Quem nunca teve o
sonho de ter seu próprio negócio? Cerca de 40% dos brasileiros têm vontade de
abrir uma empresa. Para os que já passaram da fase de sonhar, existem inúmeras
decisões importantes antes de dar o ponta pé inicial. Certamente uma das ideias
que ocorre é se é melhor investir num negócio novo ou comprar uma franquia. Se
a opção for o sistema de franchinsing, veja as dez coisas que você precisa
considerar antes de fechar um contrato.
1. COF é a regra do
jogo: A lei de franquias 8.955/94
estabelece que todos os franqueadores elaborem uma Circular de Oferta de
Franquias (COF) para que os interessados em adquirir a marca possam decidir se
vão ou não investir no negócio. A COF é a regra do jogo. Este instrumento
jurídico possui todas as obrigações e deveres de cada parte, bem como demais
regras que envolvam o dia a dia da operação. Leia atentamente, pois uma vez que
o contrato seja assinado, você não poderá alegar que desconhecia ou não concordava
com alguma de suas cláusulas.
2. Diferentes
perfis de franquias: Existem diferentes
tipos de franquias no mercado. É importante ter ciência de qual delas mais se
encaixa com o seu perfil e com os seus objetivos pessoais e profissionais. É
importante saber quais são as exigências que a franqueadora possui quanto à
dedicação ao negócio. Pode ser somente um franqueado investidor? Precisa ter
algum conhecimento técnico ou de mercado para operar o negócio? Pode ter outras
atividades em paralelo? Pode ter outras lojas franqueadas no futuro?
3. Investimento
real: Preste atenção nos números de
investimento inicial apresentados. A grande maioria das franquias colocam uma
faixa de investimento devido às variações que podem ocorrer em virtude da
localização, tipo e estado do imóvel, formato do modelo de negócio, dentre
outras variações. Esteja preparado para o pior e tenha uma reserva maior do que
o exigido pelas empresas franqueadoras. Desta forma, caso tenha alguma surpresa
durante a implantação da sua franquia, você estará preparado para arcar com
todos os custos.
4. Consumir versus
trabalhar no negócio: É óbvio dizer que é
preciso ter afinidade com o produto e a marca para se abrir uma franquia.
Entretanto, o fato de você ser um consumidor assíduo e fiel, não significa que
será um franqueado de sucesso gerenciando este negócio. Colete informações de
como é trabalhar neste segmento.
5. Retorno
esperado: Muitas empresas
apresentam um retorno do investimento padrão, deixando claro que pode variar de
acordo com a localização e dedicação do franqueado. É preciso fazer uma análise
minuciosa com os números apresentados, pois algumas vezes não fazem muito
sentido. Faturamento superestimado, despesas e custos subestimadas e um
investimento inicial irreal, podem apresentar números maravilhosos, que
dificilmente se tornarão realidade. Converse com os franqueados atuais e
verifique o quão consistente são as premissas utilizadas no modelo financeiro.
Não negligencie esta fase e lembre-se que a decisão precisa ser feita racionalmente
e não de forma emocional.
6. Sucesso = suor: Se você quer abrir uma franquia para trabalhar
menos, desista da ideia. Grande parte do sucesso de seu novo empreendimento
virá de seu esforço e dedicação. Em muitos casos, há um aumento significativo
de trabalho pois no início, o negócio exigirá que você seja mais participativo
e multifuncional. Além disso, saiba que a gestão da franquia é sua
responsabilidade.
7. As promessas são
cumpridas: Converse com os
franqueados atuais para saber se as promessas feitas durante a venda da
franquia são cumpridas depois. Os franqueados já passaram pela mesma situação
que você e a maioria deles terá o maior prazer em lhe ajudar.
8. Capacidade de
abastecimento e tempo de entrega: Tenha certeza que o franqueador e/ou seus fornecedores homologados
tenham capacidade de abastecimento. É comum ver alguns casos em que o
franqueado fica sem os produtos para vender bem na época de maior demanda.
Tenha certeza que não faltará ovos de Páscoa na Páscoa! Outro ponto é com
relação ao tempo de entrega. Avalie quanto tempo a fábrica leva para lhe
entregar os produtos. Esta informação é vital para definir o tamanho do seu
estoque, bem como os prazos limites que você deve fazer os pedidos de compras,
de forma a não faltar os produtos para os seus clientes.
9. Nível de
envolvimento da rede na tomada de decisão: Tente identificar se o franqueador envolve a rede franqueada nas
decisões estratégicas da empresa. O ideal é que a franqueadora tenha momentos
formais que envolvam os franqueados, pois eles que estão na linha de frente do
negócio e podem identificar novas necessidades ou oportunidades de melhorias.
10.
Territorialidade: A maioria dos
contratos de franquia possuem uma cláusula de territorialidade, em que prevê
quais são as regras de territorialidade para o franqueado. Há três opções: sem
território definido, com exclusividade territorial e com preferência
territorial.
Sem território
definido é quando o franqueado não tem direito ou garantia alguma quanto ao
território que irá atuar.
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