sábado, 28 de fevereiro de 2015

Consumo consciente da água

Em um período de secas e de baixo nível nos reservatórios, a economia no uso de água é fundamental. Embora o sistema da Cantareira, em São Paulo, tenha aumentado seu volume nos últimos dias (0,6%), a notícia não é um alento, pois ainda precisará chover muito para a situação se normalizar. Portanto, com ou sem previsão de racionamento, o consumo responsável vira obrigação de todo cidadão de bem, paulista ou não.

A água é um bem nobre, natural, que só traz benefícios aos seus consumidores. Não há vida sem. Nossa constituição física é baseada nela. Segundo estatísticas, 70% do planeta é composto de água, sendo que somente 3% são de água doce. Tal número indica que a maior parte própria para consumo é mínima perto da quantidade existente no globo. Equação que exige uma reflexão ainda maior.

Nas sociedades modernas, conforto e segurança passam, necessariamente, pelo aumento do consumo de água. Com 7 bilhões de pessoas na Terra – e aumentando – é preciso hidratar toda essa gente. E sem chuvas, não há recurso tecnológico que consiga superar a baixa vazão. No caso de São Paulo, contudo, ignorar a barbeiragem administrativa do Governo do Estado, que não se planejou para criar planos de contingência aos reduzidos níveis do Cantareira, seria um ultraje. A incompetência na gestão deixou o destino da cidade nas mãos de São Pedro. Resta aguardar. E torcer.

Se valer a dica, fique atento aos pequenos descuidos. Na hora de lavar a louça, que tal abrir a torneira uma única vez, no momento do enxágue? Banhos demorados são outros problema. Tudo bem que o brasileiro é asseado – hábito herdado dos índios – mas daí a usar o box para retiro espiritual é um exagero. Esse desperdício pode fazer falta logo ali na frente, afetando inteiramente a população de um dos estados mais populosos do país.

Com responsabilidade e equilíbrio, é possível racionalizar o consumo da água. A queda dos níveis no sistema Cantareira é apenas a ponta do iceberg de um problema que já tem repercussão global. Não se trata mais de individualizar povos ou culturas; a água constitui preocupação da humanidade. Sem uso consciente, estamos colocando em xeque o futuro de nossa própria espécie. Vamos colaborar?


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