sexta-feira, 4 de março de 2016

Antidepressivos durante a gestação aumentam o risco de autismo nos bebês


Uso destes medicamentos pode aumentar em 87% os riscos desses distúrbios nas crianças


Estudo realizado no Canadá reforça a hipótese que o uso de antidepressivos durante a gravidez pode comprometer o desenvolvimento do bebê, causando autismo.
De acordo com a pesquisadora Anick Bérard, professora da Universidade de Montreal, conhecida mundialmente por ser especialista na área de segurança de fármacos na gestação, o consumo de remédios inibidores de serotonina, os antidepressivos, a partir do segundo e terceiro mês de gestação, podem aumentar em 87% os riscos do surgimento deste tipo de distúrbios nos bebês.
Os estudos liderados pela professora junto a outros profissionais acompanhou mais de 186 mil gestações e a saúde das mães e crianças na província canadense entre 1º de janeiro de 1998 a 31 de dezembro de 2009. Destas, quase 146 mil se encaixaram nos critérios da pesquisa de gestação única.
Os dados foram usados para fazer um paralelo entre as gestantes que tiveram prescrição de antidepressivos durante o período de gravidez e outras que não fizeram o uso dos medicamentos.
Durante o estudo, 1.054 crianças, ao todo 72% do total, foram diagnosticadas com algum distúrbio do espectro autista em média aos 4 a 5 anos de idade. Além disso, a presença destes males teria subido de quatro a cada 10 mil crianças em 1996 para 100 em cada 10 mil atualmente.
Apesar dos resultados, outros especialistas recomendam cautela ao receber resultados do estudo, publicado no periódico cientifico “JAMA Pediatrics”.
De acordo com eles, a pesquisa não estabelece uma conclusão definitiva sobre os casos de autismo e o uso de antidepressivos durante a gestação. O estudo deve ser feito em vários lugares do mundo e avaliar populações diversas.
O estudo ainda causa controvérsias, pois o não tratamento de depressão durante a gravidez pode ser ainda mais perigoso tanto para a mulher quanto para o bebê.
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