quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Dentro da meta?

 Inacreditável que o governo ainda possa crer que o povo talvez precise de óculos para enxergar o que ocorre à frente de seus olhos.
O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, salientou que “embora os desafios colocados à frente, a inflação ficou dentro da meta estabelecida pelo governo, para 2014” e que a disposição será, neste ano, de perseguir um índice inflacionário na ordem de 4,5%, o que oportunizaria um crescimento real em 2016.

Só pode acreditar que a inflação do último ano foi da ordem de 6,5% aquele que não sai de casa para ir ao supermercado, à farmácia, ao açougue e a outros lugares onde se faz necessário colocar a mão no bolso. Quem o fez, sabe perfeitamente que os índices são manipulados sempre para baixo e que, cada vez mais, o poder de compra do trabalhador está sendo corroído.

Existe, como natural, uma estratégia usada pelos governos, de uma maneira geral, de trabalhar no sentido de oferecer impressão, sempre distorcida da realidade, quanto à situação financeira, quando esta é plenamente desfavorável. Se a palavra do novo ministro espelha a realidade, por que o governo, entre linhas, vem se mostrando impotente para conter o ímpeto do “velho dragão”, que está despertando com fome de leão?


Mal iniciamos 2015 e já se houve rumores de aumentos generalizados, como água, luz, material escolar e outros, que pesam forte no orçamento familiar, impedindo que, por maior boa vontade que se possa ter, é impossível acreditar que a velha história de metas governamentais realmente não passem de canto de sereia.


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