Um homem bastante magro e abatido chegou em
uma embarcação arrastada pelo mar a um afastado atol das ilhas Marshall, a mais
de 12.500 quilômetros do México, de onde garante ter saído há 16 meses,
informou um residente, nesta última sexta-feira.
Com barba espessa e
cabelo comprido, o homem foi visto na quinta-feira pelos habitantes, em uma
embarcação de sete metros de comprimento, com motores sem hélices.
"Seu estado
não é bom, mas está melhorando", disse por telefone o estudante norueguês
de Antropologia Ola Fjestad, que está fazendo uma pesquisa no atol de Ebon, no
sul do arquipélago.
O homem resgatado,
que usava apenas uma cueca aos trapos, contou que saiu do México rumo a El
Salvador em setembro de 2012 com um companheiro. O colega de viagem morreu no
mar há vários meses. O náufrago teria se identificado como José Iván.
"A embarcação
(...) parece ter estado na água por muito tempo", acrescentou o estudante.
José Iván explicou
a Fjestad que sobreviveu comendo tartarugas, pássaros e peixe, além de beber
sangue de tartaruga quando não chovia. Não havia nenhum equipamento de pesca na
embarcação. Iván disse ter capturado os pequenos animais com as mãos.
"Demos
alimentos nutritivos da ilha e começou a melhorar", afirmou à AFP por
telefone Ione de Brum, prefeita do pequeno atol de Ebon, ao sul do arquipélago.
"Está com os
joelhos muito afetados e não consegue ficar de pé por muito tempo, mas fora
isto ele está bem", completou a prefeita.
Outros casos
parecidos já foram registrados.
Em 9 de agosto de
2005, três mexicanos saíram para pescar de um porto da costa mexicana no
Pacífico. Depois de ficarem sem gasolina e de uma avaria no motor, foram
arrastados mar adentro pelas correntes.
Mais de nove meses depois foram resgatados por
um atuneiro taiwanês, frente às ilhas Marshall. Sobreviveram comendo peixe e
aves marinhas crus e bebendo a água da chuva que armazenavam no fundo do bote.
Em 1992, outros
dois pescadores de Kiribati sobreviveram 177 dias no mar antes de chegar a
Samoa.
Agência
AFP.
Boa noite, William
ResponderExcluirFico imaginando o medo, o pavor de viver uma situação dessas.
Abraços
Lúcia
É... eu tenho um certo fascínio por histórias de sobrevivência. Esse outro lado da moeda sobre a mesma coisa ( vida ) que só quem passou por isso pode ter. É incrível.
ResponderExcluirAdorei o blog William, passe no meu quando der :D
cronologiadoacaso.blogspot.com