Análise detecta irregularidades nos suplementos proteicos

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, Proteste, adquiriu suplementos proteicos destinados ao consumidor comum para avaliação da composição química e rotulagem. Foram escolhidas 20 marcas com as mesmas características: whey protein em pó, sabor baunilha, de mesmo lote e em quantidade suficiente para 20 amostras. 

Os suplementos proteicos, muito presentes no mercado, são produzidos com proteínas do soro do leite de vaca e tem por objetivo suprir as carências proteicas da dieta e estimular a hipertrofia muscular. Na rotulagem destes produtos foi verificado se todas as informações obrigatórias por lei estavam contidas no rótulo, bem como se o valor nutricional do produto indicado no rótulo correspondia de fato aos teores de proteína e carboidrato existentes no produto. Das 20 marcas, quatro declararam ter 0g de carboidrato. 

Foram utilizadas várias metologias para análise dos produtos. Como referência as Resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, RDC Nº 360, de 23 de dezembro de 2003 que aprova o regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados e torna obrigatória a rotulagem nutricional e a Resolução RDC Nº 18, de 27 de abril de 2010  que dispõe sobre Alimentos para Atletas.

De acordo com a Proteste, apenas seis das vinte marcas testadas apresentaram resultados aceitáveis na avaliação da variação da quantidade de proteínas e carboidratos descritos no rótulo.

 Esta diferença errada influencia no desempenho e rendimento dos atletas que fazem a dieta calculada pelo valor nutricional fornecido no rótulo. 

Segundo a Proteste, é importante que os consumidores busquem a orientação de um nutricionista antes de consumir suplementos proteicos.

Os produtos utilizados nas análises foram comprados nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. 

Denise Rasmussen.

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