Quando vejo uma pessoa se orgulhar de
estar entrando em relacionamento sério, me dá dó. Já penso que desistiu de ser
alegre para ser triste. Que amarrou o que lhe restou de sentimento no toquinho
de uma só pessoa e está informando ao resto do planeta que agora ela está presa
a esta decisão. E também sinalizando para essa outra pessoa, onde ela se
amarrou o seu toquinho, que, dali pra frente, essa pessoa vai viver só pra ela.
Seu sorriso será só dela, seu olhar só pra ela, seu amor e até o ar que respira
tem que ser só pra ela. Dá-me dó e angustia-me, só imaginar. Nem me imagino ter
que viver tão seriamente.
Gente assim tinha que conhecer
relacionamentos alegres. Aqueles que envolvem outras pessoas, tais como amigos,
familiares, colegas de vários setores da vida de cada um, pois todos os temos.
Afinal, o poeta já cantava: “É melhor ser alegre que ser triste”, no caso,
sério. Relacionamentos alegres duram mais que os sérios, pois mais pessoas são
envolvidas neles e a corrente de felicidade gerada se torna uma energia
positiva difícil de destruir. O que se tem apensar de relacionamento sério é
aquela coisa pesada cheia de cobranças e regras egoístas que vão sufocando os envolvidos.
A tal ponto de serem necessários outros sentimentos que não o amor.
Aí começam
a entrar em campo o ciúme, a desconfiança, a cobrança excessiva e
consequentemente o desentendimento. Sabe no que isso vai resultar? Nas
chorumelas, nas crises existenciais, num vazio e numa baixa estima tamanha que
leva a pessoa a postar sua vida nas redes sociais, como se isso fosse lhe
resolver o problema.
Problema que ela mesma criou pra si.
No relacionamento alegre, as coisas são mais leves, mais compartilhadas, com
menos cobrança e menos expectativas com relação à pessoa amada. Menos prisão e
mais liberdade, que é tudo que o amor precisa para viver. Portanto, pense bem
em que tipo de relacionamento você quer entrar: se num sério ou em um alegre.
Afinal, é melhor ser alegre que ser triste.
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