Pesquisa analisou expectativa dos consumidores em
sete países
Os
consumidores brasileiros pretendem comprar mais tênis de marcas nos próximos 12
meses, mas esperam uma queda no consumo de carne no mesmo período, segundo
indica uma pesquisa encomendada pelo banco Credit Suisse.
A pesquisa, que ouviu 13 mil pessoas,
analisou o comportamento dos consumidores em sete economias emergentes –
Brasil, China, Índia, Rússia, Egito, Indonésia e Arábia Saudita -, com uma
população total de 3,2 bilhões de pessoas.
Segundo o levantamento, 74% dos
brasileiros com renda superior a US$ 2 mil por mês (cerca de R$ 3.350)
pretendem comprar tênis de marca nos próximos 12 meses.
Entre os egípcios da mesma faixa de
renda, 67% esperam comprar tênis de marca no próximo ano, enquanto os indianos
são os que menos preveem a compra desse tipo de produto – 24%.
De acordo com a pesquisa, brasileiros
com renda superior a US$ 2 mil mensais esperam uma queda de 6% no consumo de
carne ao longo dos próximos 12 meses. Indianos na mesma faixa de renda esperam
uma queda também de 6%.
Laticínios
e refrigerantes
O levantamento também indicou que,
entre os brasileiros com renda superior a US$ 2 mil por mês, 27% esperam
consumir mais laticínios, 21% preveem comprar mais refrigerantes e 18% acham
que vão beber mais água mineral.
Na mesma faixa salarial, 22% dos brasileiros
disseram pretender comprar um imóvel no período e 34% pretendem comprar um
carro.
Os brasileiros estão entre os que
menos planejam viajar ao exterior nos próximos 12 meses (3% com renda superior
a US$ 2 mil disseram ter planos de viajar), atrás somente de indianos (1%) e
egípcios (0%).
A proporção de brasileiros nessa
faixa de renda que pretende viajar ao exterior é um terço da dos chineses (9%)
e bem abaixo de russos (26%), sauditas (18%) e indonésios (13%).
Otimismo
A pesquisa do Credit Suisse também
comparou gastos nos sete países com educação e saúde. Os brasileiros são os que
mais gastam com saúde (9,8% da renda) e só gastam menos em educação (4,6%) do
que os russos (3,1%).
Os consumidores brasileiros foram
ainda os que mais se disseram otimistas com o estado das finanças pessoais nos
próximos seis meses, com 63% esperando uma melhora, bem acima dos chineses
(45%), indianos (43%) e sauditas (35%).
No Egito, apenas 12% disseram esperar
uma melhora nos próximos seis meses.
O otimismo dos brasileiros com o
futuro é maior entre os consumidores da faixa mais baixa de renda (menos de US$
400 mensais), na qual supera os 80%, e entre os que ganham mais de US$ 9 mil
mensais, com 75% esperando uma melhora nos próximos seis meses.
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