capazes de intimidar os pais de família, obrigando os homens de bem a se recolher em silêncio, amedrontar o judiciário, acovardar a oposição e engrossar a atual “democradura”. Ainda restam questões cruciais a serem resolvidas.
O exército do MST consegue frear a inflação que corrói os salários? Vai solucionar a crise de energia? A Petrobras será administrada ao ponto de diminuir o valor do litro de gasolina? Teremos mesas fartas e alimentos em abundância? Será a garantia de serviços de saúde minimamente aceitáveis? Assustado, o banditismo vai diminuir a escalada de violência? O transporte coletivo deixará de ser uma lambança interminável? Poderemos vislumbrar respeito na aplicação dos impostos?
Se for assim, que se convoque logo esse contingente de prontidão.
O eleitor está tão agastado que os incautos
manifestam saudades da ditadura militar. Puro desespero. Se Lula, e não o poste
que ele fincou em Brasília, conhece remédios eficazes, que o bando do MST, com
o general Stédile à frente, obrigue Dilma a tirar férias permanentes, se
dedicar à carreira de modelo, e coloque Lula no trono. Se resolver a gravíssima
situação em que estamos, estou pouco me lixando se ele for proclamado rei. Viva
sua majestade.
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