Inacreditável que o governo ainda possa crer
que o povo talvez precise de óculos para enxergar o que ocorre à frente de seus
olhos.
O novo ministro da Fazenda,
Joaquim Levy, salientou que “embora os desafios colocados à frente, a inflação
ficou dentro da meta estabelecida pelo governo, para 2014” e que a disposição
será, neste ano, de perseguir um índice inflacionário na ordem de 4,5%, o que
oportunizaria um crescimento real em 2016.
Só pode acreditar que a inflação
do último ano foi da ordem de 6,5% aquele que não sai de casa para ir ao
supermercado, à farmácia, ao açougue e a outros lugares onde se faz necessário
colocar a mão no bolso. Quem o fez, sabe perfeitamente que os índices são
manipulados sempre para baixo e que, cada vez mais, o poder de compra do
trabalhador está sendo corroído.
Existe, como natural, uma
estratégia usada pelos governos, de uma maneira geral, de trabalhar no sentido
de oferecer impressão, sempre distorcida da realidade, quanto à situação
financeira, quando esta é plenamente desfavorável. Se a palavra do novo
ministro espelha a realidade, por que o governo, entre linhas, vem se mostrando
impotente para conter o ímpeto do “velho dragão”, que está despertando com fome
de leão?
Mal iniciamos 2015 e já se houve
rumores de aumentos generalizados, como água, luz, material escolar e outros,
que pesam forte no orçamento familiar, impedindo que, por maior boa vontade que
se possa ter, é impossível acreditar que a velha história de metas
governamentais realmente não passem de canto de sereia.
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