domingo, 6 de outubro de 2013

O encontro do amor com a verdade


Há mudanças que, à primeira vista não se consegue perceber a causa e, menos ainda as consequências que delas advirão. Mas tudo tem sua razão de ser. Quando se descobre o porquê do acontecido, torna-se evidente a lógica do ocorrido. Foi o que sucedeu em Roma, ano 63 a.C.

Os historiadores do Império Romano se espantavam ao observar os profundos contrastes ocorridos na gloriosa época de Augusto. Caio Júlio César Otávio Augusto chegou ao poder acompanhado de acontecimentos felizes, embora as mais altas mentalidades da antiga República não acreditassem no seu triunfo.

Aliou-se aos conjurados que haviam assassinado seu pai adotivo, Júlio César, para lutar contra a usurpação de Marco Antônio. Esta decisão abriu-lhe inesperados caminhos.

Iniciou-se uma era de Paz. Os carros de triunfo não mais devastavam cidades e aniquilavam povos.

O imperador, embora jovem, enérgico e magnânimo, era franzino e doente, relata o Espírito Humberto de Campos no livro Boa Nova, psicografia de Chico Xavier, editado pela FEB, pela primeira vez, em 1940. Obra da qual transcrevemos alguns fragmentos.

Infortúnios ocultos assolavam a vida pessoal de Augusto. Ele que era o restaurador das tradições mais puras da família, teve que exilar a única filha e a neta devido à vida de escândalos na Corte.

A mulher  que era sua esposa e a quem dedicava profundo amor, envolvia-se em questões de envenenamento, na intimidade do lar.

Embora os tormentos do soberano, forças estranhas traziam harmonia e júbilo à vastidão de seus domínios, àquela época.

Conta o autor espiritual que a aproximação da esfera do Cristo à Terra envolvia a todos em vibrações renovadas de Amor e Paz.

O reinado de Augusto passou à História como uma das épocas mais brilhantes da humanidade. Houve grande valorização das Letras e das Artes. “Em toda parte lavravam-se mármores soberbos, esplendiam jardins suntuosos, erigiam-se palácios e santuários”. A valorização da inteligência através de leis e decretos de justiça e harmonia resultava em um oceano de paz inigualável.

O século de Augusto foi povoado por vates da envergadura de Vergílio, Horácio, Ovídio, Salústio, Tito Lívio e Mecenas. Expressões da renovação cultural do Planeta.

Os historiadores não perceberam que era não só a época de Augusto, mas o século do Evangelho que implantava para as almas sedentas, a Boa Nova nascente.

Nos processos reencarnatórios desse período, não havia espaço para o retorno de espíritos belicosos como Alexandre ou Aníbal, mas sim para os que vestiam andrajos de pescadores, para servirem de alicerce à instituição do Reino de Deus, preparando a vinda do Governador Espiritual do Planeta. Iria chegar à Terra o Sublime Emissário, para ensinar sua lição de verdade e de luz, que se espalharia pelos séculos como chuva de bênçãos.

O Messias prometido em antigas revelações chegou entre hinos e perfumes da natureza, sob a claridade de uma estrela, expressão da Espiritualidade Superior a guiar reis e pastores à manjedoura humilde.

Desempenhou sua sublime missão entre a alegria dos necessitados e a arrogância perseguidora dos grandes da sua época, entre a profusão de fenômenos mediúnicos esplendorosos.

 Da transformação química, a restauração celular e ação direta sobre os fenômenos da natureza tudo se encaixava nas profecias anunciadas, que os maiorais não souberam decodificar, aceitar e entender.

Retornou ao Reino da Ventura entre ladrões, na cruz infamante que transformou na mais poderosa logomarca de todos os tempos. Sua mensagem permanece.

 Seu chamamento ecoa por todos os corações que anseiam pela renovação, por um mundo melhor.

Ao conferir ao apóstolo bem amado a luminosa visão da Jerusalém  Libertada, conforme narram as profecias do Apocalipse, firmou, mais uma vez a chave da aliança libertadora das consciências.

Jesus e João, para todo o sempre, representam o encontro do Amor com a Verdade.


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