Sabe-se que
dinheiro é apenas um símbolo para medir valores em qualquer processo de compra
e venda, e que todo o dinheiro em circulação pertence ao governo central. O
dinheiro é impresso e colocado em circulação, mas, aos poucos, na forma de
impostos e taxas, retorna aos cofres públicos, servindo para o sustento da
máquina administrativa e investimentos em benefício do povo. Até a invenção da
moeda, a história conta que a comercialização se dava pelo acerto entre as
partes envolvidas, na base da troca de mercadorias, de bens ou serviços.
O dinheiro, como
moeda de troca, teve como base servir de marco regulador quanto ao valor do
trabalho e, ainda, como base de equilíbrio entre investimentos e arrecadações.
No entanto, especialmente para os setores administrativos públicos, a política
partidária, especialmente, passou a exercer forte infuência e pressão sobre o
financeiro, levando a gastos exagerados, promovendo desequilíbrio financeiro e,
na consequência, a necessidade de fechamento dos “rombos”, gerando, com isso,
emissões de mais dinheiro numa roda-viva, com aumentos de maior arrecadação,
sem contar o aproveitamento do ilícito, com falcatruas e propinas, como se tem
observado, que transformam os cofres públicos em verdadeiros poços sem fundo.
Diante desse
descalabro, há necessidade de maior arrecadação, em que governos, de uma
maneira geral, passaram a usar de artifício disponível que, mesmo embasados em
lei, como acontece por exemplo, com as infrações de trânsito e outras, deixaram
de ter caráter educativo e disciplinador para transformarem-se em fonte de
arrecadação. A instalação de pardais, radares, lombadas eletrônicas e outros,
são exemplos. Não seria mais justo a cassação da CNH ou recolhimento à cadeia
ou prestação de serviços à comunidade, dependendo da infração ou do crime
cometido pelo motorista?
Poderia-se, ainda,
invocar o pagamento do Imposto de Renda, com utilização do item salário, que se
for até um determinado valor, isento de tributação, por representar
subsistência familiar e não renda, mas levado para o conjunto de cálculos,
juntamente com outros ganhos, termina por oferecer mordida maior ao Leão.
Diante de tudo
isso, a grande pergunta: para onde é carregada toda essa fortuna na arrecadação
de multas no trânsito, levando-se em conta que nossas estradas (muitas sob
domínio de pedágios e, portanto com economia para o governo) continuam com
problemas, esburacadas, algumas sem acostamento, falta de sinalização, mato
crescendo nas laterais etc., pelos investimentos a conta-gotas?
Comente este artigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário